Sonnet XXXII
WHEN I HAVE sense of what to sense appears,
Sense is sense ere ‘tis mine or mine in me is.
When I hear, Hearing, ere I do hear, hears,
When I see, before me abstract Seeing sees.
I am part Soul part I in all I touch –
Soul by that part I hold in common with all,
And I the spoiled part, that doth make sense such
As I can err by it and my sense mine call.
The rest is wondering what these thoughts may mean,
That come to explain and suddenly are gone,
Like messengers that mock the message’ mien,
Explaining all but explanation;
As if we a ciphered letter’s cipher hit
And find it in an unknown language writ.
Soneto XXXII
QUANDO PERCEBO o sentido do que sentido pareça sê-lo
Antes que seja meu e em mim se encontre, o sentido é o sentido.
Antes de mim quando vejo, vê a Visão abstrata..
Em parte Alma sou, em parte Subjetividade em tudo que toco –
Naquilo que partilho com todos, em parte Alma,
A Subjetividade enferma a parte faz, sim, sentido de tal sorte.
Que por ela erre e afirmar possa o meu sentido ser.
Não passa o resto de indagações sobre o sentido dos pensamentos,
Que para explicarem surgem e, de repente, se afastam,
Tal qual mensageiros que das aparências do conteúdo escarnecem
Tudo explicando menos a explicação em si.
Como se de uma carta cifrada na decifração penetrássemos
E em estranha língua escrita a encontrássemos.
(Tradução de Cunha e Silva Filho)
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