CUNHA E SILVA FILHO
Há nove anos, a princípio, não me agradava o termo “blog”. Não sei
explicar porque não me agradava. A
primeira vez que vi a palavra achei-a sem graça, meio tosca. Não me soou bem
ouvi-la. Me dava a sensação de coisa
usada por gente desocupada,
fofoqueira, de segunda classe. etc. Tudo era apenas questão
de gosto só sentido positivamente
depois de algum tempo quando não
mais havia de minha parte nenhum ranço
elitista ou preconceituoso a
respeito dos blogueiros, os quais, por sua vez, se se referenciam aos usuários de
uma atividade virtual.
Toda essa aversão foi apagada. Em lugar
dela, surgiu com o tempo o meu saudável apego com o blog, me tornando, eu mesmo, um blogueiro. Não vou hoje pesquisar as origens do blog e como na
verdade apareceu na internet. Só sei que, hoje,
sou um viciado nesse espaço virtual. Virou uma extensão
da minha pessoa, da minha
biblioteca, da minha casa, dos meus hábitos de escrever, de pesquisar, e
sobretudo, vendo outros blogs, senti que
era uma ferramenta utilíssima que se me
descortinava à atividade da
escrita. Era uma mina finalmente descoberta, valorizada e digna
de ser explorada em todos os seus
sentidos, em todas as suas possibilidades. Da antiga aversão se originou
o encantamento pela
manutenção do uso dessa ferramenta da qual dificilmente me apartarei,
porquanto já faz parte das minhas
ações e do meu cotidiano.
O hábito de blogueiro tornou-se um antídoto contra quaisquer
veleidades de que tinha de outros meios
escritos para divulgar o que penso sobre alguns temas. Nesse nove anos tenho
usado e abusado da liberdade de refletir, discutir, me zangar, me
indignar, espalhar algum conteúdo
cultural aos que por acaso o encontrem nesse gigantesco espaço para todos e em esfera global. O meu blog
representa uma espécie de trincheira das
minhas convicções, dos meus pensares,
do meu ver o mundo, os homens e
as instituições em eu país e alhures.
Seria impensável deixar de manter
essa minha coluna do blog, chamada “As ideias no tempo,” cujo nome
escolhido dei também a um dos livros meus, “As ideias no tempo – crônicas, artigos, resenhas e
ensaios(Academia Piauiense de Letras /Gráfica do Senado Federal, 2010, )
lançado, em Teresina, na APL. em 2010.
Reconheço, todavia, que o formato do meu
blog não é lá essas coisas. Nem mesmo o
transformei em site, se bem que não
tenho essa pretensão por enquanto. Há tempos nem mesmo o tenho
modificado a fim de distribuir melhor as
minhas postagens e montar o uma espécie
de arquivos mais atraentes e com maior facilidade para o leitor ter a ele acesso. Sei que procurei me ater
aos tópicos indicados na apresentação do blog.
De alguma coisa estou
certo: todos esses anos
foram de prazer partilhado
com os meus eventuais leitores,
espalhados no país e no exterior. Hoje,
vendo os dados de acompanhamento do blog, ou seja, o mapa estatístico, me convenci de que
não fiquei tão minguado no
tocante à quantidade de leitores que,
assim, me revela:
Países:
França (135) Brasil
(106), Ucrânia (89), Rússia (49),
Estados Unidos (43), Alemanha (17),
Reino Unido (3), Portugal (3), Coreia do Sul ( (3) Região desconhecida (2).
Cumpre
salientar que o quadro estatístico
tem altos e baixos, dependendo
das postagens e do seu impacto
junto aos leitores. Mas, sabe, leitor,
no mundo globalizado como o nosso
agora, eu me sinto até contente
com esses números. É sinal que
estou sendo lido em alguns períodos de postagens mais
importantes, as
visualizações aumentam muito, não muitíssimo.
Imagine, leitor, que mundialmente se espalham milhares
de blogs com diversas modalidades
de conteúdos e por vezes blogs
sofisticados, atraentes nos seus formatos, nas suas
exibições de matérias e
variabilidade de assuntos, nos seus alcances etc. Diante dessa realidade, só
tenho que agradecer aos meus leitores e
sua paciência de me acompanharem ainda
que não tão assiduamente.
Poderia até ter mais leitores
se me empenhasse mais nos
postagens e estivesse mais presente a esse espaço vital. Entretanto, descontando
os meus afastamentos, penso
que está, para as minhas modestas
pretensões, de bom tamanho. Oxalá que
eu possa manter essa atividade
gratuita e espontânea por mais algum tempo.
Para
concluir, há dois itens sobre os quais gostaria de lhe falar no que
concerne aos leitores: os seguidores e os
comentário. Tenho observado, ao longo desses anos, que, no meu caso, a quantidade de seguidores é bem reduzida, senão reduzidíssima. Quanto ao número de comentários, posso
afirmar que os leitores em geral só leem
os textos postados e não se dão
ao trabalho, provavelmente por não
saberem como proceder nas indicações para preenchimento dos comentários. Ele até
pode gostar do texto mas, por comodidade ou falta de tempo nesse mundo apressado de hoje, deixa
de comentar o artigo, o ensaio, a
tradução ou outro tipo de texto lido. Espero contar sempre com a sua
bem-vinda visita ao meu blog.
Abraços.