domingo, 23 de fevereiro de 2014

BRAZIL'S OVERVIEW CORNER: Politically divided nations;a challenge for Post-Modernity



[A Portuguese translation of this  article   appears below the English text]




                                                                        By Cunha e Silva Filho



                       

              We have at least three examples of  countries which   are identified with   different  ideological  viewpoints, i.e, their  populations are not  united when  facing  opposite political  and  social trends. This fact entails dangerous  problems ahead as they  present  themselves as children of the same country  who think  as though they  were  each  one,  two countries in  one. This is what is happening to   Syria, Venezuela and now,  in a less degree,  Ukraine as the latter actually seems to  stand for  the indignation of the larger  portion of the  population.
            These  nations  thus  split tend to take two ways: either they may  lead to a civil  war, or they  have to find  out  forms  to compromise and  arrange to  change their government chief of  states or presidents.
The main  reason   that  brings about  difficult political and social upheavals  has, in most cases, its  root in countries  that do not  answer to  the  desires and   claims  of  their societies as a whole.  In other words,   countries which  decide vertically  what they  think of  as  appropriate for  their people tend to  forget  that  people’s will  is the  component sine qua non  for a government  to comply with  the aspirations  of  individuals. Should they   use   intelligence and an accurate   view of necessary  needs of a nation, they would certainly  change their  one-sided position and rather  would try  to meet the most fundamental  demands  of a country.
To make decisions that affect   lives of so many   people is risky for a government, even for the so-called   democratic  nations.  The source of   solutions  lies  in the hands  and the  kind of  way of life of a society. Therefore, a wise ruler first of all  ought to listen to the  people’s claims  on the streets because  without the  people’s support,  a government  will hardly  remain  in power.
The generalized world  protests against political leaders, including   Brazil,  practically  derive of one  basic   factor:  bad governments,  authoritarian  rulers, either dictators or  democratic ones,  tend not to  last long in their  functions with a few exceptions nowadays,  such as Cuba,  Syria,  China,  North Korea and other  countries.
It is felt as a world   trend in the field of  political institutions that there is  one single and  fair  way  to effectively  reduce  world  wars,  civil  wars and social  trumoil  all the  world over, and this is only  accomplished by   democratic  ways,  elections,  press  freedom,  speech  freedom and respect to human  rights. Of course,  one should never be naïve to  blindly  believe that  in democratic  countries  we are  safe from  a good many  problems   in the multiple areas  of   a government.
Should one abolish   social   differences in democracy? Is it feasible? Is it a Utopian   dream? These are   tremendously   complex issues that should be a constant   debate in countries of  high level  of decent life and high level of  an educated  society.
I know that we still  have a long way to  go towards  devising  strategies  that might lead to a   better  modern  society  under   democratic   principles that  would lead to    deep changes  in several  areas of  social  life: better education, transportation,  better hospitals, higher  salaries  for   vital   functions, such as  teaching, medical  practice, scientists,  researchers, pilots, bus drivers, train drivers, subway drivers, scientists  and so on.
If these  problems  are not  tackled  aggressively and with a determined  policy  will, none of the current  social  evils (political  corruption, violence, drug   traffic,  high rates of  crimes,  juvenile  delinquency), political, economical or cultural, will be reduced. It  is high time that our world authorities  should  draw their attention to all these  issues that are  causing so many bloodshed the world over.
Therefore, all the  above mentioned  countries  should  bear in mind  one  simple  truth:  should they   want to have a country  ridded of all the  troubles  as seen by  massive demonstrations  in   public  squares, with the bulk of  people  demanding  for  a better social  life with  freedom  of speech, they  ought to  give up their  present  form  of government and treat  their  people  with   due respect,  by  allowing these  inalienable   rights: to live in peace and  free from  poverty,  violence, drug traffic,  extreme  violence,  torture,  lack of essential    needs, having time for leisure and opportunity  to  improve their  cultural  level,  compatible salaries according to  the  competence and  ability of  each  person. I emphasize these  statements to all  rulers: either take  the way  to  public  disorder and confrontation  between police forces and demonstrators,  or even worse, bloodshed, or  want  a  long-hoped lasting   peace  in the world. Remember, leaders of the world over,   how many innocent   lives would have been saved if  peoples’ cries were  given  importance by you all.  Finally,   remember  Charles Chaplin’s words and their  universal appeal “Thou art  not machines,  thou art men!”



