sexta-feira, 27 de julho de 2018

OS MALES DO CRIVELLA: UM PREFEITO QUE NÃO DEU CERTO


CUNHA E SILVA FILHO

         Eis um prefeito que tomou posse para realizar mudanças. Só que foram mudanças para o pior em todos os sentidos. A começar do que fez com o calendário de pagamento dos funcionários municipais, os quais já tinham um calendário anual bem organizado na gestão do Eduardo Paiva, inclusive para as parcelas do décimo terceiro com data determinada previamente.
       Ora, tudo o que era bom na administração anterior, conquanto tivesse alguns defeitos, foi sumariamente modificado pelo atual prefeito, o Sr. Crivella, que está se revelando um dos piores alcaides da história do Rio de Janeiro – cidade que não merecia esse tipo de administrador que já está aumentado dia a dia o seu legado de má e incompetente administração e, o que é pior, de omissão diante dos graves problemas da Prefeitura.
      Uma das últimas maldades do Sr. Crivella foi aprovar um desconto na folha de pagamento do funcionalismo aposentado imitando, assim, o que o governo do Lula, na esfera federal, havia feito contra o funcionalismo aposentando, que continua sendo descontado no seu contracheque mesmo havendo descontado durante todo o tempo quando na atividade da função pública.
Isso constitui exemplo flagrante de confisco salarial e, o que é ainda mais grave, o prefeito Crivella, em vez de conceder um aumento salarial municipal, o que fez foi castigar ainda mais os baixos salários do funcionalismo com esse desconto, esmagando mais o bolso do aposentado.
     Mais sério ainda, foi esse mesmo prefeito que há poucos dias foi quase impedido, diante de atitudes incompatíveis com o seu cargo, pela Câmara Municipal de continuar exercendo o seu mandato. Um número superior de vereadores a ele ligados votou a favor de sua permanência no cargo. Sabe esse alcaide-menor que o Estado Brasileiro é leigo e que religião não pode interferir na condução da res publica. No entanto, o que tem pautado o seu mandato até agora são favorecimentos a gente de sua religião, o que, no mínimo, é imoral.
    Mais sério ainda, foi esse mesmo prefeito que há poucos dias foi quase impedido, diante de atitudes incompatíveis com o seu cargo, pela Câmara Municipal de continuar exercendo o seu mandato. Um número superior de vereadores a ele ligados votou a favor de sua permanência no cargo. Sabe esse alcaide-menor que o Estado Brasileiro é leigo e que religião não pode interferir na condução da res publica. No entanto, o que tem pautado o seu mandato até agora são favorecimentos a gente de sua religião, oque, no mínimo, é imoral.
    Vejamos, por outro ângulo, o que tem sido a administração desse alcaide dito homem religioso e de bons princípios. Vejam como está a Cidade do Rio de Janeiro: abandonada, apinhada, sobretudo, no Centro da cidade, de camelôs e desocupados. Cidade suja, fedorenta, lembrando os velhuscos tempos do Vice-Reinado, aqui aportado e sujando a cidade de dejetos atirados das carruagens reinóis indiferentes, assim, aos mais comezinhos modos civilizados de tratar uma cidade.
     Olhando para um bairro, digamos, a Tijuca, com um alcance semântico de uma metonímia do país - vemos o mesmo estado de abandono, a falta absoluta de guardas municipais, de policiamento com seus moradores e visitantes transitando por um mundaréu de camelôs – fruto da falta de emprego, recessão e desmantelamento financeiro de uma Nação amorfa, maltratada por um Presidente-tampão e completamente desacreditado pela sociedade consciente de seus direitos de cidadania surrupiados em muitos sentidos.
     Um Rio decadente, esquecido pelas autoridades municipais e estaduais, um Rio triste e grotesco, sujo e ultrajado por um prefeito sem garra, sem amor à cidade, sem nenhum talento administrativo. Um simples graduado em engenharia não é suficiente para ser um grande prefeito à altura das tradições gloriosas da Cidade Maravilhosa. Ontem, no Centro da cidade, pude confirmar, a céu e sol abertos, todo esse sentimento meu de lamentação, de indignação, dessa minha rebeldia com causa diante de tantas maus tratos e vilipêndios feitos contra a cidade dos meus sonhos, da minha opção, a cidade que escolhi para viver e nela morrer.
      Não entendo por que tantas pessoas conscientes dessa realidade vivida atualmente pelos cariocas nada fazem para reivindicar seus direitos,  sua insatisfação e repúdio diante desse alcaide sem brilho, sem carisma, sem alma, sem nada. Um simples aventureiro que, se aproveitando de um povo indiferente e desunido além de, em parte ignorante e religiosamente fanático, presa fácil dos espertalhões falsamente religiosos, se elege e se transforma nesse alcaide de fancaria, caricato e impiedoso. A Cidade Maravilhosa não merece todos esses infortúnios, tanto quanto o funcionalismo municipal. Acorda, gente!




