CUNHA E SILVA FILHO
É um
truísmo ouvir-se de alguém conhecido ou não, com certo enfado e ojeriza, afirmar que não mais lê seções de jornais sobre crimes, nem assistir a programas na TV filmes
que abordem a questão da violência, os
horrores de homicídios, latrocínios,
assaltos à mão armada, estupros, feminicídio e outras perversidades dos tempos atuais.
No meu juízo,
pessoas que pensam desta maneira
estão erradas visto que, agindo
assim, só concorrem para que
providências não sejam tomadas
para, pelo menos, a sociedade repensar
em profundidade as razões pelas
quais o nosso país
anda atolada na barbárie cotidiana desses males
que não escolhem vítimas pelo
sexo, pela etnia, por religião, por nível social ,por
nada. Matar, roubar,
é o objetivo maligno desses
indivíduos.
O caçador
selvagem ataca todos sem dó nem piedade Comportam-se como feras e predadores irracionais,
prontos a darem o bote fatal e
covarde. Poucos brasileiros de todas as
idades não foram, um dia, vítimas da sanha desse
monstros sociais, alguns
psicopatas. Matam trucidam, decapitam
e destroem vidas inocentes de
quem nunca lhes fez mal.
Há muito
passou a hora de as autoridades federais,
estaduais e municipais se compenetrarem
que o mal está
tomando proporções titânicas pela altíssima frequência de
mortes cruéis em nosso país, tanto nas grandes cidades (Rio de
Janeiro, São Paulo, carros-chefe de nossa
criminalidade) e quase, senão
todas as capitais, quanto nas pequenas
cidades e até nas zonas rurais.
A
metástase da criminalidade brasileiros
vai destruir o tecido social do país se medidas rígidas e definitivas não forem
tomadas. Nem mesmo há tempo de se considerarem componentes religiosos que, por princípios, rejeitam
sentenças e condenações mais
inflexíveis como a prisão perpétua ou a pena de morte para criminosos de
grande periculosidade e para
criminosos e assassinos que matam
pessoas de forma banal,fria e animalesca.
A
impunidade do sistema penal
brasileiro é responsável pelo estado
de guerra de bandidos contra a sociedade. As pessoas não mais têm respeito por
autoridades que se ocupam da
segurança pública uma vez que sabem
antecipadamente que o homicida vai preso
e logo sai da
penitenciária a fim de cometer mais
crimes contra os indefesos.
Além de desfrutarem de regalias imperdoáveis
e insustentáveis como: diminuição da penalidade,indultos, liberdade
condicional, bom comportamento e a execranda invenção e implantação da
nefanda “prisão domiciliar.” Nem me
dei ao trabalho de pesquisar de onde surgiu essa ideias estapafúrdia de prisão domiciliar que a meu ver,
só serve para acobertar benesses
penais às elites criminosas.
Assim
também é o chamado uso da tornozeleira eletrônica empregada para criminosos. Ora, criminosos é criminosos e o
lugar apropriado deles é a prisão, a
cadeia, a masmorra,
ver o quadrado. Mordomias para
detentos ladrões é uma
excrescência e um absurdo penal, um erro jurídico
imperdoável.
A sua
continuidade só servirá para
exacerbar a escalda de crimes praticado em
todo o território nacional.A selvageria
criminosa criará sérios problemas para nós todos que
nascemos nesta pátria amada
e tão esquecida pelos instituições e órgãos responsáveis
pela segurança do cidadão que trabalha e concorre para o
desenvolvimento do Brasil em todos os
setores.
A
violência assim tão entranhada em solo brasileiro
configura um crime de lesa-pátria, um
caso atípico a ser
imediatamente tratado e
equacionado e reduzido pelos muitos meios
e logística da Segurança Nacional.
Há, sim, uma guerra civil às avessas em nosso país: a guerra de
criminosos contra uma população irmã, desarmada e refém de todas as brutalidades que se possa imaginar.
Só com
a eliminação da impunidade
criminal é que irá este país afastar
bem para longe os escroques, os
meliantes, os mafiosos, os grandes
gângsteres de “white collars” ou das favelas. A Lei Penal deve ser igualitária: não condescender
com monstros inimigos da paz social,da alegria do povo, da segurança
das famílias deste país.
Os crimes crescem tanto que chegará um tempo
em que o turismo sofrerá um
queda inimaginável por mais
que as agências turísticas tentem dourar a pílula. E o turismo é um dos
fatores determinante da
economia nacional.
E, para
finalizar, a criminalidade em
nosso país é algo muito
entrelaçado, no imaginário
popular, com a violência da
politicagem brasileira, notadamente nos
últimos quinze anos aproximadamente.
Elas, muitas
vezes, se embricam e se confundem e por
isso se uma não vai bem, a outra igualmente não vai bem, i.e.,
se a política é mal exercida e
é corrupta, a violência tende a ser mais solta e mais perversa.
Os criminosos da base da pirâmide e de outros extratos sociais dirão: se eles, lá no Parlamento, lá no Alvorada, lá nos tribunais fazem muito mal
a nós, por que não vamos fazer o
mesmo ou pior e, além disso, temos, ao
nosso lado, a impunidade, que se torna
natural, uma banalidade, um pensamento único, um jeitinho
brasileiro de tratar os grandes
males e perversidades da nossa sociedade. Essa aporia, que nos apresenta dois
aspectos da triste e combalida
realidade brasileira, deve ser meditada
em profundidade pelos homens de bem
desta Nação.