Cunha e Silva Filho
Inúmeras são as omissões e mesmo a falta de competência aliada a ações perversas de que o Estado do Rio de Janeiro e a sua capital em especial têm sido vítimas desde o início do desgoverno de Sérgio Cabral que destruiu os fundamentos econômico-financeiros desse Estado.
Cometendo o ex-governador o maior desfalque ao erário público, via propina, de que se tem notícia na história dos governadores brasileiros, o mais odiado governador fluminense, a par do autoritarismo que imprimiu ao seus dois mandatos, foi a causa principal e o maior responsável pelo que o fluminense e o carioca estão sofrendo duramente, sobretudo os funcionários públicos, alguns levados ao desespero, outros compelidos a pedirem até esmola, privados que ficaram dos seus vencimentos ou do pagamento em migalhas feitos ao funcionalismo aposentado, justamente quem deveria ser mais amparado pelo governo.
O curioso é que ou sucessor, o governador Pezão, um indivíduo fraco e incompetente para dirigir um Estado importante e populoso como o Rio de Janeiro, tem pago regiamente outros setores do governo, em geral os que mais recebem, os de altos salários como os poderes legislativo e judiciário e seguramente os funcionários do primeiro escalão do governo estadual, como o próprio salário do governador, do vice-governador, dos setores de segurança, entre outros setores beneficiados. Por isso, esses setores privilegiados não estão sofrendo as agruras da falta de dinheiro, como no caso dos barnabés.
Não bastando tantas desgraças e injustiças sofridas pelo funcionalismo, outra vilania que merece ser acentuada com veemência e sentimento de justa indignação é o que o governo estadual tem feito com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) que tem atravessado os dias mais amargos desde a sua criação. Vítima de um processo contínuo de esvaziamento, de perda de autonomia e de condições financeiras cada vez mais precárias, encontra-se essa universidade incapaz de dar continuidade à sua administração normal, ela que conta com um quadro docente do mais alto nível nos seus mais diversos cursos. Só num país como o nosso, no qual a educação é tratada em segundo plano, uma universidade pública chega a esse estado de penúria, sem poder funcionar plenamente, sem condições materiais e humanas e de infraestrutura (elevadores parados, banheiros em petição de miséria, serviço de limpeza deficiente, entre outras exigências mínimas).
Não bastando tantas desgraças e injustiças sofridas pelo funcionalismo, outra vilania que merece ser acentuada com veemência e sentimento de justa indignação é o que o governo estadual tem feito com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) que tem atravessado os dias mais amargos desde a sua criação. Vítima de um processo contínuo de esvaziamento, de perda de autonomia e de condições financeiras cada vez mais precárias, encontra-se essa universidade incapaz de dar continuidade à sua administração normal, ela que conta com um quadro docente do mais alto nível nos seus mais diversos cursos. Só num país como o nosso, no qual a educação é tratada em segundo plano, uma universidade pública chega a esse estado de penúria, sem poder funcionar plenamente, sem condições materiais e humanas e de infraestrutura (elevadores parados, banheiros em petição de miséria, serviço de limpeza deficiente, entre outras exigências mínimas).
Diante de toda essas precariedades, os funcionários já ameaçam entrar em greve geral. Com isso, são prejudicados os estudantes no avanço de seus cursos, na sua conclusão e formaturas, com gravíssimas consequências na vida dos estudantes e na sua futura atuação profissional. Quanto mais o universitário se atrasa nos cursos escolhidos, tanto mais prejudicada ficará a sua futura vida profissional.
Ora, impedir a continuidade normal das atividades universitárias se me afigura um crime contra a cidadania e contra a liberdade do estudante. Ele não tem culpa dos atrasos provocados pelas interrupções do seus curso. Ele não tem culpa de que, por exemplo, na condição de estudante de medicina, não haja um hospital-universitário (na UERJ, o Hospital Pedro Ernesto, que também passa pelo mesmo processo de sucateamento) funcionando normalmente para os estagiários dessa área e de áreas conexas.
