LA FLEUR ET LA PAPILLON
La pauvre fleur disait au papillon céleste:
- Ne fuis pas!
Vois comme nos destins sont différents. Je reste
Tu t’en vas!
Pourtant nous nous aimons, nous vivons sans les homes
Et loin d’eux,
Et nous nous ressemblons, et l’on dit que nous sommes
Feurs tous deux!
Mais hélas!’ l’air t’importe et la terre m’enchaîne.
Sort cruel!
Mais non, tu vas trop loin Pari des fleurs sans nombre
Vous fuyez,
Et moi, je reste seule à voir tourner mon ombre
À mes pieds.
Tu fuis, puis tu reviens, puis tu t’en va encore
Luire alleurs.
Aussi me trouves-tuojours à chaque aurore
Toute em pleurs!
Oh! pour que notre amour coule des jours fidèles,
O mon roi!
Prends comme moi racine, ou donne-moi des ailes
Comme à toi!
(Les chants du crépuscule)
A FLOR E A BORBOLETA
Assim dizia a pobre flor a uma celestial borboleta:
_ Não fuja!
Não vês quão diferentes nossos destinos são. Eu fico,
Tu partes!
Não obstante, nos amamos, sem os homens vivemos.
E deles fugimos,
Muito temos em comum. Dizem até que ambas
Flores somos!
Ai! O vento te leva, a terra me acorrenta,
Cruel destino!
Mas qual nada! Pra muito distante vais! Entre inúmeras flores
Permaneço, vendo apenas mudar minha sombra
A meus pés.
Foges, depois voltas, em seguida, outra vez despareces
Pra iluminar outras plagas.
Em cada aurora, todavia, sempre à tua espera estarei
Em prantos debulhada!
Oh! a fim de que dias felizes viva o nosso amor,
Ó meu rei,
Cria raízes que nem eu, dá-me asas
Às tuas iguais! ( Les chants du crépuscule)
(Tradução de Cunha e Silva Filho)
Nenhum comentário:
Postar um comentário