Cunha e Silva Filho
Ontem estive umas boas horas examinando meus modestos
arquivos e procurando organizá-los melhor
com o objetivo de torná-los mais facilmente acessíveis às minha próprias
pesquisas. O leitor bem sabe o quanto é trabalhosa a tarefa de distribuição de
matérias impressas de acordo com a área do conhecimento, ou melhor dizendo, com os assuntos ventilados. No
entanto, há um dado delicado que não se pode perder de vista: o extremo cuidado
de manusear uma quantidade de velhos artigos de meu pai, o jornalista,
professor, membro da Academia Piauiense de Letras e escritor Cunha e Silva
(1905-1990).
Além disso,
pertenceu ao antigo Cenáculo Piauiense de Letras, ao Instituto Histórico e
Geográfico do Piauí, à União Brasileira de Escritores e ao Sindicato dos
Jornalistas do Piauí. Foi ficcionista, historiador, poeta, orador eloquente,
polemista ferino de grandes recursos, cronista literário. Tinha vocação para a
crítica literária, embora tenha sempre negado essa dimensão do seu talento
polimorfo. Escrevia com facilidade sobre vários assuntos e era um espírito de
intelectual sempre ativo e antenado com os grandes problemas e temas da
humanidade.
Fervoroso admirador
das conquistas tecnológicas e científicas, sem, contudo, deixar-se contaminar
pelo materialismo e pelas delícias terrenas, visto que seu mundo se direcionava
para a dimensão da espiritualidade, para um cristianismo puro, sem formalismos
eclesiais nem suntuosidades do catolicismo. Era um crente em Deus. Sua visão do
Criador, exposta em artigos, está presente num soneto de sua autoria sob o
título “Deus”: Deus é a
inteligência infinita/Increada, mas criadora e eterna/Em torno da qual o Cosmo
se agita/Se move em ordem em harmonia terna//Deus é a fonte de toda a
energia,/`É a causa primeira do que existe,/Neste mundo imensurável e de
magia,/Em tudo que de belo nele consiste.//Deus é a raiz de toda sabedoria,/A
razão de ser de toda grandeza,/Que nos conforta mais do que na alegria.//Deus
está presente em todos os seres/,/Mais próximo do homem em sua tristeza/Em suas
mágoas mais do que em seus prazeres
Passando os olhos em artigos do veterano jornalista
piauiense, nascido em Amarante e onde está sepultado, comprovo, mais uma vez, a
operosidade de sua atividade na imprensa. É muito extensa, espantosa mesmo,
tomou-lhe toda a vida útil e posso afirmar com orgulho que provavelmente tenha
sido em vida um dos jornalistas brasileiros que mais tenha escrito no tocante a
número de artigos para a imprensa principalmente.
Era da velha geração dos
jornalistas que não passaram pelo curso de Comunicação Social, na sub-área de
jornalismo, que só surgiriam com a fundação das nossas universidades alargando
os estudos das áreas humanas, que não mais se restringiriam ao curso de direito
e de filosofia. Os jornalistas da geração de meu pai tinham que ter talento
para escrever bem e com a necessária velocidade de publicar artigos quase
diariamente e, em alguns casos, diariamente nos jornais, sobretudo das capitais
e de algumas cidades mais desenvolvidas do interior do país. Quem não se
enquadrasse nesse perfil seria mais difícil manter-se como colaborador da imprensa.
Do jornalista os leitores exigiam cultura
geral, visão abrangente e atenta aos fatos acontecidos diariamente na cidade do
profissional da imprensa, no país e no mundo. Mas, o tipo de jornalista que
mais se distinguia na época era aquele que mantinha coluna versando sobre
política. Meu pai se encaixava neste perfil: era um apaixonado pelos temas
políticos e sociais. Acredito que tenha tido interesse pela política desde a
infância e a adolescência em Amarante, pois uma vez me relatou algumas discussões
calorosas que teve com colegas em posições políticas de oposição. Amarante, nas
primeiras décadas do século passado, era cenário de acirradas competições
políticas envolvendo, sobretudo, o governo municipal e os partidos de
então.