Todas essas mazelas, sem dúvida verdadeiros crimes contra o desenvolvimento educacional–cultural-científico-tecnológico de um Estado, que recaem sobre o Estado do Rio de Janeiro - é quase impossível acreditar - foram provocadas pelos crimes sucessivos do ex-governador Sérgio Cabral e, ainda acresceria mais, sem nenhuma providência rigorosa tomada pelo Ministério da Educação e pelo governo-tampão do Michel Temer que, de resto e por infelicidade, é do mesmo partido do ex-governador e do atual governador, i.e., o PMDB.
E, por causa disso, é bem evidente a razão pela qual o governador Pezão não foi ainda alijado do poder. É bem verdade que também o lulismo-delmismo não está isento de parcela de culpa, uma vez que o ex-presidente Lula e a ex-presidente Dilma, tinham como aliados o PMDB. Não são poucas as imagens gravadas em que o Sr. Lula se encontra, sorridente, e abraçado com o odiento Sérgio Cabral. Nesse saco de gatos da politicalha brasileira torna-se difícil separar o joio do trigo.
São atores que se misturam na falta de caráter e no crimes de corrupção que tomaram de assalto o Estado Brasileiro e ramificando-se em quase todos os setores da vida pública e privada, me referindo aqui aos mega-empresários conluiados com políticos inescrupulosos e inimigos da democracia.
Por fim, citaria mais uma vilania perpetrada contra o Rio de Janeiro,_capital e Estado): a criminalidade que se apossou da vida carioca, que ninguém mais suporta pelos seus gigantescos tentáculos que nos espreitam em cada canto da Cidade Maravilhosa. Um governo estadual praticamente falido, como irá tratar da questão da violência? Sem dinheiro, sem verba, sem competência de governo, como essa chaga infernal será combatida? Até quando policiais assassinados por traficantes, inocentes de todas as idades, vítimas fatais de balas perdidas, arrastões, assaltos, furtos, homicídios dos mais variados, ônibus incendiados, estupros coletivos, engrossarão as estatísticas de mortos de nossa sociedade?
Serão tão insensíveis as autoridades de nosso Estado e de outros Estados brasileiros ante crimes e mais crimes (muitos hediondos) praticados por bandidos fortemente armados, mais armados do que as forças de segurança? Como estancar toda essa selvageria num país que dispõe das Forças Armadas? Não seria isso um caso de se estar atentando contra a Segurança Nacional? Todo esse altíssimo número de crimes ocorridos no país e diariamente em todo o território nacional não é estatística suficiente para que repensemos o nosso estado de direito?
As famílias brasileiras não suportam mais essa ausência do poder público diante de um clima com semelhanças de guerra urbana. Pais, mães, filhos, netos são mortos por criminosos que não respeitam mais as forças de segurança. Por isso, são recorrentes nas suas brutalidades e covardias contra a sociedade desarmada.
Se a bandidagem sabe que não será punida duramente e, quando punida, logo será solta para cometer as mesmas atrocidades contra os fracos e os inocentes, então a criminalidade tende a crescer até alcançar um estado de anarquia no tecido social. Se vivemos, agora, no Rio de Janeiro e em outros lugares do país, num clima constante de medo e de pavor, a quem poderemos recorrer: a um Estado Brasileiro omisso e irresponsável, com leis anacrônicas e cheia de brechas e recursos legais (traduza-se: benefícios concedidos a homicidas, assaltantes, traficantes, e marginais de toda espécie) para escroques, traficantes e delinquentes juvenis de alta periculosidade e de crimes abomináveis?
Diante desse quadro tétrico, a sociedade civil se vê abandonada, clamando num país cujas autoridades estão surdas e indiferentes às reais e malignas chagas sociais que atormentam o quotidiano do cidadão brasileiro. Só ouvimos, estarrecidos e órfãos, os tiros de armas pesadas nas mãos de bandidos que, nos morros e nos asfaltos, nas estradas e no campo dizimam pais de famílias, idosos, jovens e crianças. Um país mesmo de balas perdidas e de incendiários.
Não é sem motivo que muita gente pensa em deixar o nosso país, à procura de um lugar no exterior onde possa dormir em paz e a salvo das metralhadoras nos confrontos de traficantes com traficantes impunes e gargalhando diante do armamento inferior de nossos policiais, eles mesmos vítimas do tiroteios sem fim. Cadê as autoridades brasileiras?
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