“HADST thou stayed, I must have fled!”
That is what the Vision said.
In his chamber all alone,
Kneeling on the floor of stone,
Prayed the monk in deep contrition
For his sins of indecision;
Prayed for greater self-denial
In temptation and in trial;
It was noonday by the dial
And the monk was all alone.
Suddenly, as if it lightened,
An unwonted splendour brightened
All within and without him
In that narrow cell of stone;
And he saw the blessed Vision
Of our Lord, with light Elysian,
Like a vesture wrapped about Him,
Like a garment round Him thrown.
Not as crucified and slain,
Not in agonies of
pain,
Not with bleeding hands and feet,
Did the monk his Master see;
But as in the village street,
In the house or harvest field,
Halt and lame and blind He healed,
When he walked in Galilee .
In an attitude imploring,
Hands upon bosom crossed,
Wandering, worshipping, adoring,
Knelt the monk in rapture lost.
“Lord”, he thought, “ in heaven that reignest,
Who am I, that thus Thou deignest
To reveal Thyself to me?
Who am I, that from the centre
Of Thy glory Thou shouldst enter
This poor cell, my guest to be?”
Then, amid his exaltation,
Loud the convent bell appalling,
From its belfry calling, calling,
Rang through court and corridor
With persistent iteration
He had never heard before.
It was now the appointed hour
When alike in shine or shower,
Winter’s cold or summer’s heat,
To the convent portals came
All the beggars of the street,
For their dole of food
Dealt them by the brotherhood;
And their almoner was he
Who upon his bended knee,
Wrapt in silent ecstasy
Of divinest self-surrender,
Saw the Vision and the splendour.
Deep distress and hesitation
Mingled with his adoration;
Should he go or should he stay?
Should he leave the poor to wait
Hungry at the convent t gate,
Till the Vision passed away?
Should he slight his radiant guest,
Slight visitant celestial,
For a crowd of ragged , bestial
Beggars at the convent gate?
Would the Vision there remain?
Would the Vision come again?
Then a voice within his breast
Whispered audible and clear,
As if to the outward ear;
“Do thy duty; that is best;
Leave unto thy Lord the rest!”
Straightway to his feet he started,
And with longing look intent
On the blessed Vision bent,
Slowly from his cell departed,
Slowly on the errand went.
At he the gate the poor were waiting,
Looking through the iron grating,
With that terror in the eye
That is only seen in those
Who amid their wants and woes
Hear the sound of doors that
close,
And of feet that pass them by;
Grown familiar with disfavour,
Grown familiar with the savour
Of the bread by which men die!
But to-day, they knew not why,
Like the gate of Paradise
Seemed the convent gate to rise;
Like a sacrament divine
Seemed to them the bread and wine.
In his heart the monk was praying,
Thinking of the homeless poor,
What they suffer and endure;
What we see not, what we see;
And the inward voice was saying:
“Whatever thing thou dost
To the least of Mine and lowest,
That thou doest unto Me!”
Unto Me! But had the Vision
Come to him in beggar’s clothing,
Come a mendicant imploring,
Would he then have knelt adoring,
Or have listened with derision,
And have turned away with loathing?
Thus his conscience put the
question,
Full of troublesome suggestion,
As at length, with hurried pace,
Towards his cell he turns his face,
And beheld the convent bright
With supernatural light,
Like a luminous cloud expanding
Over floor and wall and ceiling.
But he paused with awe-struck feeling,
At the threshold of his door,
For the Vision still was standing
As he left it there before,
When the convent bell appalling,
From its belfry calling, calling,
Summoned him to feed the poor.
Through the long hour intervening
It had waited his return,
And he felt his bosom burn,
Comprehending all the meaning
When the blessed Vision said,
“Hadst thou stayed, I must have fled.”
A Visão
“SE TIVÉSSEIS permanecido, Eu o
teria abandonado.”
Solitário em seu aposento,
Ajoelhado no chão de pedra,
Orava um monge, em profunda contrição,
Por seus pecados de hesitação.
Orava por uma mais forte abnegação
Quando tentado e provocado.
O relógio meio dia marcava.
Como se de repente iluminado
E o monge, sozinho, se
encontrava.
Como se de repente relampejasse,
Um esplendor incomum iluminou
Todo o seu íntimo e o seu exterior
Naquele estreito aposento de
pedra.
Viu ele a Visão abençoada
De nosso Senhor no
esplendente Eliseu
Qual uma veste envolvendo-O,
Qual, em volta
Dele , lançada
uma vestimenta.
