sexta-feira, 25 de junho de 2010

Henry Wadsworth Longfellow

A Psalm of Life


Tell me not, in mournful numbers,,
Life is but an empty dream!
For the soul is dead that slumbers,
And things are not what they seem.

Life is real! Life is earnest!
And the grave is not its goal;
“Dust thou art, to dust returnest,”
Was not spoken of the soul.

Not enjoyment and not sorrow,
Is our destined end or way
But to act that each to-morrow
Find us further than to-day.

Art is long, and Time is fleeting,
And o our hearts, though stout and brave,
Still, like muffled drums, are beating
Funeral marches to the grave.

In the world’s broad field of battle,
In the bivouac of life,
Ben ot like dumb, driven cattle!
Be a hero in the strife!

Trust no future, howe’er pleasant
Let the dead Past bury its dead!
Act – act in the living Present!
Heart within, and God o’erhead!


Lives of great men all remind us
We can make our lives sublime;
And, departing, leave behind us
Footprints on the sands of time –

Footprints that perhaps another,
Sailing o’er life’s solemn main,
A forlorn and shipwrecked brother,
Seeing, shall take heart again.

Let us then be up and doing!
With a heart for any fate;
Still achieving, still pursuing,
Learn to labour and to wait.



Um Salmo à Vida

Não me faleis, em enlutados versos,
Que um sonho vazio seja a vida!
Pois morta é a alma que adormece
E as aparências enganosas são.

Genuína, a vida! Vida, coisa séria!
O fim último o túmulo não é;
“Sois pó e ao pó retornais”,
Assertiva não condizente à alma.

Nem só de alegrias ou de tristezas
Se traçam nossos destinos
Mas de atos cumpridos a fim de que cada amanhã
Um passo melhor do que hoje seja.

Longa é a tarefa e fugaz é o Tempo,
Nosso corações, posto fortes e valentes,
Como tambores surdos ainda tocam
Marchas fúnebres a caminho do túmulo.

Que no amplo campo de batalhas do mundo
No bivaque da vida,
Não sejais gado inerte e submisso!
Um herói sede na luta!

Ainda que promissor, no Futuro não confieis!
Deixai que o Passado morto os que se foram sepulte!
Agi – no Presente em vida, agi!
Com o coração aberto e com Deus no Alto!

Recordar nos fazem todos os grandes homens
Que podemos tornar sublimes nossas vidas;
E, na despedida, deixar devemos
Nas areias do tempo nossas marcas –

Marcas que, quiçá, um outro ser,
Da vida velejando sobre o mar solene,
Um irmão, náufrago à deriva,
Avistando-as, a esperança há de reaver.

Em alerta e em ação permaneçamos sempre.
Com o coração a qualquer situação pronto
Alcançar procurando, perseguindo sempre,
A lutar e a esperar aprendei..

(Tradução de Cunha e Silva Filho)

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