segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

O PAÍS DAS DISPARIDADES

                                   


                                                                        Cunha e Silva Filho



          Não pense o leitor que eu tenha alguma pretensão ou veleidade de ser um analista  da realidade brasileira como se fora um cientista político, um sociólogo,  um historiador ou um pensador. Ao meu texto simplesmente aplicaria a classificação de  gênero crônica, ou artigo de opinião. Nada mais do que isso. Meu texto  não está  repleto de quadros  estatísticos,  de porcentagens, de  gráficos,  de pesquisa  de campo,  de embasamento teórico com a sua terminologia própria e  o seu jargão técnico girando em torno de uma hipótese de trabalho. Seria, antes uma conversa (escrita) com um  leitor indeterminado, um leitor geral, em bate-papo  descontraído  e salutar, quiçá se aproximando (me perdoe a indevida comparação) de um “resmungo” à Ferreira  Gullar (1930-2016) ou à Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). 
          Se falar do título até diria que me inspirei numa nota  aposta a uma reportagem  de um   jornal  de ampla circulação.  Meu texto apenas quer se comunicar claramente com  alguém,  ou algum leitor que, por acaso,  me venha a ler e que, talvez, nem me conheça  bem.  A minha intenção, contudo,  é boa e não fará mal a ninguém, a menos que seja uma pessoa  extremista ou radical em questões  da realidade social  do país.
      Imitando uma ficha  de dados sobre um autor  analisado, apresentada por um  eminente crítico literário  brasileiro, que, agora,  anda um pouco afastado  dos arraiais literários ou acadêmicos, veja o que  mostro na  ficha abaixo: 

Brasil: pais de dimensões continentais;
População:  muito populoso, com um crescente   contingente de  idosos;
Língua oficial: língua portuguesa;
Classes sociais:    miseráveis,  pobres,   classe média baixa (difusa, a bem dizer, de difícil classificação),  média, média alta,  elite  econômica (alta burguesia), bilionários;
Níveis de escolaridade: analfabetos,  analfabetos  funcionais,  semiletrados, letrados,  altamente letrados (um parêntese: no  ensino da matemática,  o rendimento nacional se mostra  pleno de “disparidades”:  escolas com baixo rendimento em matemática, em contraste  flagrante com  escolas públicas (poucas) e privadas com alto rendimento  nessa disciplina. Se, porém, olhar-se   para o grupo de elite (no sentido cultural) no  desempenho da matemática,  vê-se que o Brasil,   contraditoriamente,  se alça, dentro dos parâmetros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), a uma  posição    que já ombreia com os países com  o altíssimo  nível da União Matemática Internacional. Quer dizer,   o país  revela ser um mosaico  que vai  dos baixos níveis da educação mundial ao mais alto nível dos países  de economia  avançada.
Maiores problemas: corrupção política,  violência crescente, tráfico de drogas e de armas pesadas,  facções criminosas, dentro dos presídios e fora deles, sobretudo nas capitais do país.
     