quarta-feira, 25 de julho de 2018

MENSAGEM/MESSAGE/MENSAJE

Meus parabéns a todo os escritores do Brasil e do mundo. Que a principal missão de cada um de nós seja a de tornar o planeta Terra um lugar de justiça, paz e beleza que e só a Arte pode trazer em suas diversas manifestações. Um Feliz Dia do Escritor !
[My congrats to all the writers in Brazil and abroad. May the main goal of each of us be that of turning planet Earth into a place of justice, peace and beauty that only Art in its manyfold forms can bring us.A Happy Writer's Day!]
[Mes compliments à tous les écrivains du Brésil et à l' étranger. Que le principal but de chaqu' un de nous soit celui de tourner le planète Terre un endroit de justice, paix et beauté que seulement l'Art à ses plusieurs manifestations puisse nous donner! Un Hereux Jour de l'Écrivain!
[Mis saludos a todos los escritores del Brasil y del mundo. Que el principal objetivo de cada uno de nosotros sea el de hacer que este planetaTierra sea un lugar de justicia, paz y belleza que solamente l' Arte pueda traer en sus variadas manifestaciones.Un Feliz Día del Escritor!]

segunda-feira, 23 de julho de 2018

À GUISA DE UMA BREVE ANÁLISE DO POEMA "DESTINO?" DE MADALENA FERRANTE PIZZATTO






                                                                        

                                                                 Cunha  e Silva Filho





DESTINO ?



Um ramo primaveril,
pleno de muitas flores
enche com perfume o ar.



Aí, um vento invernal
despe o florido ramo.
Reveste o chão de cores,
num tapete matizado.



Sem nenhuma piedade,
este perverso vento,
muda o destino do ramo.

( de Madalena Ferrante Pizzatto )





         O que logo me chama a atenção no poema “Destino?” é o seu título em forma de interrogação. Assim,  ele   próprio me dá alguma pista  em direção a uma    das possíveis leituras da composição. Sabe-se que uma interrogação pode tanto ser uma forma   retórica lançada ao receptor tanto quanto  uma dúvida mesmo  sobre o destino  do ser humano.      

         Trata-se de uma dúvida    sobre   algo que todos nós podemos compreender  como naturais  acontecimentos na vida do ser humano contra os quais nada podemos fazer  por estar  relacionada a acidentes ou condições  determinadas  da existência natural  ou  transcendente que s escapam  do nosso controle e da nossa vontade. Como exemplos mais relevantes  podiam-se citar  o nascimento  e a morte.

         No   poema, a metáforas  do “ramo  e do” vento,  da quais a do vento instaura  um sentido antitético  e, portanto, desumanizado,  são os dois elementos que sustentam semanticamente   o arcabouço do poema.   Daí   o sujeito lírico   falar de “perverso vento,” reforçado negativamente  por outro sintagma   nominal – “vento invernal” e  por todo um verso da terceira estrofe  “Sem nenhuma piedade.” Ora, o surgimento imprevisível  do vento desfavorável  pode  interromper, a qualquer momento da vida  de cada um de nós,  a possibilidade da felicidade plena. Por outro lado, observe-se que, numa primeira camada  significativa    do poema,   tem-se   como referência  básica  no conjunto   da mensagem   do poema  a referência literal entre  as duas estações  sucessivas e opostas  nos seus traços  de mudanças  da Natureza  da  paisagem   do ano: a primavera e o inverno.

      Não devemos  descurar  uma observação dos dois últimos  versos  do terceto (Reveste o chão de cores/  num tapete matizado)  da segunda estrofe que destoam   no que tange  ao sentido disfórico  e antitético  do todo dessa estrofe e sinalizam um estado de neutralidade entre o significado de oposição equilíbrio versus desequilíbrio. Poder-se-ia   aventar aqui  uma terceira via  de entendimento   do tema  pendular    felicidade versus infelicidade, ou seja, vale repetir,  equilíbrio versus desequilíbrio; Mesmo se  levando  em conta  a negatividade das  segunda e terceira  estrofes,  nesse dois versos   se abre um luz  que talvez corresponda a um estado  de aceitação  dolorida embora,  da ausência  plena  da  felicidade.     

