sexta-feira, 25 de julho de 2014

BRAZIL'S OVERVIEW CORNER

Israel  is not setting a good example  
 [ A Portuguese  translation of this  article follows the English  text]


                                      by   Cunha e Silva Filho


                 Obviously Israel  must  defend  itself  against  rockets  launched by  Hamas groups   from  Gaza  Strip; it  is in its  duty to do so.
                However,  what is  to be  harshly criticized is  the way  and the  war power  Israeli armed forces  are using against the population  of  Gaza causing  an unprecedented  death  toll which amounts to  hundreds of  fatal victims,  including – what is  so  regrettable -   unprotected civilian children,  adults and  old people.   These actions are not sheer   war   actions   at all.  They rather  seem  to me  actions against  humanitarian  rights even  considering   two  fighting  peoples  in  the  gloomy  conflict.
                If Israel  people  could look back to the atrocities they were  victims of  during the Holocaust  days in  the Second World  War, they would   probably  seek to  change  their attitudes   now, as by so doing,  before the  eyes of  the  world  community,   their image has  been seriously damaged, especially having in  mind the historical  circumstance that the country   is worldwide known as theb  Holy Land, Christ’s  birthplace.  What about the place of  religion the aim of which is to  keep  peace and avoid violence among  people  and nations.
By setting the bad example of a fighting  merciless  country   launching   powerful missiles reaching  the  population   of Gaza, thus destroying  houses and  buildings by reducing  them  to havoc    in scenes that bring us to the  awful memories of  the  two world wars, Israel will never gain  the solidarity and  the approval  of  civilized  world nations. Far   otherwise.  They will be seen as a warlike  country   and even   as a nation   that does not  respect  universal  human  rights.
Of course,  the  position   taken  by  Israel’s government   has already  shown  some  bad  consequences of their acts:  plane  flights scheduled to destination  in  Tel Avis  have been  cancelled.  International  tourism  will  suffer a lot of  financial   losses. In my view, these are  some of the terrible consequences that  will  soon be felt  by Israelis, not to mention others.
According to international  analysts,  the  recent  incident  causing  destruction   of a school  building for refugees  maintained  by  U.N. shall have  a bad  aftermath, since  this  world  institution,   so to speak,  was disrespected in  what it  stands for  before  all nations  comprising  it.          
To make things worse,  Ygar Palmer, Israel’s Foreign Ministry  spokesman  came the point of  slamming   our   diplomacy  as  the “diplomacy of  dwarf!, thus  underestimating   Brazil’s international  position  for  recalling  his ambassador to Israel for consultation at the Itamaraty.
On the other hand, its is beyond my human  understanding that a country   whose people  preach   Judaism  is  able to   allow itself  to  these inhuman  military  actions. I do not   deny that  Hamas  groups are  blameless  either. They   too have their own   defects and   wrongdoings, but what  is at  stake is the  real fact that  there is a disproportional    degree of violence between  Israel and  Gaza  Strip. To give a simple  glimpse of  this disproportion,   I  may refer the reader to the present  casualties  between  the  two opposing  forces, and chiefly the  number of   dead  people   victims  of   Israel's  armed forces.
International   world organisms, such as  the U.N. should not   stand with  arms across before this carnage. Something   must be done   urgently and those who are to be  held   responsible  for the atrocities   must   be   rightly  punished for   their  deeds. And   believe the world shall not certainly comply with   these wrongdoings.
An immediate    U.N.  intervention   should take  place,  not  through  the use of force, unless  things  get  worse and  the amount of   victims increases endlessly. What   we cannot   stand   any longer  is the  present   unsustainable situation.
In view of all this  tense  moments  humanity  is going  through and which  does not  restrict itself  only to the regions of Gaza and Israel, I want to  believe  the organisms  of  peace and security shall  find a  way, firstly to an immediate cease   fire, secondly, to  a meeting   of  the Security Council  of  the United Nations  to  put and end to  the  unstable and  afflicting  situation The world is tired and revolted of ever  watching on TVs around the world the   regrettable scenes of  crowds carrying the corpses of their    beloved  ones on  pieces of wood like stretchers along the  roads in Gaza. 
There cannot be so distressing   scenes like   these   -  a shame  before the eyes of  mankind. And these  ghastly   scenes are a true  example  of how  far we are of    reaching   a  desired stage of  human  behavior precisely at   the  present  time  the world has  shown  such  tremendous advances  in the field of  science and technology, but at the same time has seen  a  very  dark and savage  stage of  living  without peace and  respect towards one’s fellow creatures. What a pity!  “Oh, mankind!,” Herman Melville (1819-1891), a north-American novelist, essayist and poet, would rightly say, to repeat what I use to write to express my indignation against violence and injustice anywhere.