Era tão intensa a
atividade política local que famílias se dividiam em campos antagônicos
disputando as eleições municipais e se posicionando quanto às suas preferências
por candidatos a deputados, vereadores, governadores, senadores e presidentes
da República nos períodos, é claro, de vigência democrática.[1]
Foi a partir dessa convivência provinciana que Cunha e Silva se foi formando,
preparando-se para futuros dias em que, já como jornalista, mergulharia fundo
nessa atividade até os últimos dias de sua existência. Culturalmente, tinha a
seu favor acumulado uma sólida formação humanística, adquirida quando aluno do
Colégio Salesiano “Santa Rosa” em Niterói, Estado do Rio de Janeiro, no qual
ficou de 1920 a
1922, cursando humanidades, mas sem terminar o último ano.
No entanto, repetiu o último ano do secundário
no Colégio Salesiano “São Manuel,” em Lavrinhas (São Paulo) e o concluiu. Segundo
ele mesmo declarou em artigo muitos anos depois, isso lhe serviu para
“adiantar-se mais no estudo do latim e grego.”[2]
Em 1923, meu pai terminou o Noviciado, cursando, depois, filosofia sem porém,
concluí-lo, visto que desistira da carreira eclesiástica. Se tivesse dado
continuidade aos estudos de seminarista, de Lavrinhas iria para Turim, na
Itália, a fim de fazer o curso de Teologia, ordenando-se sacerdote.[3]
Em 1926, volta ao Piauí para rever seus familiares e, logo, retorna ao Rio de
Janeiro, onde casa em 1927, ano em que regressa definitivamente para o Piauí,
indo morar na sua terra natal, Amarante. Antes dos trinta anos, torna-se professor
do Ginásio Amarantino, dirigido por Odilon Nunes, futuro grande historiador
piauiense
Tornou-se
competente em várias disciplinas, filosofia, latim, nas línguas latina,
francesa, italiana, conhecia regularmente inglês, era profundo em geografia,
filosofia e história, da última das quais se tornaria professor catedrático em Teresina. Em seguida,
tendo Odilon Nunes dirigido o Ginásio Amarantino, em cuja direção ficou durante
uns quatro anos, “passa" a direção desse colégio para o professor Joca Vieira.[4]
Depois, meu pai
adquire suas instalações e funda o seu Ateneu “Rui Barbosa,” onde vai lecionar,
sendo o diretor e seu único
professor, os cursos primário, de
admissão e complementar. Em entrevista memorável,[5]
já bem idoso, meu pai afirmou que era um professor nato e, por isso mesmo é que
seu colégio se tornou um educandário famoso pela competência provada de Cunha e
Silva. Lá o aluno aprendia de tudo, num leque de disciplinas que ia do estudo
de português, matemática (aritmética, álgebra, geometria), geografia, história
e até francês e inglês. O Ateneu “Rui Barbosa” durou quinze anos e só foi
extinto porque meu pai, em 1947, foi estabelecer-se em Teresina, onde ficaria
definitivamente.
Na capital daria continuidade à sua carreira
no magistério e à sua atividade jornalística durante longos anos. O maior
orgulho de Cunha e Silva era porque por
sua escola, graças à orientação pedagógica séria e rigorosa, passaram diversos alunos que
se tornariam nomes conhecidos em várias áreas do conhecimento e de profissões,
como altos funcionários do Banco do Brasil, professores universitários, um ministro, governadores, senadores, deputados federais, engenheiros,
médicos, promotores, advogados,
militares de alta patente.[6]
Enquanto dava aulas no Ateneu “Rui Barbosa”começara a escrever para jornais de
Teresina, Floriano, interior do Piauí,
para o jornal Imparcial, de
São Luís, Maranhão e até uns dois
artigos para o Diário de Notícias, do Rio de Janeiro. Tornou-se
bem conhecido como jornalista talentoso e respeitado ainda bem moço.
Seus artigos eram
originais, destemidos e criticavam a “mentalidade reacionária e fascista do
momento.”[7]
Na Intentona Comunista, em 1935, é injustamente acusado, processado e condenado
pelo extinto Tribunal de Segurança Nacional,[8]
tendo cumprido pena durante um ano em quartel de polícia de Teresina por
motivos políticos e sob a alegação de que era comunista e dispunha na
biblioteca de sua casa, em Amarante, de livros marxistas, além de estar ligado
à Aliança Renovadora Nacional. Foi denunciado à Polícia em Amarante, que lhe vasculhou a
casa e o prendeu por ordem do Cel. Delfino Vaz,[9]
figura sinistra que, infelizmente, não sei por que motivo, virou até nome de
Praça em Teresina.
