sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Um poema de Henry W. Longfellow (1807-1882)

The old house by the lindens
Stood silent in the shade,
And on the graveled pathway
The light and shadow played.

I saw the nursery windows
Wide open to the air;
But the faces of the children,
They were no longer there.

The large Newfoundland house-dog
Was standing by the door;
He looked for his little playmates,
Who would return no more.

They walked no under the lindens,
They played no in the hall;
But shadow, and silence, and sadness
Were hanging over all.

The birds sang in the branches,
With sweet familiar tone;
But the voices of the children
Will be heard in dreams alone!

And the boy that walked beside me,
He could not understand
Why closer in mine, ah! closer,
I pressed his warm, soft hand.


A janela aberta


Ao pé das tílias, a velha casa
À sombra, silenciosa, continuava,
E, no caminho cascalhento,
Brincavam luz e sombra.

Dos quartos das crianças, janelas via
Bem abertas, arejadas;
Mas os rostos infantis,
Não mais ali se viam.

Do Terra-nova o amplo canil
Junto à porta situava-se;
Pelos pequeninos companheiros procurava ele,
Que não mais voltavam.

Sob as tílias, não mais caminhavam,
Nem mais no saguão já brincavam;
Contudo, só sombra, silêncio e tristeza
Por toda a parte ficavam.

Nos ramos cantavam os pássaros,
Com conhecida e doce melodia;
As vozes infantis, porém,
Só em sonhos ouvidas são!

E aquele menino que comigo andava,
Entender nada podia
Por que, junto a mim, ah! bem juntinho,
A suave, calorosa mão lhe apertava.

(Tradução de Cunha e Silva Filho)

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