sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

SÃO SEBASTIÃO: PADROEIRO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO






                                                    Cunha  e Silva Filho



         Salve,  Sebastião, hoje no seu dia, que e feriado na Cidade Maravilhosa  de São Sebastião. Salvai o Rio de Janeiro! Salve! Protegei a nossa cidade tão necessitada   de vossa ajuda,  de vosso  cuidado,  de vossa força. São Sebastião, não só salvai a cidade, os cariocas mas também  a  todos os  que por  por essa cidade passem como visitantes, turistas,  nacionais ou estrangeiros.
        Salvai o Estado  do Rio de Janeiro, os fluminenses, os emigrantes, os  imigrantes, os refugiados,  os que aqui  se estabeleceram  e ficaram para sempre. Salve São Sebastião!  Salvai todos os que têm o  Rio de Janeiro no coração!
        Ó Sebastião,  tende piedade de nós  que atravessamos  crises  diversas  em quase todos os  setores do governo estadual principalmente. Ó São Sebastião,  livrai a nossa cidade  dos malfeitores,  dos maus  políticos,  dos que  querem afundar  o Rio de Janeiro  por  causa de sua ganância,  de sua falta  de dignidade e respeito  à  população. Salve São Sebastião!
        Ó  São Sebastião,  não permitais que  os  oportunistas, os demagogos,  os  parasitas  do Estado do Rio de Janeiro   conspurquem  o bom  nome  sua capital ainda  desfruta  junto à comunidade   mundial Salve São Sebastião!
       Ó São Sebastião, afastai  todas  as mazelas  morais, políticas,   financeiras  que só têm  infernizado os habitantes  dessa  excelsa  cidade e deste Estado  amado” 
      Sei, São Sebastião, que hoje, no seu  dia tão esperado e digno de tantas honrarias,   haveis de olhar  pelo  aflições  por que  passamos todos os que  convivemos   sob a sua   proteção   e as suas energias.
      Não só olheis para o Rio da Zona Sul,  a área da Barra da Tijuca,  do Recreio dos Bandeirantes mais bem cuidados e servidos, mais   cantado  em prosa e verso  por seus cronistas, poetas  e letristas. Olhai também  e com o mesmo desvelo  para a Zona Norte,  para os subúrbios ( muitas vezes  esquecidos),  para as periferias,  para as comunidades  sofridas e humilhadas.  Olhai  pela nossa  saúde, nossa moradia,   nosso   transporte,  nossa educação,  nosso  lazer,  Livrai de nós  os  violentos,   os criminosos,  os homens maus.  Desterrai para bem longe  os traficantes, curai os drogados,  olhai  pelas nossa  crianças, sobretudo pelas mais  carentes.
      Não permitais que  os malfeitores  nos espreitem e nos matem   nas ruas,  nos parques, nas  praças,  nos  restaurantes, nas lojas,  nos shoppings,  nos locais  mais humildes.  
      Devolvei  à nossa  cidade e ao nosso Estado   a paz,  a tranquilidade,  a alegria  antiga dos cariocas s e  dos fluminenses.
    Olhai também  para   os  defeitos que  o  Rio  apresenta:  lixos  derramados  pelas exalados   por  excrementos  de cachorros e dos humanos  desalmados, o mau-cheiro de alguns  lugares,    os esgotos   e ralos entupidos, calçadas  maltratadas,   os prédios  pichados,   os monumentos, estátuas,  hermas,   vítimas  de vândalos, tal como já fizeram  com  as estátuas  do poeta Carlos Drummond de Andrade,  com a do compositor   Noel Rosa e de outros  nomes ilustres .    
     São Sebastião, bem que podeis  dar uma  mãozinha  em todos  esses  defeitos  que o  Rio de Janeiro ainda  mantém. No tempo de Machado de Assis,  ele já dizia: “Os cariocas somos pouco dados ao jardins  públicos.” Ainda vale  essa crítica  do fino  escritor carioca, visto que praças existem  que  nos envergonham   pelo   pouco zelo   com que  o povo e o próprio  governo  municipal  as tratam.
     Salve São Sebastião! Salvai-nos das  agruras  do Rio de Janeiro,  livrai-nos de todos   os males  da terra e do espírito.  Dai-nos governantes   responsáveis, competentes,  amigos   da cidade e do seu Estado,  homens  íntegros, probos  que possam   gerenciar   nossa cidade e nosso  Estado  em benefício  da população.   Livra o Rio de Janeiro, a cidade e o  Estado  dos  seus inimigos.   
     Tende piedade de nossa cidade e do nosso Estado.  Queremos que o  Rio de Janeiro “continue lindo de braços abertos (como na  belíssima  escultura   de Cristo situada no Corcovado) para todos  os que aqui  nos venham  visitar,  conhecer nossas maravilhas,  nosso s encantos,  nosso charme,  nosso charme,   nossos lugares  paradisíacos,  nosso espírito  brincalhão,  galhofeiro,  nosso um tanto  abalado  bom humor, nossas  gírias, nosso  “s”  medial  ou final  chiado  que encanta  e até é imitado  por  nordestinos  ao voltarem  para a terra   natal e se  passarem  por cariocas.
     Salve São Sebastião! Defendei seus  devotos e não devotos, i.e.,  todos  os  que  sonham com um Rio de Janeiro   dos idos  tempos  melhores e mais  serenos!
     Enfim, para concluir esta crônica me valho para estancar  o desespero da cidade e do Estado do Rio de Janeiro, neste dia do padroeiro,  a estrofe  inicial  do  poema  “Rio de Janeiro, extraído da obra Estrela da tarde (1960) de Manuel Bandeira,  outro artista  apaixonado  pelo Rio de Janeiro: Louvo o Padre,  louvo o Filho/E louvo o Espírito Santo./Louvado Deus, louvo o santo/De quem este Rio é filho./Louvo o santo padroeiro/___Bravo São Sebastião__/
Que num dia de janeiro/Lhe deu santa defensão.
     Salve, São Sebastião! O Rio de Janeiro  salvai! Meu São Sebastião,   tende misericórdia dos males que  afligem tanto  o Rio de Janeiro,  cidade e Estado que não merecem  todas  as aperturas financeiras vividas agora pelos funcionários  estaduais  vítimas dos  desatinos e da rapinagem     dos, pelo menos,  últimos   governantes.  Ó São Sebastião,  por favor,  não esqueçais  de nós,  habitantes castigados  pelos que  decerto não  amam  esta cidade “de encantos mil”.  Salve, Salve, nosso  padroeiro! Salvai-nos!

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