Um intelectual piauiense,
cujo nome desejo resguardar, uma vez, em Teresina, me apontou, de carro, um
lugar privilegiado, no coração de Teresina Era uma praça que leva o nome do
responsável pela prisão de meu pai. Fez-me, então, a seguinte observação: “Veja, Cunha, esta
praça deveria levar o nome de seu pai, não do seu verdugo.”[10]
Em seguida, me fez um breve relato da prisão do meu pai.Contara
que meu pai entrou em luta corporal com
os policiais, que lhe tomaram um revólver, com muito custo, pois meu pai era
homem forte e corajoso, embora de estatura baixa. Confessara-me meu pai, anos
depois, que realmente tinha alguns
livros de orientação marxista de uma pessoa que aparecera de passagem por
Amarante, e lhe pedira que ficasse com eles.
Ora, para um jovem
intelectual com tantos projetos de vida no campo cultural, não pode haver
discriminação de tipos de leituras e autores sob pena de deformar sua própria
formação cultural. Durante toda a vida, meu pai lia intensamente livros das
áreas de sua predileção, ciências políticas, filosofia, sociologia, economia,
geografia e história. Após deixar a prisão, voltara para Amarante dando
continuidade às suas aulas de professor até 1947 quando, segundo salientamos
antes, mudou-se para Teresina. Foi nos
anos de permanência em Teresina que meu pai viveu provavelmente os anos mais
duros de sua vida, quer como professor, quer como jornalista.
Porém, foi nessa cidade que
contraditoriamente também experimentou alegrias e conquistas no magistério e no
jornalismo. Neste artigo, me limitarei a comentar esquematicamente o seu papel
de jornalista na vida política piauiense, ainda que jornalismo e magistério
estejam sempre interligados na vida
desse escritor. O jornalismo de Cunha e
Silva possui uma característica inconfundível e exponencial e pode-se dividir
em três fases: 1) a que vai dos meados de 1940 à década de 1960, antes da
ditadura militar; 2) a fase que abrange sobretudo todo o
período da ditadura militar; 3) a fase que vai do final da ditadura
militar ao período de redemocratização.
Pelo visto, é um longo período de militância
ininterrupta e qualitativamente fecunda, visto que praticamente escreveu para
todos os jornais do Piauí e uma vez, teve publicados artigos seus no Diário de Notícias, do Rio de
Janeiro, e no jornal O
Imparcial, de São Luís, Maranhão,
citando-se, para ilustração, os
seguintes jornais piauienses em que colaborou como colunista, redator ou
editorialista, praticamente sem remuneração: O
Floriano, O Piauí, Resistência (diretor), A Gazeta, O Tempo, O Dia, Jornal do Piauí, A Luta, O Pirralho, O Liberal, Estado do Piauí,
entre outros, a par de publicações de artigos em revistas diversas do Piauí:
Na primeira fase, que
se inicia ainda em Amarante e já com expressiva participação no jornal, seu
jornalismo já despontava com uma marca de uma pena ágil, clara, objetiva e
destemida a serviço da defesa de causas sociais, e de repúdio a quaisquer
regimes autoritários, fosse em Amarante,
fosse na política estadual e federal, fosse no mundo com as suas grandes,
complexas e desafiadoras questões nos anos trinta e quarenta do século XX. Da
mesma maneira, nessa fase o jornalista aprofunda cada vez mais as sua
militância, acompanhando de perto os sucessivos governos do Estado do Piauí,
quase sempre na oposição contra os desmandos dos governantes, Fez campanha a
favor da UDN que elegeu o governador Rocha Furtado.
Como estivesse ao lado da
UDN, o governador lhe conseguiu uma cadeira de geografia no Colégio Estadual do
Piauí (antigo Liceu Piauiense). Desentendo-se com a UDN, passou a fazer acerbas
críticas ao governador Rocha Furtado que, como retaliação, o destituiu da
cadeira de geografia, deixando-o desempregado e curtindo as privações
financeiras além de ameaças contra ele seguramente vindas de setores do governo
estadual[11].
