Um poema de Charles Mackay (1814-1889)
The Giant
There came a Giant to my door,
A Giant fierce and strong,
His step was heavy on the floor,
His arms were ten yards long.
He scowled and frowned; he shook the ground; -
I trembled through and through; -
At length I looked him in the face
And cried: - Who cares for you?
The mighty Giant as I spoke
Grew pale and thin and small,
And through his body, as it were smoke,
I saw the sunshine fall.
His blood-red eyes turned blue as skies,
He whispered soft and low.
Is this, I cried, with growing pride,
Is this the foe mighty foe?
He sank before my earnest face,
He vanished quite away,
And left no shadow on his place
Between me and the day.
Such Giants come to strike us dumb –
But weak in every part,
They melt before the strong man’s eyes,
And fly the true of heart.
O Gigante
À minha porta um Gigante assomou,
Irado e possante Gigante,
Sobre o soalho o passo pesava-lhe,
Nove metros de braços possuía.
Carrancudo o olhar, franzidas as sobrancelhas, o chão estremecia.
Dos pés à cabeça tremia.
Por fim, nos olhos olhei-o
E gritei: - Quem de ti cuida?
Mal lhe disse isso o poderoso Gigante
Empalideceu, suavizou-se, apequenou-se,
E, no corpo, qual fumaça,
A luz solar surgir vi.
Azuis tornaram-se de sangue os olhos vermelhos.
Baixo e suave, murmurou.
É este exclamei, com maior orgulho,
É este o poderoso inimigo?
Ante meus olhos sucumbiu,
Sumindo de todo
Sem deixar nem sombra de si
Entre mim e o dia.
Gigantes como esses assustar-nos vêm
Porém, frágeis em todos os sentidos,
Suavemente, diante dos olhos do homem, se portam
Ao coração deixando que falasse a verdade
(Trad. de Cunha e Silva Filho)
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