domingo, 9 de outubro de 2016

DA CAUSA AO CAOS: O EXEMPLO BRASILEIRO






                              CUNHA E SILVA FILHO



          Por mais que os defensores do lulopetismo  afirmem  que não têm  nada ver com o caos  financeiro de alguns   estados da Federação – e citaria  o exemplo  paradigmático do Estado do Rio de Janeiro -,  qualquer  pessoa, qualquer leitor  leigo em economia, em ciências  políticas, porém que seja  regular  leitor  de jornais,  revistas e acompanhe a mídia, as redes sociais,  os blogs,  os sites, e até os jornais  internacionais e tenha  boa percepção da realidade  brasileira,   não se furtará  a ratificar que os governos de Lula e Dilma são  efetivamente  não somente  os responsáveis diretos pelo desmoronamento das finanças   públicas do país., mas  principalmente  em razão  de se comportarem  como chefes de  Estado.
       A instauração da política minúscula, aliada a  desídias praticadas  continuamente  contra o Tesouro  Nacional,  quer dizer, o poder  exercido  pelo que se poderia denominar “criminalidade de governança,” cujos  exemplos mais gritantes são do conhecimento  da sociedade   brasileira.    Agora, mais do que nunca, está  a nação  sentindo na  carne  os efeitos  deletérios de como  não se deve gerir  um país, máxime  governar  um país das dimensões  de nosso.  
       Os males de que foram responsáveis os dois  mandatários  petistas mais que revelam  até que ponto  podem   chegar  governos  incompetentes,    oportunistas e falaciosos. Não só oportunistas, porém conduzidos  por  orientação nefasta   e demagógica,  da empulhação e da rapinagem  tipificados  nos escândalos do Mensalão,  do Petrolão e da prática  contumaz  da improbidade  administrativa impune. Não houve, durante toda a história política  nacional,  um partido que tantos males  provocou nos fundamentos  do nosso arcabouço administrativo,   nas contas públicas  no nos gastos astronômicos.
      Aí se incluem as despesas faraônicas do governo federal, estaduais  e municipais, com a preparação  para a Copa mundial e, em  seguida, com as Olimpíadas. Ora,  todo esse custo  redundou  em  prejuízos  enormes aos cofres  públicos.
       A par disso, as obras realizadas   não se fizeram   com  lisura, pois há forte  indícios de superfaturamentos  e desvios  do dinheiro público. Por outro lado,  o  inchaço do Estado  Brasileiro  com  o aumento substancial e desnecessário   do número  de ministérios,   os altos salários  pagos  aos três poderes  nas suas faixas  mais altas, as ajudas  a governos  de esquerda   que se beneficiaram  do suposta esquerda  brasileira  representada pelo PT  foram  fatores determinantes  do colapso financeiro  que venho  reiterando  neste artigo.  
         Para quem  era leitor assíduo do Jornal do Brasil,   todo esse  imbróglio  em que está  encalacrado  o país e suas finanças  já vinha  sendo   atentamente   denunciado por  jornalistas  corajosos, intelectuais   de renome e  mesmo  por chargistas.  
     O jornalista, ficcionista e tradutor  Fausto Wolff (1940-2008)  o ficcionista Antonio Torres, o tradutor e ensaísta   Ivo Barroso e um  excelente chargista de cujo nome não me recordo agora, foram vozes dissonantes e altivas, entre outras,    que se levantaram  contra os primeiros sinais  dos malefícios que o  lulopetismo   estava  preparando  para o  país.
       Tudo o que aquelas vozes  lúcidas  já denunciavam sobre   os desacertos  do  petismo foi posteriormente  confirmado  nos anos seguintes do poderio lulista-dilmista: um partido  governando o país graças  a manobras   indecorosas  e a falcatruas   com vistas a desviarem  dinheiro  público  para  se perpetuar   no poder  sob  a forma  de pressão  contra  empresários   que se deixaram  corromper graças  ao esquema de corrupção  de mão dupla.
      Ou seja,  manter-se no  poder  por longos anos  e  locupletar-se   do Tesouro  nacional  era uma das metas  do lulopetismo  que tinha como disfarce o populismo,  os fisiologismo,  o nepotismo, a inclusão social,  as cotas da educação,  o apoio, com objetivos  populistas às minorias, à libertinagem,  a  deslavada compra  de partidos para fortalecer à chamada  base aliada,   a fim de  aprovar  o que desejasse  tanto na  Câmara dos Deputados quanto no Senado  Federal, 
     O vale-tudo  da malandragem  da  politicalha  do petismo  era sua bandeira. O seu aparente esquerdismo    era de fachada. No fundo,  adoravam as delícias  dos produtos do capitalismo   com viagens   milionárias  dos presidentes   e sua comitiva  nos melhores hotéis da Europa  e de outros continentes.
        Para tanto,  não poderia haver  lisura,   probidade  e compostura   ética.  Tudo isso foi lançado  às favas. O que  importava  era  o poder  para  o enriquecimento  ilícito de uma  espécie de quadrilha organizada, de um esquema  cleptocrático, conforme  assim definiu o ministro Gilmar Mendes  e, como outro disfarce,   distribuir  migalhas  ao povão,   miserável e analfabeto, presa fácil dos   esbulhadores   e vigaristas   no trato da coisa  pública. De disfarce em disfarce,  o petismo  conseguiu por um tempo   sustentar-se no Palácio da Alvorada. Gastou muito,  gastou mal, gastou. O seu desfecho trágico  era uma morte  anunciada.
        Entretanto,   a mentira tem pernas curtas,   de tanto   dilapidar  o dinheiro do brasileiro e escangalhar   as contas públicas,  de tanto  praticar  a improbidade  tinha que vir à tona   pelos observadores  políticos  e pela própria sociedade, através das manifestações  em massa,  todo um esquema  monstruoso,  de   falcatruas  que resultaram  na megaoperação  Lava Jato  que, até hoje,   tem se dedicado  a  prender   os ladrões  da nação e entregá-los -  políticos e empresários corruptos - à Justiça e, quando necessário, trancafiá-los  por  peculato, lavagem de dinheiro ou formação de quadrilha.

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