segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Um poema de Thomas Hardy ( 1840-1928)







The Oxen





Christmas Eve, and twelve of the clock,

“Now they are all on their knees,”

An elder said as we sat in a flock

By the embers in hearthside ease.



We picture the meek mild creatures where

They dwelt in their strawy pen,

Nor did it occur to one of us there

To doubt they were kneeling then.



So fair a fancy would weave

In these years! Yet, I feel,

If someone said on Christmas Eve,

“Come; see the oxen kneel



“in the lonely barton by yonder coomb

Our childhood used to know,”

Hoping it might be so.





Os Bois





Meia noite. Véspera de Natal.

“Ajoelhados estão todos,”

Dissera um ancião enquanto sentados estávamos

Ao pé das cinzas na paz de uma lareira.



Meigas e maviosas criaturas vislumbrávamos

Tendo por morada um redil de palha.

Tampouco a nenhum de nós sucedeu

Duvidar de que ali ajoelhados estavam.



Poucos um tão belo quadro imaginariam fantasiar

Naqueles tempos! Não eu, todavia.

Se por acaso uma pessoa falasse à Véspera de Natal

“Venham ver os bois ajoelhados



Ali, no vale, naquele solitário pátio da fazenda

Tão familiar aos dias de nossa infância,”

Certo que com ela iria pela escuridão

Na esperança de um milagre acontecer.



(Trad. de Cunha e Silva Filho)

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