Cunha e Silva Filho
Cansado estou de ver e ouvir entrevistas em todos os
meios de comunicação, nas quais especialistas em segurança dão algumas sugestões para que a gravíssima
questão de violência no Rio de Janeiro seja amenizada. Entretanto, não são postas em prática nem as sugestões de especialistas, nem as autoridades do governo
estadual cuidam de dar um basta à
selvageria a que se tem assistido
principalmente nos últimos meses na antiga
“Cidade Maravilhosa,” o
ponto obrigatório do turismo internacional e nacional. Se medidas
drásticas não forem tomadas, as consequências dessa desordem urbana preencherá
todas as característica de uma
cidade em guerra.
Usando uma metáfora já empregada por muita
gente, diríamos que os morros estão descendo ao asfalto em todas os bairros,
quer os nobres, quer os de classe média. O perigo está à vista de todos os cariocas. O
governador do Estado e o prefeito
do município nada de importância estão fazendo
para estancar essa onda tsunâmica
que se abateu sobre a cidade do
Rio de Janeiro. Estão matando os nossos policiais, estão matando as pessoas de bem, estão matando crianças e adultos com balas perdidas. O banditismo, que vem de
dos quatro cantos da cidade, está fechando túneis, para realizar arrastões vitimando inocentes e desprotegidos, provocando terror como capetas vindos das profundezas do inferno.
Cidade sitiada, partida,
dividida em facções da alta bandidagem trucidando-se entre si para se
apoderarem de pontos de vendas de drogas, usando armas pesadas, mais potentes do que as dos agentes policiais. Isso é uma infâmia
de que as autoridades parecem
não se dar conta. Não é mais
possível viver-se em paz, e andar livremente pelas ruas do Rio de Janeiro. A
população é unânime (e aqui a unanimidade
não é burra como no tempo de Nelson
Rodrigues (1912-1980). Só alguém insano
poderia afirmar que estamos
exagerando na dose de reconhecer
que o
Estado do Rio de Janeiro não está em perigo. O maior problema
do país não é a economia, o
desemprego, a corrupção. O maior de todos é a
violência tentacular que está
desmoralizando os brios de uma
cidade antes encantadora por sua beleza
estonteante e pelo sua hospitalidade.
O presidente Temer
é o rei nu, e assim também o é o governador Pezão que, por sinal,
me disseram estar fora do país.
Que lástima! Nem o alcaide evangélico mostra a sua graça diante da mais desastrosa
e delicadíssima situação de perigo
em que vive o Rio de
Janeiro.
Vejam mais esta: o atual Ministro da Justiça, ao ser perguntado pelo apresentador do programa policial Brasil Urgente (programa que deveria ser visto diariamente pelo presidente Temer, pelo governador do Rio e pelo prefeito Crivella) dirigido pelo experimentadíssimo Datena, da Rede Bandeirante, sobre a questão da desproporcional violência no país e, sobretudo no Rio e São Paulo, o ministro de plantão simplesmente declarou que seriam precisos dez anos a fim de que se resolvesse a violência no país. Que é isso, ministro? Dez anos ? Até lá o número de mortos provocados pela marginalidade infernal será avassalador e equivalerá a uma guerra civil. Então, ministro teremos que aguardar a boa vontade dos políticos, da situação das nossas finanças, da nossa economia, da nossa impunidade a fim que que possamos iniciar uma guerra contra a violência? Isso não tem cabimento.
Vejam mais esta: o atual Ministro da Justiça, ao ser perguntado pelo apresentador do programa policial Brasil Urgente (programa que deveria ser visto diariamente pelo presidente Temer, pelo governador do Rio e pelo prefeito Crivella) dirigido pelo experimentadíssimo Datena, da Rede Bandeirante, sobre a questão da desproporcional violência no país e, sobretudo no Rio e São Paulo, o ministro de plantão simplesmente declarou que seriam precisos dez anos a fim de que se resolvesse a violência no país. Que é isso, ministro? Dez anos ? Até lá o número de mortos provocados pela marginalidade infernal será avassalador e equivalerá a uma guerra civil. Então, ministro teremos que aguardar a boa vontade dos políticos, da situação das nossas finanças, da nossa economia, da nossa impunidade a fim que que possamos iniciar uma guerra contra a violência? Isso não tem cabimento.
A realidade crucial
é que a violência tem que ser
atacada de imediato, com
todos os recursos de que o
governo federal dispõe, seja pela convocação das Forças Armadas
coadjuvada pela Polícia Federal, pelos
polícias estaduais, militares e
civis, pelas guardas municipais, até mesmo pelo
cidadão de bem armado, por que não?
O problema da violência exige
tratamento do governo federal igual àquele que seria
necessário pelo instrumento legal e
constitucional que se chama Lei de Segurança
Nacional tal é complexidade
da violência que nos
assusta, nos apavora e nos está provocando tantas vítimas inocentes e o justíssimo clamor generalizado dos que se sentem
desprotegidos pelos segurança pública, que é obrigação do Estado
Brasileiro.
Ora, se o Ministro da Justiça não
tem nenhum plano
emergencial de combate ao banditismo
sem termo que assola a vida da sociedade
brasileira, quem o fará? Então, estamos
condenados ao sofrimento e a possibilidades constantes e iminentes de perdermos
as nossa vidas e as vidas de que amamos? Que é isso, senhor ministro? Não é favor pedirmos o apoio legal
do governo pela nossas vidas. A sua
Pasta tem a obrigação de equacionar soluções
rigorosas para dar combate à carnificina nacional, aos abusos dos facínoras que se veem fortalecidos
diante da fraqueza, incompetência
e descaso dos governos federal e estaduais.
Se não fizeram as autoridades de segurança
do país alguma coisa urgentíssima, a indiferença governamental
seria crime contra a sociedade. Os políticos, os ministros,
os governadores, os prefeitos sabem que eles não ficarão
ilesos dessa violência
descomunal. Sabem que têm filhos,
parentes e amigos que
poderão também ser vítimas
fatais dessa violência indiscriminada que nos deixa atemorizados e acuados.
Não podemos continuar perdendo nossos filhos, nossos pais, nosso
parentes e amigos diante das
metralhadoras nas mãos de assassinos
cada vez mais ousados, cada vez mais
senhores de que estão livres para
fazer vítimas em qualquer hora, em qualquer lugar.
Que se apressem os nossos
legisladores para modificarem e
atualizarem o Código Penal e façam
cumprir à risca as punições contra os criminosos, adultos e menores. Não se pode
passar a mão na cabeça de
delinquentes juvenis. Que as leis
da justiça sejam postas em ação
urgentemente. Que os sentenciados, pobres ou ricos, cumpram seu período nas prisões de forma
integral, que se eliminem
os abusos da justiça soltando
bandidos, malfeitores, estupradores, feminicidas, criminosos hediondos e deixem de proteger
presidiários empregando brechas
da justiça, e expedientes
espúrios como comutação de
penas, bom comportamento e
assemelhados.
É tempo
de que os sentenciados sintam o peso da lei. Só assim terão que pensar duas vezes antes de cometerem crimes. As leis para criminosos devem
ser bem claras para eles de tal
maneira que se sintam
dissuadidos a não cometerem ações delituosas. Que haja um cultura da lei
contra os criminosos nestes
termos: se cometerem um delito, serão punidos
sem dó nem piedade. É o que devia ser
chamado de “o fim da impunidade
brasileira.” É neste sentido que esperamos
a resposta sem delongas das autoridades.
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