quinta-feira, 5 de julho de 2012

Um poema de William Blake (1757-1827)






The Garden of Love



I went to the Garden of Love,

And saw what I never had seen:

A Chapel was built in the midst,

Where I used to play on the green.



And the gates of this Chapel were shut,

And “Thou shall not” writ over the door;.

.So I turned to the Chapel of Love,

That so many sweet flowers bore,



And I saw it was filled with graves,

And tomb-stones where flowers should be:

And Priest in black gowns were walking rounds,

And binding with briars my joys and & desires.



O Jardim do Amor



Ao Jardim do Amor me dirigi.

Vi o que jamais em vida esperava ver:

No meio dele, edificou-se uma Capela

No lugar da relva, na qual brincar costumava.



Cerradas se achavam da Capela as portas.

Sobre esta porta “Não hás de” escrever,

De sorte que para o Jardim do Amor tive que os olhos volver.

Nele já brotaram um sem-número de flores.



Vi, então, que apinhado de sepulturas se encontrava,

E de túmulos tomando das flores o espaço

Em vestes escuras, fazendo suas rondas, Sacerdotes eram vistos

Minhas alegrias & aspirações de urzes entrelaçando.





                                                                                               (Trad. de Cunha e Silva Filho)





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