terça-feira, 20 de março de 2018

TRADUÇÃO DE UM POEMA DE VICTOR HUGO ( 1802-1885)






   MORTS POUR LA PATRIE


  Ceux qui pieusement sont morts por la Patrie
Ont droit qu’à leur cercueil la foule vienne et prie,
Entre les plus beaux noms leur nome est le plus beau.
Toute gloire près d’eux passe et tombe éphémere;
           Et comme ferait une mère,
La voix d’un people entire les berce en leur tombeau.

          Gloire à notre France eternelle!
          Gloire à ceux que ont morts pour elle⁢⁢⁢⁢
          Aux martyrs⁢ aux vaillants⁢ aux forts⁢
         À ceux qu’enflamme leur exemple,
         Qui veulent place dans le temple,
         Et qui mourront comme ils sont morts!

C’est pour ces morts dans l’ombre est ici bienvenue
Que haut Panthéon elève dans la nue,
Au-dessus de Paris, la ville aux mille tours,
La reine de nos Tyrs et de nos Babylones
         Cette couronne de colonnes
Que le soleil devant redore tous les jours.

Ainsi, quando de tels morts sont couchés dans la tombe,
Em vain l’oubli, nuit où va tout ce que tombe,
Passe sur leu sepulcre où nous nous inclinons;
Chaque jour,  por eux seuls se levant  plus fidèle,
        La gloire, aube  toujours nouvelle,
Fait luire leur mémoire et redore leurs noms.
                                   
                                                  (Victor Hugo, Les chants du Crépuscule)


    MORRERAM  PELA PÁTRIA


Aqueles que piamente  pela Pátria sucumbiram
Direito lhes assiste que a multidão  ao seu  enterro vá e reze.
Entre os mais belos nomes, os deles os mais belos são.
Perto deles toda a glória se apequena e efêmera é
E tal como qualquer mãe agiria
A voz de todo  um povo em seu túmulo acalenta.

       Glória à nossa França eterna!⁢⁢
      Glória àqueles que por ela  tombaram!
      Aos mártires! Aos valentes! Aos fortes!
      Àqueles que seu exemplo inflama,
      Que a um lugar no templo aspiram,
      E que como eles mortos foram!

É por estes mortos,  cuja sombra aqui  bem-vinda é
Que o alto Panteão as nuvens alcança,
Por sobre Paris, a cidade de torres mil
A rainha de nossas  Tiros e Babilônias
        Esta coroa de colunas
Que o sol à frente todos os dias redoura.

Desta forma, quando esses mortos  na tumba dormir forem,
Debalde o olvido, noite sombria à qual  se encaminha tudo que tomba,
Por seu sepulcro atravessa  e diante do qual nos inclinamos
Cada dia, tão só para eles dedicado,  mais fiel revelando-se,
          A glória, aurora sempre  revivida,
Lhes faz brilhar a memória e  os nomes lhes redourando.
             
                                                           (Trad. de Cunha e Silva Filho)

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