Cunha e Silva Filho
Continuam firmes as pressões da sociedade brasileira no seu descontentamento com o governo Dilma. Para quem acompanha como
eu venho fazendo no Facebook, a sensação
é a de que a presidente perdeu
toda a nobreza do cargo de mandatária do país. Quer dizer, o povo a rejeita maciçamente e, o que é pior, não
mais a figura de Presidente é respeitada. Perdeu, junto à sociedade, a legitimidade do mais alto
cargo da República. Ora, quando isso
ocorre, nem o troca-troca de ministros, nem a propalada
redução de gastos do governo, de redução
de salário da Presidente, irrisórios 10%, nem
a redução do número de ministérios, apenas oito
ou sete a menos, conseguem mitigar a
indignação do povo ante os desmandos palacianos.
Ao contrário, permanece
ainda perdulário o governo
federal visto que não foram recuperados
todos os rombos provenientes
da propinas recebidas
por políticos aliados
do Planalto. Todos parecem estar
no mesmo barco da perdição e do descrédito
do eleitorado que vem sendo
massacrado com inflação
crescente, aumento de produtos de
primeira necessidade e promessas de
mais arrocho (retomada da CPMF defendida
com unhas e dentes pelo ministro da
fazenda) deixando, por exemplo, o
funcionalismo federal com salários congelados sine die, quando o
grupo no Poder teve aumento
considerável decretado pelos
três poderes. Esses atos
impopulares só fazem crescer a
rebeldia popular contra
o governo atual.
Tudo tem sido feito pelos áulicos
do governo a fim de
impedir que Dilma saia
do governo e, para tanto, tudo vale,
diminuir a liderança e o
protagonismo do juiz federal Sergio Moro
nas denúncias e
investigações da LavaJato através de artifícios legais que resultem no
fatiamento de casos de corrupção entre
governo federal e grandes empresas, fazendo com que alguns deles sejam
entregues a outros juízes,
naturalmente para pulverizar o trabalho bem
conduzido pelo juiz
Moro junto com a Polícia Federal. Ou seja, de agora em diante, Moro
terá reduzida sua
influência e sua competência para
aprofundar os casos de corrupção
que não param de surgir
em outras empresas com as quais o governo federal possa estar envolvido até as entranhas. Foi um duro golpe
para Moro que até está aparecendo menos
nas manchetes dos jornais.
Vê-se
quão poderosa é a máquina do governo federal que,
por seus inúmeros mecanismos de defesa, logra enfraquecer
quem se atreva a pôr em
perigo a manutenção do status quo, da nomenklatura
tupiniquim, tão fortemente
alicerçada em fazer valer as
forças explícitas e implícitas do Executivo.Romper estas amarras é
um trabalho que requer bastante o apoio de uma Nação unida e corajosa, disposta a não se deixar vencer
por todas as artimanhas
engendradas pelos políticos submissos ao governo e pelos tecnocratas dos três Poderes.
Urge,
por conseguinte, o surgimento de uma
forte pressão popular no
sentido de tentar
quebrar os grilhões dos três
poderes que estão impedindo uma mudança
nos rumos da política brasileira
para um estado verdadeiramente democrático livre de corrupção e de autoritarismo de governança. Sem o
povo vigilante e revestido
de brasilidade será
quase impossível conseguir livrar o país do
elevado peso de sacrifícios impostos pelo governo Dilma à sociedade
civil goela abaixo. Alguns sinais concretos de descontentamento crescente já se fazem sentir: greve na Caixa
Econômica Federal, em bancos privados e em outros setores que
provavelmente entrarão no mesmo esquema de protestos por paralisações. Manifestações
contra o governo federal já estão programadas.
Um governo
não se sustenta por muito tempo
sem o apoio popular, a menos que se transforme numa ditadura “democrática,” na qual o poder
passe a emanar de um presidente
repudiado pela grande maioria do eleitorado brasileiro. E isso é o que não queremos
para o nosso Brasil ainda que
esperneie esses grupo conivente com o Executivo instaladono
Planalto e no Congresso já completamente
desvinculado das aspirações do povo
brasileiro.Dilma não existe mais
como uma persona grata na alma
brasileira
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