sexta-feira, 4 de outubro de 2013

BRAZIL'S OVERVIEW CORNER: Would you believe it, readers? Educators in Rio were hurt by policemen


[ There is a Portuguese  translation of this article following the  text]





                                               By Cunha e Silva Filho



              A few days ago   municipal  high schools teachers  on strike  for better salaries   and working conditions  were  treated  with bold  violence as though they  were outlaws hunted by  the  police  downtown Rio de Janeiro.
             No wonder,   Rio de Janeiro State has the most authoritarian   government   carioca people have ever   had in  all   its history.
             The current  mayor of Rio de Janeiro, Eduardo Paiva,  as well as the  aldermen, were also  the  principal   responsible  for the   clash    between  teachers and the  military  forces; the former  because  he did not  do anything  to  stop  the uneven fight, the  latter because  the order  to call  the  police probably came  from  the president  of the   Municipal Chamber.
For over  a month  now  municipal  and state  teachers (junior high school and senior  high  school)  have gone on  strike claiming  for a level  of salary  that might be  fair and not as  it is  nowadays, in  such a way that teachers  cannot make  both  end  meet  being  so much  underpaid. Moreover,  this is not  the worst  of the  issue, teachers  have to face other  difficulties in the field of teaching such as violence in the classrooms and outside of them,  criminality  in the  surrounding   areas  of  schools, disrespect for teachers who are called  names by unruly students,  not to  mention  teachers  who are addressed  by students with swear words inside  the classroom.
 On the other hand,   society  itself  has  seen   teachers as unimportant people, sometimes   as a laughing matter in terms of  a career, a career quite often  being a good   theme for humoristic  TV programs
 Of course,  teachers low salaries  became a chronic   issue   that goes back to  long  past years  in the history of  public teaching in  Rio de Janeiro and other  cities  of  Brazil.
Countless strikes   have already  become   part  of  the  history  of  public  Brazilian  schools. Most  of the students of  these schools  come from  lower class or very  poor class. The middle class has the possibility of  putting their  children  in  private  schools and the rich  students  go  to   higly-ranked schools which charge  sky-high  monthly fees  unaffordable for the average Brazilian student.
However,  returning to  the main  subject  of this  article,  the  mentioned clash had its start  when  teachers  invaded  Rio de Janeiro Municipal  Chamber. They remained there for a couple of  days in the main  part  of the building, the Plenary  Hall. Outside of the  public  building,   some  tents were pitched by   a small group of teachers who lodged  there  to watch  the  unfolding  of   the pending situation, i.e,, the  voting  date for  the aldermen to approve  the mayor’s  salary  increase proposal for  municipal  teachers.
 The fact remains that  the proposed   salary increase  under question  was not  the one  that was  proposed by  the  Teachers’ Union representatives, but what  prevailed was the  mayor’s proposal and this fact  brought about  teachers’ indignation  and ultimately  the  clash with  the  military  forces. As you can see, the voting  of the  salary increase was decided  one-sidedly  and the aldermen  of the  opposition  formed  a minority and as a result the  left  the  Planary  Hall  angered  with the  result   favorable  to the  mayor.

The military   forces   expelled the  teachers who were inside the building and  the turmoil  was formed the outcome of which   was  a series of  regrettable  cowardice    committed by   stupid  soldiers, including  officers, against  male and female teachers of  all ages. These acts  of  disrespect  towards  teachesr  signal for a state  of  utter   lack of  preparation  on the part of  the  state  police. I dare  say that in a civilized  country such uncommon   brutality   shown  by  those who should protect   the citizen’s  physical integrity would never  happen and it would fuel  right  indignation  of  educated  people.
 As it is,   I think  the   government should  be blamed  for these  wrondoings,  as well as  the mayor and the  aldermen. Much worse,   what has happened in Rio de Janeiro with  respect to teachers  may be  regarded as  a breach   in  the  human  rights that should be dealt with by   the judiciary power and all the  institutions whose aim  is to defend   abuse of authority  both by  the government of Rio de Janeiro and by   Rio de Janeiro Town Hall. As to the  excess of brute force and cowardice  practiced by some members  of the state police,  all the  bad  policemen  involved  on hurting  and doing  unlawful    deeds against   demonstrators, even   forging  situations  to  incriminate  innocent  persons, should be  duly  indicted by  the  military  and civilian  police and  ultimately  carefully  investigated by the  Prosecuting  Council.
Such actions on the part of  Rio de Janeiro authorities  are not to be  tolerated at all, inasmuchas    they  set the worst example  of  a country   that defines itself as a democracy. We are not living  under a dictatorship any longer  and so  society should be  treated considerately  and should be free to express  their  own  opinions and ideas  and  struggle for their rights  without  fear of being  constrained by  the use of force,  in other words,   tear gas,  pepper spray, rubber shots, rough pushes and the like.
Now, I ask myself a question: can we reelect  politicians  who are accomplices of such   attempts against human  rights and  acts  of   violence? Not to   respect   one of the most leading professions, that of  teaching,   one of the tenets of the   development of a country, authorities are being  ungrateful  to   those who  have so much  contributed to  their  own  cultural  formation, by  getting them  rid of  mental  darkness, and by giving them     the dearest  and fundamental  tool of human  progress: knowledge.   Not to take into   due account     the  remarkable  figure  of the  teacher is a sad sign  of    a society  whose values are beginning to crumble away. Too bad!