    Ora,  tal estratificação sóciocultural, agravada pelas suas mazelas,  dá o que pensar e ainda torna mais  contraditória e complexa  a situação anômala do Estado  Brasileiro. Diante dessa   complexidade  de modos de ser de uma nação, é fácil de entender por que o pais não cresce harmoniosamente nos setores mais  vitais  a fim de que  se alcance  um melhoria significativa  que nos conduza a um  bem-estar   mais igualitário, mais humano, mais justo. Está aos olhos de quem tem experiência  que  o Brasil é vítima  de uma  perniciosa  concentração de renda, onde uns poucos vivem  como   qualquer rico de um pais adiantado ou não.  E tal concentração tende a aumentar à medida em que  os ventos  do capitalismo  global soprem com  a rapidez e fúria devastadora. 
       A avidez do lucro e da mais valia, da reserva de mercado  pandêmica nada deixam de pé na sua passagem  em busca   do lucro  e da acumulação de riqueza  unilateralmente. Da pobreza alheia dos anônimos, sempre desavisados  e inconscientes,  nasce a opulência dos  tycoons.   A riqueza não é subjetiva, mas é dura   qual  uma pedra. A objetividade é a sua falta de limite mais perseguido.
     Neste contexto  social  é que  o país  se situa  e define  o que  seja melhor  aos plantonistas dos  poderes  político e  econômico. Neste mesmo contexto é que os destinos da nação são traçados a peso de ouro (ou de propina deslavada e cínica).
    Ao mesmo tempo em que o país  está bem adiantado na burocracia  federal,  estadual ou municipal altamente  informatizada e,  por conseguinte,  controlando  todo os passos, por exemplo, dos servidores  públicos,  em outros setores também  públicos  tudo está mal  administrado,  mal gerido  e suscetível  de desvios  de verbas, peculatos e corrupção ativa ou passiva  crônicas, a despeito  de algumas vitórias  do Ministério Público e da Polícia Federal, os setores  como educação,  segurança, saúde e transporte estão, no geral,   deixando  ainda  muito a  desejar  no que concerne a benefícios sociais  prestados  ao  contribuinte  pelo  país afora.
     Afirmar-se, pelas mensagens de governantes, que o país está saindo  do sufoco  da recessão, que o consumidor está comprando mais e que a economia está retomando seu  rumo certo é uma meia-verdade,  porquanto ainda há muito que caminhar  na direção das correções cabíveis, a começar   das ações do próprio  governo federal que, à outrance,  teimam em  modificar  a Previdência Social sem  consultar  a população brasileira e sem um amplo debate entre ela e o governo.    
     Quando  um autoritário  e   soberbo  relator  do projeto de  reforma  previdenciária admite  em público que o país tem uma contingente   significativo de  idosos e nestes  em parte  põe a culpa  pelos  desatinos  do perdulário  governo  federal, ele está  desrespeitando  essa faixa  de aposentados que não tem  nenhuma responsabilidade  pelos  desastres   da administração   Temer e dos governos que  o antecederam. Ao contrário,  os aposentados do governo  federal foram penalizados com uma espécie de confisco obrigatório,  que foi o desconto, na folha de pagamento dos servidores, do que chamam de  “contribuição para  seguridade social  de aposentadoria,”  ou seja,  os servidores, que já descontaram  tanto no período  ativo,  quando aposentados,   sofreram essa redução compulsória nos seus vencimentos. Lembro, a propósito,  que  esse desconto para a seguridade social,  foi  efetivado no  bondoso governo  Lula.
    Enquanto o pais de contrastes   e, por tabela, de  desigualdades e injustiças, vai tecendo sua teia mefistofélica e draculiana de arbitrariedades e desídias  administrativas, a sociedade, cindida em vários sentidos, vai vivendo sua dolce vita felliniana dentro das divisões  firmemente  impostas  pelos donos do poder continuamente  realimentador    do status quo   desigual e  autoritário e com aparência de fazer  os tolos  pensarem que  tudo se está   mudando para o bem geral da nação  e do seu povo   “cordial” e pândego. 
   Em outras palavras, excetuando os miseráveis que nada podem,  os ricos continuarão ainda mais ricos e a classe média lato sensu se endividando  pelo  canto de sereia do consumismo,  vão, como podem, aguentando o tranco e eu a me lembrar dos versos do poeta da saudade: A vida é uma girândola  na alvorada/ao retinir dos   guizos de vidro da Folia/Evoé⁢ Evoé!⁢
    
  



domingo, 21 de janeiro de 2018

DONALD TRUMP NA PRESIDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS

                                          


