Cunha e Silva Filho
Só não viu quem
não quis. A rainha está nua e todos os palacianos hoje, nos palanques presidenciais, fingem que não a estão vendo assim e, apesar disso, estavam presentes ao pior desfile da história
brasileira comemorativo da data de nossa Independência. Com medo das manifestações que seriam
certas com pixulecos e palavras
de ordem, os cidadãos em Brasília foram segregados do mais importante
feriado civil do país. Montaram,
em tempo recorde, um Muro contra a
democracia, contra a liberdade de ir e vir de manifestação de uma
sociedade que não mais suporta a arrogância de políticos e governantes que pensam serem donos
da Nação e não passam de
manipuladores de certas camadas do povo
ainda vivendo na escuridão da ignorância e dos
ínfimos benefícios sociais
concedidos pelo sistema populista
do atual governo federal.
É inacreditável que um
pais da grandeza do Brasil
ainda seja comandado por um grupo de corruptos que se instalou no Planalto e dele não quer se arredar. Nem
sempre a vitória das urnas significa a dignidade de um cargo. Collor foi
um exemplo disso e por isso não se manteve no
poder.
Não adianta
que a presidente tenha feito um
pronunciamento num tom de
conciliação, de desejar
mudanças e de procurar apaziguar o povo acenando-lhe com um
futuro melhor. Por uma simples razão: perdeu a credibilidade, o bom senso,
o respeito da sociedade civil. Reconhecer os seus erros não é suficiente ante os descalabros que têm sido cometidos no seio
de seu próprio partido, acumulado de denúncias que
poderão levar o seu
governo à falência total.
Isolar
o povo do direito de participar democraticamente do desfile é um sinal
inequívoco de que o governo federal pretende se isolar
da nação, o que não é bom para ninguém e muito menos para o
conjunto dos seus membros.
Democracia é abertura, livre
passagem, via aberta à sociedade civil. Fechar as portas ao povo é sinal
de autoritarismo e manifestação
oficial de que um governo não
quer mais dar ouvidos
à população.
As redes sociais, os sites, os blogs estão praticamente
unidos contra a forma de governar da presidente
Dilma. Falam de incompetência para o cargo, falam
de cumplicidade com os
descalabros que são a corrupção,
a propina, o desvio do dinheiro público
para fins eleitoreiros ou de
malversação de políticos e de
membros do atual governo
petista.
O respeito às urnas deve
ser um dever cívico, mas, ao se notar que o governante eleito
não se pautou dignamente no comando
de sua elevada função, a vitória
nas eleições deixa de ser
legítima.
O que
tenho lido, o que tenho visto, o que tenho ouvido sinalizam um
desejo profundo de grande parte do povo que não
mais considera a presidente da
República digna de ocupar o mais relevante cargo
da Nação.
O
Chefe da Casa Civil, um economista, chegou a afirmar há pouco que
o atual desmantelo da
economia brasileira se deve à conjuntura econômica
mundial. Falácia. Até para quem não conhece o economês, todos sabemos que a raiz da crise está
nos rumos desvirtuados na
condução da nossa
economia e tem vários culpados,
um dos quais são os rombos dos
cofres públicos através das
propinas canalizadas dos lucros da
Petrobrás para os bolsos de empresários e de partidos
políticos, à frente dos
quais está o PT.
Outra razão da economia em recessão
se deve ao gigantismo dos
gastos governamentais dos trinta e tantos
ministérios servindo a
apaniguados de partidos aliados ao
governo federal.Outro razão ainda
se localiza nas múltiplas mordomias propiciadas
a deputados, senadores e à própria
presidência da República. Finalmente, pode-se arrolar os astronômicos gastos da campanha eleitoral sugando os cofres públicos
nos níveis municipal,
estadual e federal. Veja-se o exemplo do
governo do Rio Grande do Sul,
cujo antecessor, um político
do PT, deixou o estado
em frangalhos nas finanças, a
ponto de o governo não poder
pagar nem o seu
funcionalismo civil e militar.
Por que a atual presidente e os demais governantes
do país não começam a dar
o bom exemplo, seguindo alguns governantes atuais da Espanha, eliminando os gastos
indevidos e perdulários com suntuosidades, viagens milionárias e salários elevados? Por que a presidente Dilma não faz um governo
administrado com moderação financeira, cortando até seus
próprios altos salários e privilégios régios, cancelando obras desnecessárias que sugam milhões de
reais do Tesouro Nacional? Vejam-se os gastos
feitos com a Copa do Mundo e com
as Olimpíadas de 2016 e outras obras perfeitamente
inúteis quando tantos outros setores demandam
melhorias urgentes? E os superfaturamentos tão
arraigados a obras faraônicas que
só servem para locupletar empreiteiras e governantes corruptos.?
Não sei se a presidente Dilma ainda terá tempo para moralizar as condições de sua
administração. Creio que já perdeu
as rédeas de seu governo e o povo brasileiro esclarecido e atento aos “malfeitos”
não lhe dará trégua em
críticas cada vez mais contundentes,
dela exigindo soluções urgentes
e mudanças de direção
de gerenciamento que se
volte com clareza para os
magnos problemas que o pais
está vivendo nos setores da
saúde, da economia (recessão, desemprego,
altos juros, salários achatados etc), da educação, da segurança..
O povo
brasileiro não mais suportará um governo
que lhe dê as costas para a
solução desse entraves, sem
se falar na situação
de desmoralização da imagem
da presidente e da classe política nacional.
Publicidades enganosas pagas regiamente a marqueteiros às custas do dinheiro
público já não mais iludem o eleitorado. Não adianta que conhecidos
políticos do PMDB e de outros partidos
venham falar de “verdade”
nas TVs que essas mentiras deslavadas não mais
enganam o brasileiro esclarecido
e, além do mais, indignado diante de uma terra arrasada por políticos
e governantes inoperantes.
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