Nações divididas: um desafio na Pós-Modernidade


                                          Cunha e Silva Filho


Três exemplos, pelo menos,  temos de países que se distinguem  por diferentes  posições ideológicas,  i.e., com  populações   no enfrentamento  de antagônicas correntes  políticas  e sociais.. Este fato enseja problemas  perigosos pela frente na  condição de  filhos da mesma   pátria que pensam como se fossem, cada um dos lados,   dois  países.É o que  está  ocorrendo com a Síria,  Venezuela e agora, em grau menor, com a Ucrânia, já que esta  representa a indignação da maior parte da  população.
Estes países assim divididos tendem a seguir dois caminhos: ou podem ser levados  a uma guerra civil, ou  têm que  encontrar  formas  de  entendimento e acordos  para  mudar seus chefes de governo ou  presidentes.
A razão principal que  acarreta tumultos sociais,  na maioria dos casos,  tem suas raiz em países que não  atendem aos anseios e  reivindicações  das sociedades como um todo. Em outras palavras,  países que decidem de cima para  baixo  o que julgam ser  certo para seus  povo, tendem a esquecer que a vontade popular  é o componente sine qua non   a fim de que  um governo   corresponda às aspirações dos indivíduos. Se por acaso  empregassem  a inteligência e  tivessem uma  visão  apurada das necessidades de uma nação, certamente  modificariam sua  posição  unilateral e, ao contrário,  procurariam  ir ao encontro  das  exigências  fundamentais  da nação.
Tomar decisões que afetam as vidas de tantas  pessoas é um risco  para um governo, mesmo  para as denominadas  nações democráticas. A fonte das soluções  está nas mãos  e no modo de vida  de uma sociedade.  Portanto,  um  governante prudente, antes de tudo,  deveria  ouvir  os reclamos  do  povo na rua, porquanto sem  o apoio  popular um  governo  dificilmente se  sustenta no  poder.
Os protestos  mundiais  generalizados contra  líderes  políticos,  inclusive o Brasil,  praticamente se originam de um fato  básico: maus governos,  governantes autoritários ou ditadores  ou  democráticos,  tendem a não  durar muito em seus  cargos com  poucas  exceções hoje em dia, como   Cuba, Síria, China,  Coreia do Norte e outros países. 
No campo das instituições políticas, sente-se que há uma  tendência mundial segundo a qual  somente existe um único  e correto  caminho   que  efetivamente  reduziria  as guerras mundiais, as guerras civis e as desordens sociais no mundo inteiro, e isso  se concretizaria por vias democráticas, eleições,  liberdade de imprensa,  liberdade de expressão e respeito aos direitos humanos. Obviamente, seria ingênuo de nossa  parte se acreditássemos  cegamente que, em países democráticos, estaríamos   a salvo de inúmeros  problemas nas múltiplas  áreas governamentais.  
Dever-se-iam abolir as  diferenças sociais  na democracia? É exequível isso? Seria um sonho  utópico? Estas são  questões  imensamente   complexas que deveriam  constituir um debate  permanente  em países  de alto nível de vida decente e de alto  nível  de uma   sociedade instruída.
Sei que estamos  longe  de equacionarmos  estratégias que poderiam  levar a uma  sociedade moderna melhor com princípios democráticos que  ensejariam profundas  modificações  em várias áreas da vida social: melhor  educação,  transporte, melhores hospitais,  salários mais altos para funções  vitais, tais como  ensino,  prática médica, cientistas,  pesquisadores, pilotos, motoristas de ônibus, maquinistas de trens, condutores de metrôs etc.
Se tais  problemas não forem  atacados de frente e com  uma vontade  política,  nenhum dos  atuais  males sócias ( corrupção política,   violência,  tráfico de droga, altos índices de crimes, delinquência juvenil),  políticos,  econômicos e culturais,  será  reduzido. È hora de nossas autoridades mundiais  voltarem  a atenção  para  todas estas questões que estão  provocando  derramamento de sangue pelo mundo afora.
Por conseguinte,  todos os  países  acima citados deveriam  ter  em mente esta verdade simples: caso eles desejem  ter um país  livre de todos  os   incômodos -  haja a vista  as manifestações  maciças em praças públicas -, com  toda a  população  exigindo uma vida melhor com liberdade de expressão,  deveriam desistir  de sua  atual  forma de governo e tratar o povo com o devido   respeito, permitindo estes inalienáveis direitos: viver em paz e livre da pobreza, tráfico de drogas,  extrema violência,  tortura, carência de necessidades  essenciais, com tempo  para o lazer e  oportunidade de  desenvolver seu  nível  cultural, salários compatíveis  com a competência e habilidade de cada um. Encareço estas afirmações  aos governantes: seguir o caminho  conducente à desordem e confrontação  entre  forças  policiais e  manifestantes, ou  ainda pior,  banho de sangue, ou um paz mundial duradoura  há tanto tempo ansiada  
Lembrem-se, líderes mundiais, quantas mortes  inocentes teriam  sido  evitadas se os gritos  dos povos tivessem  sido ouvidos  e tomados em consideração  por todos os senhores.

Finalmente,  lembrem-se das palavras de Charles Chaplin (1889-19770 e de seu alcance universal: “Máquinas não sois,  sois  homens!”

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