Cunha e Silva Filho
O custo de vida atual no Brasil
está subindo em três setores: na alimentação,
nos remédios e nos planos de saúde. Enquanto isso, a Presidente, nomeada
pelos áulicos a “Presidenta,.” em flagrante atentado contra as mudanças fonéticas e ortográficas que
devem seguir o curso
próprio de suas modificações inerentes aos estados linguísticos diacrônicos e sincrônicos segundo as tendências e índoles de cada
língua. Mantém os salários do
funcionalismo federal arrochados, imobilizados. Politicagem, bajulação e questões linguísticas não se
devem misturar e, quando isso acontece, provocam
o caos comunicativo ou a entropia, necessários ao jogo do poder e às dissimulações.
Ora,
para ela, Dilma, se aumenta ou não o custo de vida do brasileiro, pouco se lhe dá, contanto que
o gasto que têm ela e sua família
para os cofres do governo continuem
jorrando como água das cataratas mediante o uso
liberal dos cartões de
créditos oficiais para presidentes e
outros membros do governo federal.
O que os brasileiros vivemos
é aquilo que meu pai costumava
chamar, na sua época de jornalista
corajoso e independente, de
“carestia.” E esta está rondando os assalariados públicos que não têm tido aumento do
governo federal há, pelo menos, três anos, posto que seja campeão de
impostômetro, exibição iluminada e contínua que há tempos não tenho mais visto pela televisão numa rua de São Paulo
Comida temos nas prateleiras dos supermercados, mas os preços, que sobem sorrateiramente, estão causando estragos nos bolsos dos
consumidores. Aos remédios de uso continuado e obrigatório, sobretudo para as pessoas idosas que deles mais necessitam, dadas as condições do
envelhecimento e das doenças que
dessa fase adulta resultam, mês a mês, uma família destina uma parte considerável de
seus vencimentos.
No terceiro setor assinalado, temos os tão
propalados planos de saúde,
sempre ávidos para subirem seus preços, seja para crianças e jovens, seja para adultos e
idosos; os últimos são os que
mais estão sofrendo por culpa de planos
de saúde que, para eles, são elevados e, quando chegam a uma
faixa de idade bem avançada, nem
são mais aceitos pelos
capitalistas gananciosos da medicina mercantilista. Numa palavra, o
idoso, o muito idoso estão desamparados, porém, como afirmei e é preciso reiterar, quando atingem a longevidade e caem doentes, são descartados pelos
“comerciantes” dos planos de
saúde no Brasil. O destino dos idosos pobres e mesmo de classe média é um só: tentar uma vaga num hospital público que, em grande parte e em todo o país,
não tem condições de
atendê-los com dignidade. A morte
para os anciãos é coisa certa e um fato anunciado.
Os planos de cooperativas ou de associados sindicalizados (professores, por exemplo),
recebem determinações da ANVISA
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
que é o setor federal responsável por estabelecer
índices de reajuste de
preços tanto nas negociações com os planos de saúde quanto com as cooperativas que
repassam os aumentos dos planos através de negociações realizadas por assembleias, cujas decisões são
comunicadas aos usuários dos
planos e cooperativados. Na
prática, o governo, através
daquele órgão regulador, é quem
impõe o aumento aos planos. As
cooperativas fazem alarde, “fingem”
não aceitar o que o governo pede
e, no final das contas, terminam aceitando algo próximo ao que o governo determina na majoração dos preços.
É um tipo de decisão autoritária e anual que parte do próprio seio do governo, cujo único prejudicado final é o usuário, seja de plano individual, seja de plano através de cooperativas ou associações. O que estas últimas fazem, na realidade, é aparentar estar defendendo nossos direitos de usuários de planos, contudo, no fundo, o que acontece é o conluio silencioso, nos bastidores, num negócio proveitoso tanto para o governo federal, que arrecada mais impostos, quanto para as cooperativas ou associações ligadas a sindicatos e a táticas do velho peleguismo bifronte brasileiro.. É a roda viva de um “faz de conta” que se retroalimenta continuamente.
É um tipo de decisão autoritária e anual que parte do próprio seio do governo, cujo único prejudicado final é o usuário, seja de plano individual, seja de plano através de cooperativas ou associações. O que estas últimas fazem, na realidade, é aparentar estar defendendo nossos direitos de usuários de planos, contudo, no fundo, o que acontece é o conluio silencioso, nos bastidores, num negócio proveitoso tanto para o governo federal, que arrecada mais impostos, quanto para as cooperativas ou associações ligadas a sindicatos e a táticas do velho peleguismo bifronte brasileiro.. É a roda viva de um “faz de conta” que se retroalimenta continuamente.
Essas mazelas,
negociatas, embustes, mistificações são próprias de uma país
que vive à sombra grandiosa
da impunidade e do caos “organizado” tacitamente
engendrado pela estrutura viciada
e de práticas sociais e econômicas anacrônicas, fazendo com que,
absurdamente, o país exiba aos olhos atentos duas faces:
o atraso, a miséria e modus vivendi e operandi de Primeiro
Mundo.
Entre
tantos desmandos da
Nação, em período de
eleição presidencial e representativa, Dona Dilma
- se é que realmente pensa no bem dos brasileiros - deveria atentar para, entre tantos “malfeitos” ( termo
da semântica lulista) ainda
arraigados no solo pátrio,
para o desgoverno e completa ausência
da Lei visíveis a olho nu
nos três setores que alinhei
na discussão deste artigo.
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