Segundo A. Tito Filho,[12]
foram dias de grandes atribulações financeiras, pois como professor em escolas
particulares, conquanto ministrasse aulas da manhã à noite, não conseguia
sustentar dignamente a família e dos artigos que escrevia para os jornais nada
recebia, artigos cada vez mais corrosivos e virulentos contra o governador e
seus auxiliares. Meu pai recebia ajuda de alguns amigos e colegas. A.Tito
Filho, em artigo por ocasião, do falecimento de meu pai, escreveu-lhe um
comovido e importante artigo-homenagem. Num trecho resume a agressividade que
era a norma da política daquela época: “ política da época não aceitava
rebeldias, A punição se fazia necessária e rigorosa. Os que se rebelavam perdiam o emprego público, tivessem ou não
responsabilidade de família.” [13]
Ao romper com a UDN, passou para o Partido Social Democrático. Com a
eleição de Pedro Freitas, candidato da oposição a Rocha Furtado, meu pai
recuperou um pouco o abalo financeiro, conseguindo do novo governador duas
cadeiras no magistério, no Colégio Estadual do Piauí e na Escola Normal
“Antonino Freire.” Nos jornais, continuava na defesa do PSD e verberando contra
a oposição.[14]
Foram anos de intensas
lutas político-partidárias. Veio o governo de Petrônio Portella e do
governador ganhou o cargo de diretor da Casa Anísio Britto que englobava
administrativamente o Arquivo Público, a Biblioteca e o Museu do Piauí. Fora
nesse período que teve oportunidade de aprofundar ainda mais seus
conhecimentos, sobretudo no campo da História do Brasil, quando aproveitou para
se preparar a uma prova para a cátedra de História do Brasil da Escola Normal
“Antonino Freire.” Escreveu, então, a tese, A
odisseia do cativeiro no Brasil.[15]
Realizou-se o concurso e dele saiu aprovado não sem ter enfrentado alguns obstáculos
decorrentes de suas posições políticas e da sua veia crítica. Escrevera ainda
outra tese de título O papel de Floriano Peixoto na obra de proclamação e
consolidação da República (1957),
apresentada à cátedra de História do Brasil do Colégio Estadual do Piauí. Não
me consta que tenha sido realizado o concurso de defesa dessa tese.
Deixou, por último,
uma obra, de título Gatos de
Palácio, sátira política, ainda inédita.[16]
Desejo acentuar que meu pai sempre encontrou algumas pedras no caminho que procuravam
prejudicá-lo. Da função de diretor da Casa Anísio Britto pediu demissão
simplesmente para solidarizar-se com um amigo desafeto do governador.[17]
Era assim meu pai, um espírito elevado, que colocava a dignidade pessoal em
primeiro lugar ainda que isso lhe custasse dissabores de toda ordem. No governo
de Chagas Rodrigues, foi nomeado diretor do Colégio Estadual do Piauí, função
na qual pouco demorou, pois, tendo punido um professor que saiu da linha de
seus critérios de administração, o professor recorreu à Justiça e o juiz de
direito da capital concedeu-lhe mandado de segurança. Considerando-se
desprestigiado, deixou o cargo.[18]
Na segunda fase, houve um longo e tumultuado caminho de sua militância
jornalística. Era o tempo de uma fase delicada do governo federal que, em
última análise, resultou na tomada do poder pelos militares. Foram longos anos
de autoritarismo, de ausência de liberdade e de partidos de fachada, de
prefeitos e governadores biônicos. Vieram os anos de chumbo. Nesses anos, meu pai
prosseguia escrevendo no meio do vendaval de profundas mudanças na estrutura
política do país, tendo, além disso, a presença atuante da censura à imprensa.
Veio o AI-5, o exílio de políticos de projeção, de professores, de cientistas,
de artistas e intelectuais que combatiam a ditadura. Cunha e Silva não se deixou intimidar, mostrava os erros dos
governantes, defendia o seu credo político, a democracia social.
