Sonnet XXVII
HOW YESTERDAY is long ago! The past
Is a fixed infinite distance from to-day,
And bygne things, the first-lived as the last.,
In irreparable sameness far away.
How the to-be is infinitely ever
Out of the place wherein it will be Now,
Like the seen wave yet far up in the river,
Which reaches not us, but the new-waved flow!
This thing Time is, whose being is having none,
The equable tyrant of our different fates,
Who could not be bought off by a shattered sun
Or tricked by new use of of our careful dates.
This thing Time is, that to the grave will bear
My heart, sure but of it and of my fear.
Soneto XXVII
COMO O ONTEM tão distante está! O passado
É a inalterável infinita distância do hoje,
São as coisas pretéritas as primeiras vividas como as derradeiras.
Bem distantes na irreparável mesmice.
Quão infinitamete eterno é o vir-a-ser
Do lugar no qual estará o Agora,
Qual onda ainda avistada nas lonjuras do rio,
Que a nós não alcança senão pelo fluxo de outra!
Tal é o Tempo, cujo ser é o nada ser,
O mesmo tirano de nossos diferentes destinos,
Que não se vende a um estilhaçado sol
Nem tampouco se ilude com um outro uso de nossas sagradas datas.
Tal é o tempo, que até ao túmulo levará
Meu coração, seguramente só este e os temores meus.
(Tradução de Cunha e Silva Filho)
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