                                                                       Cunha e Silva Filho



     Como no Brasil, a sociedade  norte-americana está clivada. De um lado  os que  apoiam o governo  Trump, os nacionalistas, os racistas, os preconceituosos, os  inimigos dos imigrantes, até daqueles que já constituíram famílias nos território americano. De outro lado,  os seus adversários que, junto às vozes dos  imigrantes,  desejam  viver num país aberto  e democrático. Trump fez um ano de sua   desastrosa  administração  questionada  por muita gente  fora dos Estados Unidos, que não aprova nada do que tem feito  o trapalhão Trump (aliterei  sem querer).
    Praticando  um  nacionalismo estreito e    perigoso – haja vista o ameaçador período de Guerra Fria após o final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) vivido entre russos e americanos -  e tendo  sua  vitória   envolvida  com uma suposta  ajuda   do governo  russo temperada com  espionagem e traição, o que, por si só, soa estranhamente   mal a um país que nunca  foi  tão  próximo  da política  russa, Trump, nesse  breve período de (des)governança, tem infernizado   a vida   de muitos americanos, sobretudo  de imigrantes.         
   Trump, que não tem  preparo intelectual e político  algum  para ser presidente de uma nação do porte dos Estados Unidos, tem tudo feito para desagradar grande  parte dos americanos natos e dos imigrantes, agora chamados de dreamers (sonhadores)  lutando, a todo custo,  a fim de  permanecerem  no país  que já teve  grandes e  honrados presidentes, como, só para mencionar um exemplo,  o grande Abraham Lincoln. Como o nível de presidentes  americanos caiu tanto ao ponto de  levar ao posto mais  alto da nação um  magnata,  xenófobo,   sem perfil  para exercer  a função  a que o alçaram   para a infelicidade  de tantos na América!
 Desejando, sem responsabilidade, desconstruir   algumas conquistas sociais  alcançadas por  Obama, sendo a mais badalada  o  sistema de plano de saúde universal, beneficiando, assim,  os mais  desfavorecidos,  Trump tem-se distinguido apenas por  atitudes  e ações  impensadas e desconexas. Um jornalista brasileiro  com razão  já o comparou a uma criança. Eu diria a uma  criança  mimada, cheia de caprichos que parece estar brincando de presidente para  motejo dos povos civilizados.  
   A meu ver, Trump governa de improviso, atabalhoado, sem direção, ou melhor,  em direções  perigosas, diz  besteiras,  usa de fake news nas redes sociais e tem  projetos mal formulados  que só agravarão ainda mais  a imagem dos  Estados Unidos  mundo afora. Não vejo muito futuro no seu mandato a menos que dê uma guinada  saudável abdicando de seus  planos  controversos  e  prejudiciais ao povo. Diria: ainda é tempo, Sr. Presidente,  de  começar  seu  governo  from  scratch, voltando a   sua atenção à convergência e não à divisão de uma sociedade multifacetada  como a americana.
    Sua ideia de construção de um muro separando (modelado  a  ideias nazifascistas do Muro de Berlim, o “Muro da Vergonha”)  o seu  país do México é estapafúrdia e vai na contramão das conquistas  de direitos humano  dos  tempos atuais tão necessitados de paz, união e solidariedade entre os povos.
    Não pense que,  insuflando a divergência e a desunião da sociedade americana  vai  conseguir  realizar  uma administração boa   que possa tornar  o EUA uma nação acolhedora que trate  os imigrantes e os estrangeiros  de forma  civilizada, com respeito e dignidade, não  revistando  pessoas  só porque não sejam  brancas, de olhos azuis e cabelos lisos.
    O Sr. não vai  colher bons frutos de seu governo  chamando nações mais pobres  de países "de merda." Nada disso,  é pela compreensão  que o Sr.  vai  unir os  americanos, quer   os adeptos de suas ideias  nacionalistas  e retrógradas, quer   os que  estão a favor  de uma sociedade  mais igualitária,  não aquela com  que  conduz a sua vida de  milionário e capitalista   empedernido.
   Trump não deve perder  de vista aquele velho   lema  que dizia ser os EUA the land of  opportunity (terra  da oportunidade). Obama governou o país  numa direção bem mais democrática e com  objetivos   centrados  nos mais humildes e numa nação  mais humana. Ele próprio, sendo o primeiro  presidente negro,  foi exemplo de que os americanos   também  são contra qualquer forma de apartheid. Tal demonstração dos americanos é prova inconteste de que esse povo empreendedor historicamente tem um passado   de que seguramente se orgulha.
   Se Trump conhecesse as biografias de um George Washington, de um  Lincoln, de um Jefferson, de uma Benjamin Franklin, de um  Franklin Delano Roosevelt  certamente  teria  uma visão  séria,   madura  e responsável  da qual tiraria  lições de como  conduzir  uma nação com acerto, com  espírito democrático e com a aprovação da grande maioria do  povo americano.
 Todavia, Trump não quer uma biografia  honrada, reverenciada  e  aclamada  livremente  pela  nação,  cuja índole é ter sido, até agora,  democrática.   
  Expulsar  aleatoriamente  imigrantes  que há tanto tempo  moram  no pais,  prender   autoritariamente  pessoas  com aparência de  imigrantes,  infelicitando tantas famílias bem formadas e adaptadas às leis americanas,  pessoas que  já deram  sua contribuição ao progresso dos EUA  não é a maneira  justa e  democrática de tratar  imigrantes.
  As passeatas,  manifestações contra o autoritarismo do governo Trump são sinais evidentes de que ali não estão  pedindo   algo  que tipifique   qualquer  infração  à Constituição  dos EUA. 
   Reivindicam  esses imigrantes apenas o que  por justiça lhes cabe  reclamar: o  direito e a vontade de viver  na América, alguns com filhos já fluentes em inglês e  com  hábitos  adquiridos  por qualquer americano  nato e branco.   
  O presidente Trump deveria ter em mente  que não se governa apenas para os  ricos e os influentes.  A sociedade, embora com níveis de renda  diferentes, segundo   o sistema capitalista, nem por isso deve   cair no erro   imperdoável de  tratar  com desprezo os imigrantes. Além disso,  os EUA  são  historicamente um país de imigrantes e é por essa razão  que Trump deveria, se quiser continuar no poder,   mudar  suas  posição  de  considerar  o estrangeiro, o de fora como  se todo  mundo  fosse terrorista,  bandido  e cidadão de segunda categoria.  
 