Combatia sempre os
regimes discricionários, quer no país, quer no exterior. Seu jornalismo já o
encontrava na fase de grande amadurecimento e equilíbrio e sabia como criticar
sem se expor ingenuamente. Até mesmo na sua produção fora do jornalismo, suas
ideias de esperança na democracia e na vontade de ver seu país um dia vivendo
sob um regime de democracia social nunca arrefecera de seu espírito e de suas
preocupações constantes. Tal se refletiu em dois livros que publicou, A república dos mendigos,[19]
do qual tive o privilégio de fazer uma pequena introdução e Copa e
cozinha.[20]
Em ambos, ainda que, no primeiro tenha utilizado o gênero ficcional,
há o viés político, a crítica aos regimes fechados e a defesa da democracia
social.
Na terceira fase, sua
forte vocação de jornalista político, malgré
lui, não consegue se
desprender da notação ideológica por ele cultivada, ou seja, há na sua visão de
escritor um elemento jamais descartável, o proselitismo de um espírito para
quem a única saída para os problemas sociais do mundo é o exercício da
democracia social, implantada na sua plenitude desde que o homem político e o
ser humano em geral se transformem pela
humanização e desprendimento dos bens materiais, tal como se pode ver encarnado
no protagonista – e seguramente o alter-ego do autor -, Simão Lopes, novela A república dos mendigos, já
citada. Simão Lopes não é apenas uma mera construção ficcional.
É, antes, símbolo,
com sua matriz na República de Platão, de um mundo de harmonia e
paz social, de justiça e de humanidade entre as pessoas, mundo para alguns
utópico, mas que, na verdade, é real na
possibilidade da arte de ficção.
.
À guisa de conclusão:
O presente estudo está longe de ser desenvolvido em maior
profundidade, inclusive em virtude de falhas de pesquisas, que demandariam
deslocamentos do autor para consultas em Arquivos e Bibliotecas de Teresina,
Amarante, Floriano, Niterói e Lavrinhas, além de testemunhos de pessoas
que o conheceram na melhores fases de sua atuação jornalística. No tocante a
leituras e releituras dos artigos e da produção existente de meu pai visando a
um trabalho de envergadura de análises dos seus textos e de seu pensamento
político e intelectual, minha pretensão, por enquanto, fica apenas na
vontade de ver um estudo realizado neste nível. Desejo acrescentar que a
bibliografia passiva de meu pai ainda não foi levantada com todo o
cuidado que a relevância do jornalista piauiense merece da parte de estudiosos.
No final deste estudo, acrescento
todos os artigos nos quis
foquei meu interesse sobre a sua
vida e obra e ainda adiciono alguns textos
(artigos, perfis biográficos ou
trabalhos de outra natureza acerca de
Cunha e Silva.
NOTAS:
[1] Grande parte dos dados informativos de caráter biográfico deveram-se a diversas
conversas que com meu pai mantive na adolescência em Teresina, Piauí, depois
confirmadas por alguns artigos de cunho memorialístico que publicou ao longo da
vida. Devo acrescentar que meu pai
sentia um grande prazer em conversar comigo sobre o seu passado.
[2] SILVA, Cunha e. A virtude está no meio.
Só tenho o recorte do jornal, mas provavelmente foi publicado em O Liberal, Teresina, [2]PI.
Só uma indicação encontro no verso do recorte: Teresina, Dom./Seg. 26/27 de
Setembro de 1988.
[3] Em conversa com meu pai nas condições
indicadas na nota “1”
acima
[4] SILVA, Cunha e. Omissão injusta. Jornal
Estado do Piauí, Teresina, 22 de julho de 1983. Tais informações se encontram
igualmente em outros artigos memorialísticos de Cunha e Silva
[5] Entrevista: Prof. Cunha e Silva.
In: EDUCAÇÃO. Ano III, Nº 06 – Revista Trimestral –
15/10/1986, p. 17-22. Órgão Oficial da Secretaria de Educação do Estado do
Piauí.
[5] Cunha e. Amarantinos ilustres. Recorte do
artigo provavelmente publicado no jornal Estado do Piauí, Teresina
[7] SILVA, Cunha e. Profissão de fé.
