Cunha e Silva Filho
É preciso urgentemente ler ou reler
Os bruzundungas (1923) de Lima Barreto (1881-1922). Não tenho a menor
dúvida de que o leitor vai ter um banho de tragicomédia. Não vou dizer ao leitor por quê. Que ele descubra por
sua conta, risco e sobretudo leitura
proveitosa para entender o que é característico, imutável e intrínseco no
país tupiniquim.
De repente, o Brasil se deu conta de
que tudo
estava errado, tanto o passado
remoto quanto o passado mais
próximo de nós, digamos, antes dos governos Lula, durante o período de
mandatos desse presidente
até o limite presidencial do governo
Dilma, quer dizer, até ao
seu impeachment.
A motivação dessa urgência é a PEC 241, transformada em verdadeira tábua de salvação de um país que
se viu no fundo do poço após o
lulopetismo e memso com sérios problemas
antes do Lula. Nunca fui petista
nem pertenço a partido algum e nem
mesmo me esforço por pertencer
a esse saco de gatos, pois estou
escaldado para entrar numa outra
fria.
O abre-te, Sésamo, a varinha de condão
formados por gente
que gosta de muito dinheiro
para si mas não para a
sociedade em geral são os novos Nobéis
brasílicos. alguns doutorados
no exterior, de preferência em
universidade americana, já que lá é o
centro nervoso do capitalismo selvagem
e da iniciativas privada,
imitada aqui pelo
conjunto de privatizações dos governos Collor e FHC
nos vagalhões tsunâmicos provocados pelo neoliberalismo que se implantou no país
e, ao que tudo indica, sem retorno
nem retrocesso..
O Meireles é um deles, mas não me consta que
seja Ph.D em economia. É apenas um engenheiro formado pela UFRJ que virou, por vocação para o dinheiro e
habilidades de cálculos monetários, um economista e um conhecedor das contas
públicas e privadas,
inclusive aposentado há algum tempo da presidência de um banco
americano, onde trabalhou por muito tempo., naturalmente com um
polpudo salário.segundo li há tempos em algum jornal. O mesmo Meireles já fez
parte também do governo Lula, cumpre recordar..
Destarte, a
economia brasileira se encontra sob o
seu comando na Pasta da Fazenda. Ele é o homem forte do governo-tampão do
presidente Temer. Seu objetivo
maior é fazer o ajuste
fiscal à custa da pindaíba
em que está afundada parte
considerável do povo brasileiro com todas as mazelas de hoje: desemprego, violência colossal, congelamento de salário e absurdamente - liberdade para
subir os preços do que de essencial se tem que comprar: alimento, remédio,
roupa, lazer, livros, sem falar de outros itens
relevantes: saúde privada (sempre aumentando seus planos por determinação do governo federal)),
transporte, educação.
A tudo isso acrescentaria mais:
a falência de alguns Estados da Federação, a segurança
sucateada, a saúde pública
falida. Quer por força estagnar
o salário do funcionalismo público
durante muito tempo, falam
em vinte anos como se, em vinte anos, parte da população, agora idosa ainda, pudesse usufruir de um país melhor.
Por que só agora é que deram uma guinada de desejo de
consertar a quebradeira em que estava
o país com a roubalheira infernal,
os maiores escândalos de que já
se teve notícia na história da administração pública
e da política no Brasil? Como o povo vai resistir a tudo isso? Não se pejam do fato de
que grande parte dos políticos que se bandearam
para o governo Temer, como o próprio Temer, não foram
base aliada do luloptismo? Por
ventura, pensam que os brasileiro são idiotas e analfabetos como
grande parte do povão?
Já aprovaram na Câmara legislativa a famigerada PEC 241 que vai mexer com a vida do brasileiro, em todas as
instâncias da administração baixa e
média, mas não necessariamente alta ou altíssima. Já vão querer
votar, sob o instituto dessa PEC, a aprovação de regulamentos que vão modificar
estruturalmente com a Previdência Social, aposentadoria dos setores privados e públicos cogita-se que até em mudanças de pensões dos
militares das Forças Armadas. Fala-se
também em igualar
aposentadorias da
Previdência Social com a dos
funcionários públicos federais. Qeur mais arrocho do esses?
Esqueceram os autoritários “comandantes” da finanças federais atuais de
que estão brincando com o
eleitorado que, mais adiante,em
2018, elegerão um novo
presidente da República e o vencedor
seguramente não virá do PSDB, do
PMDB e de outros partidos aliados agora
ao governo Temer. A indignação dos
descontentes que virem seus
direitos autoritariamente diminuídos ou subtraídos, sobretudo os
direitos adquiridos, dará a resposta cabal
ao governo Temer. Disso não há
sombra de dúvida. Quem viver, verá.
Ora, se o atual governo
quer reinventar só agora a
roda, por que não o fez antes com
calma e consulta
popular o que estão
aprovando hoje ou o que vão aprovar depois? Por que, ao contrário, não vão
recuperar os bilhões e bilhões
de dinheiro surrupiado dos Tesouro
Nacional de governos anteriores até ao período do lulopetismo? O país, se
tivesse sido poupado dessas falcatruas recalcitrantes entre governo
e empresariado não estaria com a
sua dívida pública tão gigantesca
e no vermelho?
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