     Ou seja, a metáfora do “vento” corresponderia, mutatis mutandis,  àquela “pedra  no meio do caminho” drumommondiana.  Representa  o acidente ou os acidentes do percurso, da travessia  existencial,   de cada indivíduo na Terra, dos quais nenhum  indivíduo  escapa    enquanto vivente. As fases   da vida, infância,  adolescência,  mocidade, maturidade e  velhice  são sucessivas a menos que um “vento perverso” venha mudar  esse percurso. A segunda estrofe semanticamente   se opõe à primeira.

    A primeira estrofe  figura,   pois,  o presente  em estado de tranquilidade,    quer dizer,  a  situação  de equilíbrio vivencial, enquanto a segunda estrofe   rompe com essa estado  de positividade. Convém observar que  o percurso  em geral do ser humano  transcorre entre   o equilíbrio e o desequilíbrio, i.e., não existe felicidade  completa, mas instantes  ou períodos de bem-aventurança, assim como pode haver  ainda  períodos longos  e inaceitáveis de  anormalidade, por exemplo,  nas situações  de catástrofes naturais ou  guerras  entre nações. O que significa que não  há a possibilidade  de  a existência  ser   vivida como um  mar de  rosas, sendo, por conseguinte,  a condição  humana  precária, imprevisível e finita.

    Por fim, há que considerar-se o artesanato   da construção do poema  estilisticamente  falando. Gostaria apenas de mencionar um  recurso de estilística fônica (aliteração) que  podemos depreender na leitura  da linguagem  em si  dessa composição poética:  a) Na primeira estrofe, a incidência do fonema / p/, remetendo à primaveril/pleno/perfume ; b)Na     segunda e terceira estrofes, a incidência do fonema  /v/, remetendo a vento/ invernal/reveste, um oclusivo  surdo e um fricativo sonoro. Desse modo, se constata que  a camada fônica dos versos  acompanha  o traço  de oposição semântica  do poema   em exame. 

NOTA DO COLUNISTA : MADALENA FERRANTE PIZZATTO é goiana. Economista e poeta. Pertence à Academia de Poesia do Paraná, Cadeira 33, à União Brasileira de Trovadores - Curitiba - Pr., e ao Centro de Letras do Paraná. Atua também na Oficina Permanente de Poesia, em Curitiba. Tem participado de várias antologias. Obra publicada: Entre sonhos e poesias. Algumas de suas trovas e poemas foram premiados em concursos.



sexta-feira, 6 de julho de 2018

AVISO AOS LEITORES/ NOTE  TO THE READERS/AVIS AUX LECTEURS/ AVISO A LOS LECTORES

INFORMO-LHE QUE ESTAREI AUSENTE DESTA BLOG POR ALGUM TEMPO. ENTRETANTO, LHES ASSEGURO QUE NÃO DEMORAREI A VOLTAR. DE CORAÇÃO LHES AGRADEÇO PELA ATENÇÃO A MIM DISPENSADA.
NO MEU RETORNO ESPERO CONTAR COM VOCÊS. MUITO LHES SOU GRATO.

[DEAR READERS, PLEASE BE INFORMED THAT I'LL BE AWAY FROM THIS BLOG FOR SOME TIME NOW. HOWEVER, I ASSURE YOU IT WON'T BE FOR LONG. I HEARTILY THANK YOU FOR YOUR USUAL ATTENTION TO ME. I HOPE TO COUNT ON YOU ON MY RETURN. THANKS KINDLY, 

[ MES ESTIMÉS LECTEURS, JE SERAI ELOIGNÉ DE VOUS POUR QUELQUE TEMPS, CEPENDENT, JE VOUS ASSURE QUE JE  NE RESTERAI PAS AINSI POUR BEAUCOUP DE TEMPS. DE TOUT MON COEUR JE VOUS REMERCIE POUR VOTRE ATTENTION. J'ESPÈRE MÉRITIER VOTRE HABITUEL ENTRETIEN À MON RETOUR. JUSQU' À MON RETOUR, DONC MERCI BEAUCOUP.

ESTIMADOS LECTORES, ESTARÉ AUSENTE DE ESTE BLOG  POR ALGUNO TIEMPO.TODAVÍA, YO LES ASEGURO QUE NO SERÁ POR MUCHO TIEMPO, DE TODO MI CORAZÓN YO LES AGRADEZCO POR VUESTRA ATENCIÓN. YO ESPERO TENER SU HABITUAL INTERÉS EN MI VUELTA. HASTA MI VUELTA. MUCHAS GRACIAS.

CUNHA E SILVA FILHO