  

sábado, 13 de janeiro de 2018

O GOVERNO FEDERAL E A OPINIÃO PÚBLICA: O CASO BRASILEIRO



                                                                Cunha e Silva Filho


      Nem é preciso  ser economista  ou cientista  político para entender a situação ambígua  e  penumbrosa da realidade  nacional. Aqueles dois  especialistas, o mais das vezes,  antes complicam  do que informam claramente  o que se  passa  no  país  chamado  Brasil. Inclusive, assim fazendo,  não falam  ao povo na linguagem que  este  possa compreender. Usam, em geral,   um discurso  técnico, no qual a subjetividade (tão por vezes  fundamental na comunicação na relações humanas)  cede lugar  proeminente   à neutralidade e frieza  dos pontos de vista  político-ideológicos. O que lhes importa, sobretudo para os economistas, são as equações,  números,  cálculos e estatísticas. A felicidade de uma Nação não se mede pela bitola   da riqueza de poucos em detrimento  da  desigualdade  da maioria. A felicidade  de uma país  é consequência de um  governo  regido  pela ética  e  pelo  bem-estar  coletivo. Não pelas recorrentes e cínicas  falcatruas  de  políticos nem pela impunidade, nem  pela propaganda  milionária, usando  dinheiro  do contribuinte,  enganadora    e lesiva  à sociedade.
     Sou da área de Letras e com muito orgulho porque, ao me decidir  sobre o que pretendia da vida,  já sabia    que,  a despeito de todos  os  grandes óbices   encontrados no próprio campo dos estudos literários, no meio literário, tanto dentro dos muros  acadêmicos quanto   na vida cá fora, no cotidiano  brasileiro, só me sentiria  feliz e  relativamente realizado. Esta nunca será  plena e tal  raciocínio se estende  ao ser humano em geral.
      Por essas premissas  é que costumo ouvir a voz das pessoas de  diferentes níveis  de escolaridade,   as conversas com um e outro, em lugares diversos: supermercados,  bancos,  filas,  o somatório das informações da imprensa, editorais,  artigos de  bons colunistas e cronistas, programas  televisivos, entrevistas,   os papos com  conhecidos e amigos e, last but not least,  a minha  longa  experiência docente. Ah, faltou  outra aliada para o entendimento do meu país: a literatura  brasileira em todos os gêneros, as leituras em  outras áreas do conhecimento  humano e o que aprendi  com o passar dos anos.
     Equipado com  todo esse background,  me sinto   preparado a enfrentar  os debates   sobre   questões  cruciais e emitir minhas opiniões sobre  temas  que me   chamam  a atenção.  Opiniões  que podem  ser  divergentes    para muita gente,  porém  que refletem   o meu jeito de ver  e entender  o que me cerca social, politica e culturalmente.
    Desta maneira,  não estou  feliz com o que  ocorre com o atual  governo  federal nem com  os governos   mais recentes, em muitos aspectos desastrosos ainda que aclamados  por tanta gente  letrada e de bom caráter, alguns até amigos.
     A maior pendência(pândega?) política atual  é a tal   reforma  previdenciária. Diante do tema, me pergunto: “qual foi o fator determinante  para que  essa reforma  se tornasse  assim tão  vital  ao país? Não seria mais  acertado e  urgente se responder  por que  o Brasil  chegou  a essa  situação  de desespero financeiro? Me respondam, então,  os  políticos. Por que há uns 15anos não se fez nada   para deixar que  o problema   de ajuste fiscal  chegasse  ao nível supostamente   ameaçador?
