Cunha
e Silva Filho
1.. Crimeia: A Crimeia faz parte da Ucrânia, com um povo
de maioria russa e que, ao que
parece, deseja ficar pró-Rússia. Mas há uma pedra no meio do
caminho, a Península autônoma é também
constituída de tártaros muçulmanos,
contrários à Rússia. Aí vem, a Rússia disfarçada em soldados milicianos e toma conta do aeroporto, invade o Parlamento e dá as ordens. A barafunda se instalou. Qual vai ser o outcome de tudo isso? Estranho
mundo de irmão divididos e com visões do mundo e da política diferentes.
Quem vai entender esse Planeta
terra? O fato de Putin anexar a Crimeia
na marra é ato de força e truculência política. Não estamos mais nos tempos de Stálin et caterva de outros poderosos
russos que tiveram suas estátuas derrubadas
pelos ucranianos nas sangrentas
manifestações já ocorridas recentmenete em Kiev.
2 Tio Sam: John Kerry me parece um Secretário
de Estado sério e competente.
Talvez ainda seja Presidente dos ianques. Obama soube
bem escolhê-lo para o cargo e tudo leva a crer que Os EUA não podem se calar diante das
ameaças russas(soviéticas?) nem temer Putin, a não ser em luta corporal, porque, se não me engano, Putin
é atleta de
lutas marciais, ou não ? O certo é que neste imbróglio todo há um fato
decisivo entre as nações envolvidas e os organismos que as
representam: o econômico, o gás vendido para a Europa pelos russos.
Tudo, hoje no mundo, se resume nas
conclusões e desfechos monetários,
traduzido-se – no dinheiro, no euro, no dólar - o mais poderosos fetiches da Pós-Modenridade.
4. Brasil: Ora bolas(sem trocadilho com a Copa), no Brasil, aqui a coisa está feia: os mensaleiros, ao
que tudo indica, não estão
rigorosamente presos; um teatro se instalou nos bastidores dos poderes
da lei e das togas. Em votações pr-s e contras há sempre uns gatos
pingados que são contra a prisão, a comutação
e até a liberdade plena, livre de
quaiquer máculas morais e pecuniárias. Um distinto
jornalista da velha guarda, ontem, em entrevista na televisão, afirmou que, num pleito à Presidência da República,
Dilma pode conquistar um segundo mandato. Contudo, se
alguma coisa der errado, Lula
entra em cena, em estilo apoteótico
de populismo sul-americano,
e pleiteia mais uma mandato.
O jornalista assegura : “É imbatíve!”. Realmente, Lula é o sujeito que mais teve sorte na
política brasileira contemporânea. Além de ter-se tornado Doutor
Honoris
Causa de várias universidade
importantes do mundo, tem
bastante gás
político-eleitoral-empático para
abiscoitar um terceiro mandato, completando
um círculo sem precedente na
História brasileira,, ou seja,
vinte anos de petismo, ou lulismo, como quiserem.
Lula, diante dos candidatos como Eduardo Campos, Marina,
Aécio Neves ou outro que venha se
enfileirar na disputa
presidencial, se agiganta e tudo isso
porque, no país, não
surgiram, nos últimos anos, grandes lideranças
de elevada estatura moral, competência
política e, o que muito vale para a vitória política de um candidato, de
magnetismo, sebastianismo, populismo
inteligente e manha, jogo de cintura e boa malandragem, espírito piucaresco. Onde se há de encontra um homem que reúna assim tantos
atributos para se ombrear
com o Lula e vencer o
político brasileiro que sempre negou qualquer envolvimento
no famigerado Mensalão meio pizza.. Só não convenceu alguns
brasileiros e o brilhante, corajoso e saudoso jornalista, Fausto Wolff.
Lula é
tão sortudo que até sociólogos franceses
ou americanos o têm na conta (santa ignorância dos scholars estrangeiros) de
esquerdista, quando, na verdade, não o é. Ele está mais paras delícias do capitalismo com todas as facilidades e conforto propiciados por este sistema de livre mercado.
Hoje ele e sua família vivem bem e não mais comem feijão com arroz ou
rapadura com farinha, ou para ser mais preciso, segundo o próprio Lula falou numa entrevista pela televisão, acabaram-se os ásperos dias de trabalho na ainda pacífica urbe paulistana, quando levava, na marmita, feijão arroz e ovo, que ainda lembravam os magros tempos de secura nordestina.. Lula é o
Milagre brasileiro (não confundir com o Milagre Econômico do Delfim Neto da ditadura militar
de priscas eras) do populismo e de um país .há séculos entregue aos bruzundungas aperfeiçoados de macunaíces.
AO PÉ DA PÁGINA
Cunha e Silva
"Há democratas sinceros que
admitem executivo forte, mas não autoritarismo, que traz os demais poderes do Estado em subalternidade, como é
exemplo o executivo brasileiro, em que
se vê o homem da papada, o gorducho
Delfim Neto, cantar de galo, falar mais alto do que o Presidente da Republica no Palácio
do Planalto. Os assessores do presidente Figueiredo tremem diante dele, como o
ministro Ueaki se tremia diante de Geisel, Executivo forte, mas no bom
sentido, isto é, no sentido de moralizar
a administração pública e de punir no
duro os ladrões da República, que são muitos em todo o País, de afastar dos cargos os
incompetentes, os corruptos e os inoperantes". Artigo “Executivo Forte”(Jornal
Folha do Piauí, s.d.,
Teresina,PI)
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