sexta-feira, 8 de junho de 2018

ALGUNS FRAGMENTOS, MEUS E DE OUTROS



                                                                                         Cunha e Silva Filho

          Há muito tempo,   numa conferência no Rio de Janeiro, perguntei a um poeta ( o conferencista) se a poesia  é um gênero para  as massas. Ele me respondeu que não. O que infiro será, então, para a elite (intelectual, entenda-se). Agora, eu me pergunto: por quê?
       A originalidade de um escritor existe mesmo? Ou não passa de uma   escrita intertextual, intratextual combinada com um fiapo de talento do próprio labor do escritor? Estamos em tempos da morte do autor,  o que me leva a dizer: quem escreve  somos nós ou os outros?
     Je ne conçois q’une manière  de voyager plus agréable que d’aller à cheval: c’est d’aller à pied. (Jean Jacques Rousseau).
   Numa  palestra  de improviso proferida pelo  eminente  linguista americano, Robert Lado no IBEU de Copacabana,  ele, entre outras lições  de ensino de língua  inglesa,   afirmou para  a assistência: “Variety is the spice of life.”      
 “ Les petits chanteurs à la croix de bois” , esta frase lida no início da adolescência, que  se encontra num livrinho de Canto Orfeônico, tem muito a ver com um mundo de sensações agradáveis da minha  vida.
 De touts temps les hommes ont pratiqué  les sports. Rien n’est meilleur pour la santé que l’exercice physique pratiqué, chaque jour, d’une façon rationelle.(Marcel Debrot).
Pas un filet de fumé.” (Marcel Debrot).Esta frase tem muito de nostalgia, porque se prende a um   diálogo entre mim e meu pai sobre uma  forma   melhor de traduzir  a frase ao português.  Papai já confiava ao filho de catorze anos   em discussão desse  tipo na preparação de  alguma aula de francês. Ele até  me incumbia de, uma vez ou outra,   corrigir  provas  de alunos sob a sua orientação, é claro.
Il y a temps pour tout, pour le plaisir, pour le travail.(De um texto que aparece no curso por livro chamado  Assimil).
A thing of beauty is a joy for ever. (John Keats)
Quand deux ou trois fut rassemblé dans mon nom, je serai au milieu deux.( lido num trecho de um livro didático).
The evil that men do, lives after them.(Shakespeare, lido, pela primeira vez, numa antiga gramatica  inglesa de Frederick Fitgerald).
Saudades, asas de dor do pensamento.(Da Costa e Silva, poeta  piauiense)
Amarguras da vida que me tornaram poeta aos 60 anos. (Cunha e Silva, meu pai, em carta a mim)
Life is but a walking shadow, a tale told by an idiot...(Shakespeare)
It is  the sincere hope of the author that anyone who studies this book carefully wil be ready to be understood by any native.(Pandiá Pându, notável poliglota que eu tive o prazer de conhecer).
I have nothing to declare but my genious.( Resposta de  Oscar Wilde ao funcionário  da Alfândega dos Estados Unidos que lhe perguntara o que tinha a  declarar ao órgão público).
Pietá per chi cade. Uma  título de um filme italiano que meu pai leu  para  aquele  menino que era eu e o acompanhava num  passeio pelo Centro de Teresina. Papai   conhecia   bem italiano. O  nome do filme estava num cartaz  do mural do cinema, na Sala de entrada do   Theatro  4 de Setembro, em Teresina, Piauí,   final dos anos 1950.
O mundo mudou e mudei  porque  vivi, porque viver  é mudar. (Tristão de Athayde, pseudônimo do crítico literário e pensador católico Alceu Amoroso Lima)






                       

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