     O governo  Temer  quer,  por força  de  compra de  votos  de parlamentares  sem  espírito  público, que   somar  votos suficientes  de partidos aliados  a fim de  que  a reforma  da previdência  seja aprovada?   Não seria o caso de se  indagar   por que governos recentes  seguidamente  gastaram perdulariamente   o que não podiam  e, agora,  vêm  posar de salvadores  de um país   que maltrata  a sociedade e principalmente  os mais   desafortunados? Temos nós como  povo   que pagar  por toda a  ilícita gastança rabelaisiana,  sobretudo do Executivo e Legislativo.  Não, Sr.Temer, não é assim  que a banda toca. Não me venha  afirmar  que   o funcionalismo federal   tenha  que  pagar  pelo pato das mordomias nababescas   que  o governo federal  usufrui com voracidade. Há limites,  Presidente,  para tudo, até para o cinismo que pratica às escâncaras e sem nenhum constrangimento de parlamentares.
     O fato de o Sr.  determinar,  através do  frio e calculista atual  Ministro da Fazenda,  o congelamento dos  salários dos funcionalismo por um ano  ou dois, além de injusto  é perverso tendo em vista que o custo de vida  tem aumentado   sem dó  e maltratado  o bolso do barnabé. Veja que o seu governo, assim como  outros   que  o precederam,   determina, pela agências federais,  o  constante e alto aumento  dos remédios,  dos planos de saúde,  dos vorazes  impostos embutidos  na compra de qualquer item  de produtos vendidos, das tarifas   diversas (gasolina,  gás,  etc.).  Isso, no mínimo,  é outra maldade  de seu  governo. 
    Tudo, no comércio, na indústria e em outros setores de negócios está   aumentando  de preço. Enquanto isso, é forçoso reiterar, os salários dos servidores  federais, combinado  com  os estaduais e municipais, permanecem  imobilizados. Isso  é uma insensatez.
     Por outro lado,  na televisão  pipocam  as mentiras  governamentais  gastas a peso de ouro, tão  nocivas  e  inoperantes quanto  as chamadas  propagandas     eleitorais obrigatórias com seus discursos   demagógicos  e que não mais convencem   espectadores   conscientes.
    O bem-estar  dos palacianos  não é o da  população  miserável  deste país   com  futuro sempre  adiado. Brasília politicamente deu as costas  para  as vicissitudes  por que passa   o  nosso  povo. Pagará caro  por isso.

    Estejam certos  os governantes  do país  de  que  “Água mole em pedra dura tanto  bate até que fura.” As eleições de 2018, de alguma forma,   mostrarão  a esses  políticos que o pais com a Internet  e as  redes sociais,  com  os  vídeos  viralizando   pelo mundo  afora,  mostrando como se  comportam  governantes, ministros,   deputados, senadores, prefeitos e vereadores é outro e menos  ingênuo. Os eleitores  serão mais cautelosos,  pensaram  duas ou mais vezes antes de darem  o voto  e é nessa fase  de  corrida  aos mandatos que a porca torcerá o rabo. Quem viver,  verá. 
A voz do povo – diz a velha  expressão -  é a voz de Deus; todavia,  no caso brasileiro,  tem sido, infelizmente, a voz de um presidente   denunciado pela  Polícia Federal e Ministério Público.  O Sr. Temer quer ficar na História  brasileira  como  o "salvador da  Previdência Social" com  um  séquito de  bondosos  ministros, todos eles amigos do  povo...