Jornal Estado do Piauí, Teresina, PI., publicado em duas
partes, a primeira em 24/06/1980, a segunda, em 27/06/1980.
[8] TITO FILHO, A. Cunha e Silva. In: Crônicas de A. Tito Filho.
Teresina, PI.: Gráfica do Jornal O
Dia, 1990, p. 65-66. Texto,
em cópia-xérox conseguido, através de um
amigo piauiense e residente no Rio de Janeiro. O mesmo amigo também me conseguiu, em cópia-xérox, um excelente estudo sobre meu pai, o qual se encontra no capítulo “Perfis,” livro Elogio da sombra(1979) da autoria de José Maria
Soares Ribeiro, de resto, ex-aluno de meu pai no Ateneu Rui Barbosa, em Amarante. Vale
enfatizar que ambos os textos, a meu ver, de tudo que pude ler sobre Cunha e
Silva, me parecem o que há de melhor sobre o entendimento da personalidade
intelectual e do pensamento e ideias de meu pai. A cópia-xérox do livro Elogio da sombra não faz a
indicação dos dados da editora e do
lugar da imprenta.
[9] SILVA, Cunha e. Profissão de fé. Op.
cit.
[10] O intelectual piauiense alude ao Cel.
Delfino Vaz, já citado na nota anterior,
o verdugo que mandou prender meu pai em Amarante.
[11] TITO FILHO, A. Op. cit.
[12] Idem, ibidem
[13] Idem, ibidem
[14] Idem, ibidem
[15] SILVA, Cunha e. A odisseia do cativeiro no
Brasil. Teresina: Imprensa Oficial, 1952. 61 p. (Tese apresentada à Escola
Normal “Antonino Freire” no concurso para catedrático de História do Brasil).
[16] Infelizmente, o destino dessa obra não
foi bom. Pelas informações que tenho da minha família, a obra se perdeu. Entretanto, aguardo que, um dia, apareça, pois eu tive o privilégio de copidescá-la e
mesmo fazer uma primeira revisão, enviando-a novamente ao Piauí para um
possível publicação. É lamentável um
aconteci mento desses
[17] TITO FILHO, A. Op. cit.
[18] Idem, ibidem.
[19] A república dos mendigos (novela). Rio de Janeiro, RJ.: Folha
Carioca Editora Ltd., 1984, 135 p. Introdução de Cunha e Silva Filho
[20] SILVA, Cunha e. Copa e cozinha. Teresina:
Academia Piauiense de Letras/Projeto Petrônio Portella, 1988, 127 p.
BIBLIOGRAFIA SOBRE CUNHA
E SILVA
MOURA, Francisco Miguel de. Cunha e Silva. In: Literatura do Piauí.(De Ovídio aos nosso dias). 2. ed., rev.
ampliada. e melhorada Teresina: EDUFPI,
203, P. 109-110.
NETO, Adrião. Verbete Cunha e
Silva. In:__. Dicionário biográfico
escritores piauienses de todos os tempos. 2. ed. Prefácio de Elmar Carvalho.
Teresina: Halley S.A, 1995, p. 245.
FILHO, Severino. Há 25 anos morreu Cunha e Silva. Acesso em:
cidadeverde.com/tuneldotempo.
SILVA FILHO, Cunha e. Esboço biobibliográfico e crítico. Estado do Piauí, Teresina, 29/07/1974.
____________. Em defesa de um autor. Jornal do Piauí, Teresina, PI., 22/01/1982.
Recorte de jornal, provavelmente um editorial,
publicado em 1975, em homenagem ao
ingresso de Cunha e Silva como imortal
da Academia Piauiense de Letras, ocupante da cadeira nº8, cujo patrono é José Coriolano de Sousa Lima.
ACADEMIA PIAUIENSE DE LETRAS. 4º
Ocupante – CUNHA E
SILVA. Publicado no jornal Estado
do Piauí. Recorte de jornal
possivelmente datado de 1975.
SILVA, Brito. Prof. Cunha e Silva. Estado do Piauí.Teresina, 21 de setembro
de 1975.
SILVA FILHO,. Cunha e Silva: oitenta anos. Jornal do Piauí, 07/08/1984.
FILHO, Vasques. A república
dos mendigos. Tribuna do Ceará.
