Cunha e Silva Filho
Habituado que fui, desde
adolescente, a escrever em jornais de
Teresina, mais do que receber feedback ou comentários por escrito do tipo dos que
hoje se fazem, sobretudo no Facebook, não ignoro o fato de que, nas redes sociais
de tempos de intensas e velocíssimas virtualidades, ainda sinto um certo incômodo ou mal-estar com algumas reações de usuários intempestivas e nada civilizados. Vemo-nos agora amiúde com uma desvantagem, a de sermos por vezes alvos de comentários desairosos,
repugnantes e pernósticos, partidos de qualquer indivíduo desconhecido.
Ao passar por aquela antiga experiência de jornal que, de ordinário,
é mais
independente e muito menos exposto à pluralidade de público-leitor, percebi um sinal de iminentes ameaças e verifiquei que, nas redes sociais, o alvo é mais vulnerável se não observarmos as
devidas precauções.
Na experiência do Facebook, rede
social a que já me ajustei em alguns aspectos da comunicação instantânea e ao mesmo tempo efêmera, por umas três ou quatro vezes me defrontei com pessoas,
por exemplo, do universo acadêmico
brasileiro que adentraram a minha página
do Facebook e tentaram me desancar
até do ponto de vista intelectual, ou seja, perversa e gratuitamente, sem demonstrar o mínimo
senso de ética profissional. Tal foi o
caso de um tal de Pós-doutor Camilo de
não sei das contas.
Procurou
me desqualificar esse mentecapto de Letras Falidas e Hipotecadas do
invólucro de conhecidos feudos universitários desalojados de humanidade (máxime da vocação para as Letras, campo da sensibilidade exigida pela própria condição de servidor
das Letras) e de respeito aos
pares que não se alinham às suas preferências
e gostos literatoides e
teoricatras. Vade retro, capadócio da contraliteratura e dos sentimentos invertidos e avessos do seu caráter crapuloso de docente do ensino superior de um anônimo campus universitário dos rincões baianos possa exibir
A esse tipo de cafajestismo de
“qualificado” professor de universidade pública, o meu repúdio veemente e a minha consciente constatação de que não passa de um mestre-escola de fancaria, um mero copiador de papel carbono
do mais abastardado valor moral e ético.
O pior é que um energúmeno desses anda
praticando desmandos no domínio da Literatura e da Linguagem. Indivíduos
desta laia somente merecem o desprezo e os açoites devidos ao mau-caratismo do
qual esse pulha perfila um paradigma de desrespeito à sua própria classe. Diria dele como faria
esse guru da alma humana, o chamado Bruxo do Cosme Velho, através da boca de um
dos seus personagens: ”Que a terra lhe seja leve.”
Depois
dessa digressão que não podia silenciar, volto ao centro semântico deste artigo. É preciso diferenciar o comentário de um usuário-escritor de um artigo por ele
escrito no espaço de um jornal,
revista, livro. O primeiro expressa apenas um reação
intelectiva espontânea, mas quase
sempre pouco densa; o segundo,
é uma escrita de caso pensado, um vontade de desenvolver com mais fundamento um
determinado tema que necessite de mais
elevado tratamento de linguagem e da
maneira de aproximação do tema a ser abordado. O comentário usualmente é feito com menos rigor, mormente por ser fruto da impulsividade de, num átimo, ser alinhavado no espaço
vertiginoso da página do Facebook.
Por outro lado, no tipo de escrita como é o
comentário feiciano, da mesma forma não
se pode negligenciar certos princípios básicos de redação: correção gramatical (ortografia, concordância, uso da crase, regência, pontuação,
uso do hífen etc.), cuidados
com a coesão e a coerência textuais e, finalmente, revisar o que
ficou impresso antes de clicar o “enter.”
No artigo, o usuário da língua, ao se
dispor a escrever acerca de um assunto relativo à natureza de seu texto, deve observar com
extremo cuidado o seu repertório de conhecimentos, a consulta a fontes, a verificação dos dados referenciais, o seu estilo
de escrita, a contribuição pessoal
a ser incorporada ao texto e uma maneira
toda particular de captar a atenção do leitor e seduzi-lo a dar continuidade à
leitura do seu texto.
Portanto, no comentário, a ênfase dever ser posta na
página virtual com elegância, apreço a
quem se dirige o seu comentário, sem o vezo de sofomania tão encontradiço
nas pessoas pernósticas. Mais:
respeito à inteligência alheia, sem o recurso abominável de uma mente estiolada pela ausência
de ética e de acato ao
pensamento alheio dissonante. Uma outra boa dica ao usuário do Facebook: ao ser
atacado verbalmente por um conhecido
ou estranho, o primeiro passo deve ser o
do bloqueio do intrigante e a sua eliminação
sumária da lista de amigos ou conhecidos.
Essas ponderações que estou fazendo aqui nasceram de experiências
desastrosas por não haver selecionado
com critério as pessoas que me permiti serem
arroladas à minha lista de amigos
feicianos.Por não ter eu me acautelado a fazer essa seleção, por algumas vezes me tornei vítima de maus usuários ou até
mesmo por usuários que julguei serem meus amigos. Com uns pouco encetei breves polêmicas
que reusltaram no aumento de desafetos
que venho infelizmente colhendo, até de
conhecidos ou daqueles que se rotulavam meus amigos. Só com o sofrimento e a
experiência, passamos a separar
cautelosamente o joio do trigo.
Para finalizar este texto, eu diria que
preferencialmente me sinto mais à vontade quando escrevo meus artigos ou outros tipos de textos improvisados inerentes ao
comentário – uma espécie de composição escrita sob o
calor da discussão desencadeada por um
primeira e ligeira leitura, ao contrário
do artigo, deliberadamente
amadurecido e mais
alicerçado nas ideias expendidas.
Caro Cunha,
ResponderExcluirQuase fiquei com pena do falastrão que você desancou.
Você praticou o que nós, piauienses, chamamos de "dar uma surra conversada", ou seja, enquanto você batia, ia explicando as razões pelas quais o fazia.
Você deu de rijo no falante, para parafrasear o poeta Luís Gama.
Na realidade, você o reduziu a extrato de coisa nenhuma.
Abraço,
Elmar
Mandei-lhe uma resposta sobre esse incidente por e-mail, Veja, por gentileza. Abraços do amigo
ResponderExcluirCunha.
Ok.
ResponderExcluirJá conferi.
Abraço,
Elmar