Dá para acreditar, leitores? Educadores no Rio de Janeiro foram  machucados  por  policiais


                                                Cunha  e Silva Filho


Poucos  dias  atrás professores  do ensino fundamental em greve por  melhores  salários  e condições de trabalho foram  tratados com  tremenda  violência como se fossem  bandidos  perseguidos  pela polícia  no cen tro do Rio de Janeiro..
Era de se esperar,  o  Estado do Rio de Janeiro, em toda a sua  história, tem  o mais  autoritário  governo que os cariocas já tiveram 
O prefeito atual  do Rio de Janeiro, Eduardo Paiva,  assim como  os vereadores, foram  os principais  responsáveis  pelo confronto entre  professores e forças  policiais; o primeiro por não  ter feito nada para  impedir  o  combate desigual, o últimos  porque, na condição de  presidente  da Câmara Municipal,   sem dúvida  foi quem  chamou  a  polícia para  reprimir  os  manifestantes.
Por mais  de um mês professores  municipais e estaduais do ensino fundamental e médio entraram em greve  reivindicando melhores níveis  de salários que  pudessem ser justos e não da  forma que estão, de tal  maneira que   os professores  não podem se sustentar  com  tão baixos salários. Além disso,  não é   só isso,  o professores isso têm que enfrentar a violência dentro e fora  da escola, a criminalidade  nas imediações das  escolas,  o desrespeito dos  alunos que chega ao  ponto  de xingarem  seus professores ou  proferir-lhes  palavrões na sala de  aula.
Por outro lado,  a sociedade tem visto  os  mestres  como  pessoas   sem  prestígio,  às vezes  servindo  como   assunto de chacota  no que respeita  a sua carreira, uma carreira  amiúde sendo  motivo  de tema  humorístico  em programas de televisão.
               Naturalmente, os baixos salários  dos  professores  se tornaram um problema  crônico que remonta  há longos anos na história do ensino  público  do Rio de Janeiro e de outras cidades  brasileiras.
Greves sem conta  se tornaram  parte da história  das escolas públicas brasileiras. A maior parte dos  alunos  destas escolas  vêm de classes mais baixas ou de famílias  pobres. A classe média  tem  condições  de colocar  seus  filhos  nas escolas  particulares e os estudantes  ricos  frequentam    escolas de alto  padrão  que  cobram  mensalidades   altíssimas  impensáveis  para  a média dos estudantes  brasileiros.
Todavia,  voltando  ao  tema principal deste artigo,   o mencionado  confron to  começou quando  professores  invadiram  a Câmara Municipal  do Rio de Janeiro,   Lá permaneceram  alguns dias na parte principal  do edifício,  a Sala do Plenário. Do lado de foram,   um grupo menor de professores  armou barracas de onde poderiam   acompanhar  o desdobramento  da situação  pendente, i.e.,   a data de votação  dos vereadores  para a aprovação  do  aumento salarial  proposto pelo  prefeito..O fato  é que  a proposta de aumento salarial do prefeito não foi aquele proposto  pelo  Sindicato dos Professores, mas o que  prevaleceu foi  a proposta   do prefeito e tal fato  acarretou indignação  e por último  o atrito  com as forças policiais.  Como se pode ver,  a votação do aumento  salarial deu-se unilateralmente e os vereadores  da   oposição, em minoria,   decidiram  deixar o Plenário   indignados  com o  resultado  favorável  ao prefeito. 
Assim sendo,  penso que  o  governo  deveria  ser  responsabilizado  por estas  truculências, e bem assim  o  prefeito e os vereadores. Pior,  o que  ocorreu  no Rio de Janeiro a respeito dos professores pode ser  entendido  como  uma   ruptura    dos direitos humanos que  devem ser tratados  pelo  poder judiciário e  por todas  as instituições  cujo  objetivo  é defender  pessoas  contra o abuso  de autoridade tanto  do  governo estadual   quanto da Prefeitura  do Rio de Janeiro. No que  concerne  ao  excesso  de violência  e covardia   praticados  por alguns membros da polícia,   os maus  policiais envolvidos  em agressões  e  ações  ilícitas contra os manifestantes,  até mesmo  forjando  flagrantes  incriminando   pessoas inocentes, deveriam ser  rigorosamente   indiciados  pela   polícia civil e militar,  e cuidadosamente   investigados  pela Promotoria  Pública.
Essas ações  da parte  das autoridades   do Rio de Janeiro não se podem  tolerar,  visto que  dão  o  pior exemplo de um  país que se define  como   sendo uma democracia. Não mais  estamos  vivendo  sob  regime  discricionário e,  por isso,  a sociedade deveria  ser tratada   com consideração e  deveria  ser  livre para  expressar suas opiniões  e ideias, lutando  pelos seus direitos  sem  o temor  de ser   reprimida  pelo emprego da  força, em outras palavras,   gás  lacrimogêneo, tiros de borracha, empurrões e  outras coisas do gênero.

Agora, me pergunto? Pode-se  reeleger  políticos que são cúmplices desses     atentados contra os direitos  humanos e de  ações  violentas? Ao não respeitarem  uma das mais  lídimas  e importantes    profissões,  a do  magistério, um dos pilares ao desenvolvimento  de um país,  as autoridades   estão sendo ingratas   com  quem    lhes  propiciou as condições  de se livrarem  da escuridão  mental e  lhes dando o  instrumento   mais caro  e essencial   ao progresso  humano: o conhecimento. Se não se leva em alta  conta a notável  figura do  professor, é um mau sinal  para  uma sociedade  cujos valores  começam a pulverizar-se. Que  pena!

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