Fortaleza, 1990. Acervo A. Tito Filho (8).Disponível em:
acervoatitofilho8blgspot.com.br
SILVA FILHO, Cunha e. A ausência presente. In: __. As ideias no tempo(crônicas, artigos, resenhas e ensaios). Teresina: Academia
Piauiense de Letras/Gráfica do Senado, Brasília, DF., 2010, p. 47-48. Artigo
anteriormente publicado em jornal de Teresina,PI.
___________.Três encontros com meu pai.
Idem, ibidem, p. 262-264.
___________.Relendo Copa e cozinha. Jornal da Manhã, Teresina, PI., 1988. Posteriormente publicado na obra As ideias no tempo, op. cit.
___________.Relendo Copa e cozinha. Jornal da Manhã, Teresina, PI., 1988. Posteriormente publicado na obra As ideias no tempo, op. cit.
__________. Um ano sem Cunha e Silva. Jornal da Manhã, Teresina, PI., 17/02/1991
_________ . Nas estantes de Cunha e
Silva. Meio-Norte,
Teresina, PI., 03/10/2004
__________.Cunha e Silva: centenário,
fotos e saudades (em duas partes). Meio-Norte,
20/01/2006..
__________.Recordando Papai (duas
partes). Diário do Povo,
Teresina, PI., 30/10/2007.
__________.Cartas a meu pai (1). Diário do Povo. Teresina, PI., 14/08/2008
__________.Cartas a meu pai (Conclusão). Diário do Povo. Teresina, PI., 14/08/2008.
__________.O menino, o pai e a garapa.Ver Arquivo do meu Blog “As ideias no tempo”.
__________.O menino, o pai e a garapa.Ver Arquivo do meu Blog “As ideias no tempo”.
__________.Memórias de Papai: sede de
sabedoria.Ver Arquivo do meu Blog “As ideias no tempo.”
__________.Cunha e Silva, enfim, a
consagração.Ver Arquivo do meu Blog “As ideias no tempo.”
SOARES RIBEIRO, José Maria. Cunha e Silva. In:__. Elogio
da sombra. Teresina, s.ed., 1979, p. 31-41.
TITO
FILHO, A. Cunha e Silva. In:__. Crônicas
de A.
Tito Filho. Teresina: Gráfica do Jornal O Dia, 1990, p.65-66.
NOTA DO AUTOR:
Este ensaio é uma versão nova, aumentada, inclusive revisada, de um trabalho anteriormente publicado neste Blog. Entretanto, a sua novidade está na sua melhor organização e enriquecimento de dados, sobretudo bibliográficos. Julguei que a antiga versão merecia um tratamento mais acadêmico. No que concerne à bibliografia passiva de Cunha e Silva, ainda espero colher mais textos sobre esse importante jornalista e educador piauiense que, por felicidade do destino, é meu pai.. Uma outra razão pela qual venho escrevendo sobre o valor de sua contribuição ao jornalismo e às letras do Piauí se deve à pouca valorização da historiografia piauiense pelo que ele produziu por décadas, sobretudo no campo do jornalismo político-doutrinário, na educação e na vida cultural piauiense. O que venho publicando sobre ele objetiva, portanto, despertar uma maior atenção para esse intelectual talvez já esquecido das gerações mais novas
NOTA DO AUTOR:
Este ensaio é uma versão nova, aumentada, inclusive revisada, de um trabalho anteriormente publicado neste Blog. Entretanto, a sua novidade está na sua melhor organização e enriquecimento de dados, sobretudo bibliográficos. Julguei que a antiga versão merecia um tratamento mais acadêmico. No que concerne à bibliografia passiva de Cunha e Silva, ainda espero colher mais textos sobre esse importante jornalista e educador piauiense que, por felicidade do destino, é meu pai.. Uma outra razão pela qual venho escrevendo sobre o valor de sua contribuição ao jornalismo e às letras do Piauí se deve à pouca valorização da historiografia piauiense pelo que ele produziu por décadas, sobretudo no campo do jornalismo político-doutrinário, na educação e na vida cultural piauiense. O que venho publicando sobre ele objetiva, portanto, despertar uma maior atenção para esse intelectual talvez já esquecido das gerações mais novas
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