Não viu seu Mestre como crucificado
e morto,
Nem na agonia das dores,
Nem com as mãos e os pés sangrando
Mas como se estivesse na ruas do lugarejo,
Na casa ou nos campos de colheita
Ao avistar os coxos e os aleijados e os cegos
Assim que na
Galileia entrou.
Implorando com um gesto,
As mãos no peito cruzadas,
Maravilhando-se, adorando, louvando,
Em êxtase, ajoelhou-se o
monge.
“Senhor,” pensou, “nos céus onde
reinais
Quem sou eu, assim, que Vos dignastes
A revelar-Se para mim?
Do centro da Vossa glória, quem
sou eu
para merecer que entrásseis
Neste humilde aposento, tornando-Vos meu hóspede?”.
Em seguida, em meio à sua
exaltação,
Do convento o assustador sino, chamando, chamando bem
alto
Ressonou por toda a parte do
pátio e do corredor
De forma intensa
e contínua
Nunca antes ouvida em
qualquer tempo.
Chegara agora a hora
combinada
Quando, sob sol ou forte chuva,
Ou frio do
inverno ou calor do verão,
Ao portão do
convento vinham
Todos os cegos e coxos e
aleijados.
Todos os mendigos
da rua
Receberem a esmola diária
A eles distribuída pela
irmandade
O seu esmoler era o monge,
O qual, ajoelhado,
Mergulhado em silente enlevo,
No mais divino desprendimento
A Visão e o esplendor presenciou.
Profunda depressão e dúvida
Misturavam-se à sua
louvação..
Deveria ir ou deveria ficar?
Deveria deixar os
pobres esperando,
Famintos, no portão do convento
Até que a Visão sumisse?
Deveria abandonar seu precioso
hóspede,
Celestial passageiro Visitante
Esquecendo um multidão de andrajosos grosseiros,
Mendigos à espera no portão?
Permaneceria ali a Visão?
Será que voltaria?
Logo depois, dentro de seu
peito uma voz
Murmurou, clara e audível:
“Fazei vossa obrigação, é o mais aconselhável.
Deixai que do resto cuide
o Senhor!”
De inopinado pôs- de pé
E com uma intenção nos semblante ardente,
Curvado sobre a Visão
abençoada,
Devagar partiu de sua
cela
Devagar, para a sua missão,
encaminhou-se.
Os pobres à porta aguardavam.
O gradeado de ferro examinaram
Com os olhos atemorizados,
Tão comum àqueles
Que, em meio às carências e
aflições,
Ouvem o som das
que se fecham
E de pés que passavam junto
deles.
Crescidos no meio do desprezo,
Crescidos no meio do cheiro
Do pão pelo qual os homens
morrem!
Agora, contudo, ignoravam a razão pela qual,
à semelhança do portão do Paraíso,
O portão do convento abrir-se parecia,
Tal qual um divino sacramento
Se lhes figuravam o pão e o vinho.
Rezava o monge verdadeiramente
Pensando nos pobres sem teto,
O quanto sofrem e resiste,
O quanto não vemos ou vemos..
A voz interior afirmava:
“O que quer que façais
Por menos e mais simples que seja em Meu nome,
Fazeis por Mim.!”
Por Mim! Contudo, se a Visão lhe tivesse
Chegado na figura de mendigo
Implorando qual um
esmoleiro,
Teria ele, então, se ajoelhado adorando-O
Ou te-lo-ia ele escutado com desdém?
Desta forma,
o interrogava a sua consciência
Plena de sugestões perturbadoras.
Finalmente, com
passo ligeiro,
Volve o rosto
para o seu aposento
E contemplou do convento o
brilho
De uma luz sobrenatural
Tal como uma nuvem expandindo-se
Por sobre o chão, a parede e o teto.
Porém, amedrontado, deteve-se
Na soleira de sua
porta.
Eis que a Visão ainda
ali se
encontrava.
Da mesma maneira que a havia
ali.deixado
O assustador sino do convento
Do seu campanário chamando,
chamando,
Convocou-o a alimentar os
pobres.
Durante a longa interminável hora,
Ela havia esperado por seu
regresso.
Sentiu o monge o peito em
chamas
Compreendendo, por fim, com clareza todo o sentido
Do que falava a Visão abençoada:
“Se tivésseis permanecido, Eu o teria
abandonado.”
(Trad. de Cunha e Silva Filho)
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