domingo, 5 de agosto de 2018

HOW GOES THE ENEMY?




                                                                          

                                                            Cunha e Silva Filho





Dois momentos,  um epifânico, o outro anti.



O EPIFÂNICO. Ano de  2018. Caminhada  no Maracanã. Manhã de domingo,  com sol  esmaecido. Muita gente. Cooper, ciclismo  e turismo. De repente,  numa  bicicleta,um, moço risonho se aproxima de mim e diz: Oi, professor, como está? Parei a minha caminhada por alguns  segundos e lhe respondi: tudo bem. E  você?!Muito bem, mestre.  Ainda está  na Aeronáutica?, lhe perguntei. Não,  deixei. Hoje, estou no Corpo de Bombeiros. Não lhe perguntei pela patente. Mas,  sei que é oficial superior. Foi aluno meu de língua inglesa numa instituição militar federal.  Menino bom.Nos despedimos   desejando mutuamente  sucessos e saúde. Era um aluno que me respeitava e estimava  as minhas aulas. Momento  revelador o nosso encontro.

O ANTI.  Anos 1970. Na sala de aula de um curso   de preparação ao Artigo 99 e a exames vestibulares. O jovem professor de inglês e português  de vinte e poucos anos dá uma aula de inglês. A turma  é enorme. Um pouco de barulho. De repente, um aluno com cara de oriental me pergunta:  O senhor é professor de inglês? Sim. Por quê?  Não me respondeu. Momento  disfórico. Sem elogios nem despedidas.

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