The mysterious visitor
There was a sound of hurrying feet,
A tramp on echoeing stairs,
There was a rush along the aisles, -
It was the hour of prayers.
And on, like Ocean’s midnight wave,
The current rolled along,
When, suddenly, a stranger form
Was seen amidst the throng.
He was a dark and swarthy man,
That uninvited guest;
A faded coat of bottle green.
Was buttoned round his breast.
There was not one among the all
Could say from whence he came;
Nor beardless boy, n or ancient man,
Could tell that stranger’s name.
All silent as the sheeted dead,
In spite of sneer and frown,
Fast by gray-haired senor’s side
He sat him boldly down.
There was a look of horror flashed
From out the tutor’s eyes;
When all round rose to pray,
The stranger did not rise!
A murmur broke along the crowd,
The prayer was at an end;
With ringing heels and measured tread
A hundred forms descend.
Through sounding aisle, over grating stairs
The long procession poured,
Till all were gathered on the seats
Around the Commons board.
That fearful stranger! Down he sat,
Unasked, yet undismayed;
And on his lip a rising simile
Of scorn or pleasure played.
He took his hat and hung it up,
With a slow but earnest air;
He stripped his coat from off his back,
And placed it on a chair.
Then from his nearest neighbor’s side
A knife and plate he drew;
And reaching out his hand again,
He took his teacup too.
How fled the sugar from the bowl!
How sunk the yellow cream!
They vanished like the shapes that float
Upon a summer’s dream.
A long, long draught, - an outstretched hand, -
And crackers, toast, an d tea,
They faded from the stranger’s touch
Like dew upon the sea.
The clouds were dark on many a brow,
Fear sat upon their souls,
And, in a bitter agony,
They clasped their buttered rolls.
A whisper trembled through the crowd, -
Who could the stranger be?
And some were slent, dfor they thought
A cannibal was he.
What if the creature should arise, -
For he was stout and tall, -
And swallow down a sophomore,
Coat, crow’s-foot, cap, and all!
All sullenly the stranger rose;
They sat in mute despair;
He took his hat from off the peg,
His coat from off the chair.
Four students fainted on the seat,
Six swooned upon the floor;
Yet on the fearful being passed,
And shut the chapel door.
There is full many a starving man ,
That walks in bottle green,
But never more that hungry one
In Commons-hall was seen.
Yet often at the sunset hour,
When tolls the evening bell,
The student lingers on the steps,
That frightful tale to tell.
O visitante misterioso
Com passos apressados um som havia,
Nos degraus um ruído pesado ecoando,
Na extensão das naves um a atropelo havia, -
Hora das preces.
Igual a uma onda oceânica à meia-noite,
Aquele atropelo humano prosseguia,
Quando uma forma estranha de súbito
No meio do aglomerado se via.
Era um homem moreno e sombrio,
Aquele hóspede inesperado;
Um casaco verde-garrafa
O peito abotoava-lhe.
Entre os ali presentes ninguém havia
Que dizer pudesse de onde teria vindo;
Do jovem imberbe ao ancião,
Dizer quem era aquele estranho ninguém saberia.
Mudos todos tal qual mortos amortalhados,
Não obstante risos zombeteiros e cenhos carrancudos,
Num átimo, ao lado de um senhor grisalho postou-se
Ali estouvadamente assento fez..
Foi-lhe lançado um sinal de horror
Pelos olhos do tutor;
Quando, ao seu redor, todos para orar ergueram-se,
Este ato o estranho homem não repetiu!
Da multidão um murmúrio tomou conta,
Terminaram as orações;
Com pés ruidosos e passos medidos
Cem pessoas a descer se põem.
Por nave sonante, com degraus rangentes
Passando vai a longa procissão
Até que todos juntos os lugares tomam
Ao redor da mesa dos Comensais.
Ali sentou-se aquela medonha figura,
Todavia, impávido e sem ser convidado,
Sobre os lábios um sorriso crescente
De mofa ou prazer ostentava.
O chapéu tirou e o pendurou,
Com um semblante lasso, porém sério,
O casaco tirou
Numa cadeira o depondo.
Depois, do lado do vizinho mais próximo
De um faca e um prato pegou
E de novo a mão estendendo,
Uma chávena igualmente apanhou.
O açúcar da tijela rápido sumiu!
Do creme amarelo nada sobrou!
Evaporaram-se como formas flutuantes
Num sonho de verão.
Um longo, longo sopro, - com a mão esticada, -
Bolachas, torta, chá
Com um simples toque do estranho desapareceram
Como orvalhos no mar.
Logo se turvaram os semblantes,
De suas almas tomou conta o pavor
E, numa agonia amarga,
Seus amanteigados pães amassaram.
A multidão num murmúrio percorreu, -
Quem seria esse homem?
Emudeceram alguns, pois pensaram
Tratar-se de um canibal.
E se a criatura levantasse, -
Já que era forte e alta, -
E engolisse um calouro,
Casacos, pé-de-galinha, boné, o diabo!
Muito mau-humorado, levantou-se o estranho.
Os circunstantes, sentados, em mudo desespero.
Do cabide o estranho o chapéu retirou,
Da cadeira, o casaco.
Do próprio assento desmaiaram quatro estudantes,
Seis desfaleceram, no chão caindo.
Entretanto, por eles passou o horrendo ser
Da capela a porta fechando.
Homens há famintos, e muitos
Que em cores verde-garrafa caminham.
Nunca, porém, mais aquela insaciável criatura
Viram no salão dos Comensais.
No entanto, amiúde, ao pôr-do-sol
Quando o sino, à noite, toca,
Nos degraus se demora um estudante
Para aquela espantosa história narrar.
(Tradução de Cunha e Silva Filho)
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