[There is a Portuguese translation of this article after the English text]
By
Cunha e Silva Filho
Bashar al Assad’s government evil actions
against the Syrians has
gone too far, as it is not
possible to foresee what else is underway regarding
successive massacres brought
about by air bombardments reported almost daily on TV channels and other media all the world over.
These kinds of misdeeds have, as far as I can understand, tended to become
second-nature to the daily life of
Syria ’s
people. Furthermore, what is astounding
is the fact that one has not seen
any concrete attitude
taken on the part
of the UN. What on earth is happening
to the minds of this
international organism entitled
to take strict measures against all the
slaughter committed by a dictator
who does not care a bit
for what the world community may think of his crimes?
Lately it
has been reported in the media that at
least hundred of people have been killed or seriously injured (ghastly scenes with children and adults with their bodies
burned or lacerated) by chemical weapons – a kind of
weapons the use of which is
not approved even during war
time. It is up to the UN to quickly
check whether these
coward and insane attacks have actually been carried out. This absurd of
savagery cannot be endured
by the world community any
longer. Something must be done before
these actions turn into
genocides crimes that ought to
be strongly repelled
by our civilization. Indeed, it
is a crime against mankind inasmuch as we all share the
same feelings of outrage
before these terryfying deeds.
For some time now I have been writing
repeated articles
strongly criticizing Syrian government for its real terrorist
attitudes towards its people besides having played
continuous havoc on its cities,
here including buildings,
residences, parks, imposing architectural constructions and all that a city is made of, i.e., its whole
infrastructure. All the main cities
of Syria have suffered continuous devastation. But what about their people,
their children, their elders? Will they go on migrating
to Turkey and other neighboring
countries? What will happen to
the fate of the already massive emmigration? Who will be held responsible for
all the massacres practiced so far in Syria ?
It is up to the UN to
try to solve this unbearable situation. Consequently, its Security
Council should do the
utmost to take firm
and pressing steps against
this carnage as otherwise it will bring discredit on
that international organism. No use sending
commissions to watch over what
is happening there,
since the massacres are well
known by
international press and
other media. To confirm
all that is too obvious and a waste of
time. Everything the world
community needs is concrete and
effective measures against the dictator that might lead to his final fall of
power in Syria
-- event that goodwill men expect to
come true as early as possible.
However, there is one
unfavorable factor that one
should point out in the conflict: the country is
split into two major sides,
one is on behalf of the dictator. Of course this
group is formed by the military
forces and the political entourage of the dictator. In
other words, the partisans that belong
to the privileged people who are still
leading a life style modeled on
the privileges and lavishing
life conditions. The other group
is made up of the so-called opposition
or rebellious of the regime a long time installed in power.
So many people have been killed in Syria
over two years of a civilian
war that it is high time the dictator
should be summoned by the competent international organisms to account for all the crimes
he is being blamed for so far, especially now owing to the
supposed Bashar al Assad’s responsibility for allowing
his army to make use of chemical
weapons against the opposition.
At least two major
countries, The United States and
France have declared their
disapproval of the misdeeds
committed by the dictator.
Russia, which is regarded as an ally to Syria, ought to
change its position, mainly because if it
does not react to the
atrocities ordered by the ruler of
Syria, it might be
understood as a country
that is giving support, at
least politically, to the actions
of the dictator.
This position of a country
of the importance of Russia is
no good for its international
political and economical
relations with the rest of
the world. Of course, one knows that the United States, for example,
albeit being an example of
democracy, has also been involved,
in some cases and in different times, with
a bad use of its foreign policy.
However, one cannot
deny the fact that both The United States and Russia have played important roles towards world peace, being
a good example their
contribution to the Second World War. Rigorously, no country is
thus totally innocent and blameless along the History
of mankind. Nevertheless, when
facing present violence
in some parts of the world, as is
the example of Syria, one cannot accept
human killings of innocents and helpless ones. It is a
healthy attitude to express solidarity with those who are
thwarted in exerting their dignity,
citizenship and freedom.
I trust that the mentioned world powers
should in-depth rethink
their home interests, economically or ideologically
considered, and help those who are dying in Syria now before our distraught eyes watching the awesome view of the Syrian tragedy.
A Síria, um país esquecido pela ONU
Cunha
e Silva Filho
As ações
maléficas do governo de Bashr al Assad contra os sírios foram longe demais, já
que não é possível prever o que ainda se tem pela frente no que
diz respeito aos sucessivos massacres causados por bombardeios aéreos
quase diariamente mostrados pelos canais
de TV e outros meios de comunicação no mundo inteiro.
Estas formas de atos
perversos tendem , até onde posso
entender, a se transformar
numa espécie de segunda natureza no cotidiano
do povo sírio. Além disso, o que é espantoso é o fato de que não se tem
tomado nenhuma atitude
concreta por parte da ONU. O que diabo
está acontecendo com os ânimos
deste organismo internacional com
poderes para tomar providências rigorosas contra toda a carnificina praticada por um ditador que nem está aí para
o que a comunidade mundial possa
pensar sobre seus crimes?