Israel  não dá bom  exemplo


                                                Cunha e Silva filho

                   Israel  deve, sim, defender-se de foguetes lançados pelo  Hamas da Faixa de Gaza. Está no seu direito.
Entretanto,  o que não  posso  deixar de censurar duramente é a forma de  fazer guerra contra a população de Gaza, numa  estatística  de mortes sem precedente e lamentável por  fazer  vítimas de suas armas  crianças, adultos e velhos  desprotegidos. Tais ações não são meras  ações de guerra apenas. A mim me parecem antes  ações contra os direitos  humanitários, mesmo  se consideramos  que os dois  povos   se encontram  num   conflito  sombrio.
Se os israelenses pudessem  retroceder  às atrocidades de que foram vítimas  no Holocausto durante Segunda Guerra Mundial,  provavelmente   procurariam mudar  suas atitudes hoje, pois,  agindo como o fazem,  diante do olhar da comunidade mundial, sua imagem  tem sido   seriamente  prejudicada,  em especial  tendo  em mente  a circunstância histórica de que o país é   mundialmente  conhecido  como a  Terra Santa, o berço-natal  de Cristo.
Dando  um exemplo de país  beligerante e impiedoso, que lança mísseis  poderosos  atingindo  a população de Gaza, destruindo habitações e edifícios e os reduzindo  a escombros numa cena que nos traz à memória  horripilante  de duas guerras mundiais no passado,   Israel jamais  poderá  conseguir a solidariedade e a  aprovação   das nações   civilizadas do mundo. Muito ao contrário.  Serão vistos como  um país belicoso e até uma nação que  não respeita  os direitos humanos  universais.
Decerto, a posição  assumida pelo governo  de Israel já causou algumas  consequências  ruins   devido  às suas ações: voos marcados para Tel Aviv foram  cancelados. Assim, o turismo  internacional sofrerá  pesados prejuízos. A meu ver,  estas  são algumas das sérias  consequências   que logo  se  farão sentir, para não mencionar  outras.
De acordo com analistas internacionais,  o recente incidente  provocando  destruição  de uma  escola  para   refugiados  mantida pela  ONU, terá  péssimos  desdobramentos,  já que  essa  instituição  mundial, por assim dizer,  foi  desrespeitada no que  representa  diante  das nações que a constituem.  Para piorar  ainda mais,  o porta-voz do Ministério do Exterior  israelense, Igar Palmer, chegou ao ponto de chamar  a diplomacia  brasileira de “diplomacia de anão,” subestimando, dessa  maneira,  a posição brasileira  no que diz  respeito  ao conflito palestino –israelense e por haver   chamado  nosso  embaixador  em Israel  para consultas no Itamaraty.
Por outro lado,  está além da minha compreensão humana que um país cujo  povo  prega o judaísmo  seja  capaz de permitir-se estes atos militares desumanos. Não  nego que  o Hamas  seja  isento de culpas  tampouco. Ele tem igualmente  seus defeitos  e  ações  deletérias, porém  o que está em  discussão é o fato de que  há um grau  desproporcional  de violência entre Israel  e a Faixa de Gaza. Para  um simples  exemplo desta  desproporção,  chamo a atenção do leitor para  as baixas  atuais entre as dois forças adversárias,  e  sobretudo  o número de mortos vítimas das forças armadas  israelenses.
Organismos internacionais com as Nações Unidas não deveriam   ficar de braços cruzados diante desta  carnificina. Algo tem que ser feito  com urgência e os responsáveis  pelas   atrocidades  devem ser  punidos legalmente.
Uma  imediata  intervenção  das Nações  Unidas deve ser feita, não com o usos da força, a menos  que  as coisas  piorem e o número  de vítimas  aumente  indefinidamente, O que não se  pode  é suportar mais   esta situação   insustentável.
Diante  dos momentos de tensão  que a humanidade  atravessa e que não se restringe  apenas  às regiões de Gaza e Israel,  quero crer  que os organismos  de paz e segurança  hão de  encontrar  um caminho, prime iro a de um  cessar-fogo imediato,  depois,  uma reunião  do Conselho de Segurança  das Nações Unidas  a fim de pôr  termo a  esta situação  instável  e aflitiva.
O mundo está  cansado e revoltado  de assistir  continuamente  pela  TV  as cenas abomináveis de multidões  carregando  os corpos  de seus entes queridos sobre tábuas de madeira como se fossem macas pelas ruas  de  Gaza.    
Não podem existir cenas tão  angustiantes  como essas – uma vergonha diante dos olhos  da humanidade. E essas  cenas   terríveis são um  exemplo  autêntico de  quão distantes   estamos  de alcançar  um  estágio  desejado de comportamento  humano  exatamente  no momento  em que o mundo tem  mostrado  tantos  avanços   no campo  científico-tecnológico e,   de outro lado,   um estágio  sombrio e selvagem  de viver  sem paz e respeito para com  nossos semelhantes. Que pena! “Oh,  humanidade,!” diria  com  justiça Helman  Melville, escritor  norte-americano,  para repetir  o que costumo  escrever   a fim de expressar  minha indignidade  contra  a violência e a  injustiça  em toda a parte.


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