Because I
Could Not Stop for Death
Because I
could not stop for Death—
He kindly
stopped for me—
The
Carriage held but just Ourselves—
And
Immortality.
We slowly drove—He
knew no haste
And I
had put away
My labor
and my leisure too,
For His
Civility—
We passed
the School, where Children strove
At Recess—in the Ring—
We passed
the Fields of Grazing Grain—
We passed
the Setting Sun—
Or
rather—He passed Us—
The Dews
drew quivering and chill—
For only
Gossamer, my Gown—
My
Tippet—only Tulle—
We passed
before a House that seemed
A Swelling
of the Ground—
The Roof
was scarcely visible
The
Cornice—in the Ground—
Since
then—‘tis Centuries—and yet
Feels
shorter than the Day
I first
surmised the Horses’ Heads
Were
towards Eternity—
Porque não poderia temer a Morte
A morte temer não poderia
Já que amavelmente à minha
espera estava.
Na Carruagem lugar havia só pra Nós duas
Mais a Imortalidade.
Vagarosamente, andamos. Ela, sem
pressa.
Para trás igualmente, intactos, deixei
Trabalho e diversão
Só para a Gentileza
atender.
Pela Escola passamos, na qual Crianças competiam
No Recreio – no Pátio
Campos e Pastagens de
Cereais atravessamos.
O Poente
passamos.
Ou melhor: Ele por Nós passou.
Trêmulos e friorentos
surgiram os orvalhos.
Só um Leve Vestido
trajava
Com uma Echarpe de Tule.
Estacamos diante de
uma Casa que semelhava
Um Inchaço do Chão.
Mal lhe víamos o Telhado.
No Chão, uma Cornija
Dali em diante – durante séculos, contudo,
Mais curto que o Dia
tudo parecia.
Desconfiei logo de que as Cabeças dos Cavalos
A caminho estavam da
Eternidade.
(Trad. de Cunha e Silva Filho)
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ResponderExcluirInfelizmente, meu caro Renan, eu não posso concordar com V. que, ao contrário, da minha interpretação, tresleu o poema.
ResponderExcluirOra, a situação do "eu-lírico em diálogo com a Morte não é a de "esperar" a Morte. Muito ao contrário, é a de não "temer" a Morte, não "rejeitá-la. Por conseguinte, é o contrário do que V. supôs.
A voz lírico (o poeta, ) lembra até, mutatis mutandis, aquela cena caseira de um poema de Bandeira, em que o poeta se encontra e, se por acaso a morte o viesse arrebatar, tudo estaria nos seus devidos lugares: a mesa posta etc etc. É o que se dá com o poema em tela.
Lembro-lhe que o meu convívio com a língua inglesa não é de desprezar. São em torno de 50 anos. Isso é mais do que tempo para me sentir bem à vontade de não cair na desleitura em que V., apressadamente se meteu.
Por que não me apresenta um tradução que seja melhor do que a minha feita por V. mesmo, de vez que se arvora em analista de poesia em língua inglesa?
Enfim, não poderia acolher a sua sugestão que, de algum modo, me serviu para fazer uma ligeira alteração no título, ao empregar, com maior eficácia, o verbo "temer".
Cunha e Silva Filho
Gostaria de ser mais capaz de entender os poemas de Emily Dickinson no idioma original. Creio entender bem inglês, mas ainda está aquém do vocabulário dos poemas, e do próprio enigma que são.
ResponderExcluirAprecio muito que tenha publicado uma tradução para os que gostamos da poetisa! Um forte abraço!
Obrigado, caro Eric Alcalai. Um abraço.
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