Recentemente a mídia tem
informado que, pelo menos, centenas
de pessoas foram mortas
ou seriamente feridas (cenas
assustadoras com crianças e adultos
com seus corpos queimados ou lacerados)
por supostas armas
químicas – um tipo de arma
cujo emprego não é permitida mesmo durante épocas de guerra.. Por
conseguinte, compete à ONU de
imediato examinar se estes ataques
covardes e insanos
realmente ocorreram. Este absurdo
de selvageria não pode
mais ser tolerada pela comunidade mundial. Alguma coisa tem que ser feita antes que
tais ações virem crimes
de genocídio, os quais devem
ser duramente rechaçados
pela nossa civilização. Na
realidade, isso vem a ser uma crime contra a humanidade visto que todos
nós compartilhamos dos mesmos
sentimentos de ultraje diante de atos
amedrontadores.
Há algum tempo venho escrevendo
artigos criticando asperamente
o governo sírio em virtude
de suas atitudes
de natureza terrorista para com seu
povo, além de constantemente provocar
devastações nas suas cidades,
aqui incluindo edifícios, residências, parques, imponentes construções arquitetônicas e tudo que constitui a estrutura de uma cidade, i.e., toda a sua infra-estrutura.. Todas as
principais cidades da Síria têm sofrido
contínua destruição.
Contudo, o que dizer de seu povo,
de suas crianças, dos velhos? Continuarão migrando para a Turquia e outros países vizinhos? Quem se responsabilizará por todos os massacres perpetrados até agora na Síria?
Compete à ONU procurar
solucionar esta situação insustentável. Em consequência, seu Conselho de Segurança deveria envidar todo o seus esforço a fim de
tomar providências firmes
e urgentes contra a carnificina,
pois do contrário este cairá no descrédito. Não adianta que
comissões de observadores vejam o que
está acontecendo lá, de vez que
os massacres são do conhecimento
da imprensa internacional e de outros
meios de comunicação. Para constatar
isso tudo não passa de uma obviedade e perda de tempo. Tudo que a
comunidade mundial exige da ONU
são medidas concretas e efetivas
contra o ditador que possam levá-lo à derrocada de seu poder
na Síria - acontecimento esse que os homens de boa vontade esperam logo ver materializado
Entretanto, existe uma fator desfavorável que se devia assinalar no conflito: o país está rachado em
duas grandes partes, uma que está ao lado do ditador. Naturalmente este grupo
constitui sua força militar e a
entourage política do autocrata. Em outras palavras, os partidários que pertencem aos privilegiados que ainda levam
uma vida moldada por
prerrogativas e condições de vida luxuosa. O outro grupo constitui a chamada oposição ou rebeldes contrários a um regime há longo tempo implantado no poder.
Tantas pessoas foram
assassinadas na Síria
durante dois anos de guerra civil
que já é hora de os organismos competentes internacionais convocarem
o ditador a fim de dar
explicações para os crimes
que lhe são atribuídos até hoje,
sobretudo agora diante
da suposta responsabilidade de Bashar al Assad de
ter permitido que seu exército
empregasse armas químicas contra a oposição.
Pelo menos dois grandes países, os
Estados Unidos e a França declararam seu
repúdio aos desmandos feitos pelo ditador. A Rússia, que é tida como
um aliado da Síria, deveria
modificar sua posição, mormente
porque se não reagir
às atrocidades comandadas pelo
governante da Síria, poderá ser
interpretada como uma país
que esteja dando apoio político
às ações do ditador. Tal posição de um
país da importância da Rússia não é
conveniente para a suas relações
políticas e econômicas no âmbito
internacional. Decerto sabe-se que os Estados Unidos, por exemplo,
embora sendo uma nação democrática, também já se envolveram, em alguns casos e em
épocas diferentes, com
práticas reprováveis em sua política
externa.
Todavia, não se pode negar a circunstância de que tanto os Estados
Unidos quanto a Rússia já desempenharam
papéis relevantes relativos
à paz mundial, sendo um bom
exemplo a contribuição de ambos na Segunda Guerra Mundial. A rigor, nenhum país
é assim inteiramente ingênuo e livre de culpas ao longo da
História da humanidade. Contudo, ao depararmos com a violência em algumas
partes do mundo, como é o exemplo da
Síria, não se poderá aceitar matanças de inocentes e desamparados. Seria uma atitude saudável
expressar solidariedade a quem é impedido de exercitar
sua dignidade, cidadania e liberdade.
Confio em que as potências
citadas hão de repensar
em profundidade seus interesses
internos e externos, econômica e ideologicamente considerados, e
ajudar aqueles que estão morrendo na
Síria atualmente diante dos nossos olhos
conturbados pela visão do pavor da tragédia síria.
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