Cunha e Silva Filho
Salve,
Sebastião, hoje no seu dia, que e feriado na Cidade Maravilhosa de São Sebastião. Salvai o Rio de Janeiro!
Salve! Protegei a nossa cidade tão necessitada
de vossa ajuda, de vosso cuidado,
de vossa força. São Sebastião, não só salvai a cidade, os cariocas mas também a
todos os que por por essa cidade
passem como visitantes, turistas, nacionais ou
estrangeiros.
Salvai o Estado do Rio de Janeiro, os fluminenses, os
emigrantes, os imigrantes, os
refugiados, os que aqui se estabeleceram e ficaram para sempre. Salve São Sebastião! Salvai todos os que têm o Rio de Janeiro no coração!
Ó Sebastião, tende piedade de nós que atravessamos crises diversas em quase todos os setores do governo estadual principalmente. Ó
São Sebastião, livrai a nossa
cidade dos malfeitores, dos maus
políticos, dos que querem afundar o Rio de Janeiro por
causa de sua ganância, de sua
falta de dignidade e respeito à
população. Salve São Sebastião!
Ó São Sebastião,
não permitais que os oportunistas, os demagogos, os
parasitas do Estado do Rio de
Janeiro conspurquem o bom
nome sua capital ainda desfruta
junto à comunidade mundial Salve
São Sebastião!
Ó São Sebastião, afastai todas as mazelas
morais, políticas, financeiras que só têm
infernizado os habitantes
dessa excelsa cidade e deste Estado amado”
Sei, São Sebastião, que hoje, no seu dia tão esperado e digno de tantas
honrarias, haveis de olhar pelo
aflições por que passamos todos os que convivemos
sob a sua proteção e as suas energias.
Não só olheis para o Rio da Zona Sul, a área da Barra da Tijuca, do Recreio dos Bandeirantes mais bem cuidados
e servidos, mais cantado em prosa e verso por seus cronistas, poetas e letristas. Olhai também e com o mesmo desvelo para a Zona Norte, para os subúrbios ( muitas vezes esquecidos),
para as periferias, para as
comunidades sofridas e humilhadas. Olhai
pela nossa saúde, nossa
moradia, nosso transporte,
nossa educação, nosso lazer,
Livrai de nós os violentos, os criminosos, os homens maus. Desterrai para bem longe os traficantes, curai os drogados, olhai
pelas nossa crianças, sobretudo pelas
mais carentes.
Não
permitais que os malfeitores nos espreitem e nos matem nas ruas,
nos parques, nas praças, nos
restaurantes, nas lojas, nos shoppings, nos locais
mais humildes.
Devolvei
à nossa cidade e ao nosso
Estado a paz, a tranquilidade, a alegria
antiga dos cariocas s e dos
fluminenses.
Olhai também para
os defeitos que o
Rio apresenta: lixos
derramados pelas exalados por
excrementos de cachorros e dos
humanos desalmados, o mau-cheiro de
alguns lugares, os esgotos
e ralos entupidos, calçadas maltratadas,
os prédios pichados, os monumentos, estátuas, hermas, vítimas
de vândalos, tal como já fizeram
com as estátuas do poeta Carlos Drummond de Andrade, com a do compositor Noel
Rosa e de outros nomes ilustres .
São
Sebastião, bem que podeis dar uma mãozinha
em todos esses defeitos
que o Rio de Janeiro ainda mantém. No tempo de Machado de Assis, ele já dizia: “Os cariocas somos pouco dados
ao jardins públicos.” Ainda vale essa crítica
do fino escritor carioca, visto
que praças existem que nos envergonham pelo
pouco zelo com que o povo e o próprio governo
municipal as tratam.
Salve São Sebastião! Salvai-nos das agruras
do Rio de Janeiro, livrai-nos de
todos os males da terra e do espírito. Dai-nos governantes responsáveis, competentes, amigos
da cidade e do seu Estado, homens íntegros,
probos que possam gerenciar
nossa cidade e nosso Estado em benefício
da população. Livra o Rio de Janeiro, a cidade e o Estado
dos seus inimigos.
Tende piedade de nossa cidade e do nosso
Estado. Queremos que o Rio de Janeiro “continue lindo de braços
abertos (como na belíssima escultura de Cristo situada no Corcovado) para
todos os que aqui nos venham
visitar, conhecer nossas
maravilhas, nosso s encantos, nosso charme,
nosso charme, nossos
lugares paradisíacos, nosso espírito brincalhão,
galhofeiro, nosso um tanto abalado
bom humor, nossas gírias,
nosso “s” medial ou final
chiado que encanta e até é imitado por
nordestinos ao voltarem para a terra
natal e se passarem por cariocas.
Salve São Sebastião! Defendei seus devotos e não devotos, i.e., todos os que
sonham com um Rio de Janeiro dos
idos tempos melhores e mais serenos!
Enfim, para concluir esta crônica
me valho para estancar o desespero da
cidade e do Estado do Rio de Janeiro, neste dia do padroeiro, a estrofe
inicial do poema “Rio
de Janeiro, extraído da obra Estrela da
tarde (1960) de Manuel Bandeira,
outro artista apaixonado pelo Rio de Janeiro: Louvo o Padre, louvo o Filho/E
louvo o Espírito Santo./Louvado Deus, louvo o santo/De quem este Rio é filho./Louvo
o santo padroeiro/___Bravo São Sebastião__/
Que num dia de janeiro/Lhe deu santa defensão.
Salve, São Sebastião! O Rio de Janeiro salvai! Meu São Sebastião, tende misericórdia dos males que afligem tanto
o Rio de Janeiro, cidade e Estado
que não merecem todas as aperturas financeiras vividas agora pelos
funcionários estaduais vítimas dos
desatinos e da rapinagem dos, pelo menos, últimos governantes.
Ó São Sebastião, por favor, não esqueçais
de nós, habitantes
castigados pelos que decerto não
amam esta cidade “de encantos mil”. Salve, Salve, nosso padroeiro! Salvai-nos!
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